Os fãs de Kobe Bryant ganharam uma pequena esperança de ver o ídolo estender a carreira brevemente com os rumores de que estaria interessado em integrar a seleção norte-americana que vai disputar as Olímpiadas do Rio de Janeiro, no ano que vem. Mas a USA Basketball não pretende homenagear o ala-armador pelos serviços prestados com uma vaga automática. Pelo menos, esse é o discurso do diretor da federação, Jerry Colangelo.
“Recentemente, com o anúncio de sua aposentadoria, algumas pessoas voltaram a falar sobre Kobe comigo. Mas nada mudou para mim. Existe um critério para a convocação olímpica: o desempenho do jogador nesta temporada. Olharemos a performance dos nossos atletas ao longo do ano. Eu sei que ele tem tido dificuldades até agora, não é mais o mesmo, e há jogadores com um rendimento notável no ano”, explicou o dirigente.
Colangelo confirmou ter se reunido com o craque do Los Angeles Lakers antes da temporada e que ele deixou a possibilidade de participar dos Jogos Olímpicos em aberto, mas está consciente de que precisa fazer sua parte em quadra para encerrar a carreira no Rio. “Kobe mostrou interesse, mas disse que não quer nenhum prêmio. Ele quer ser capaz de merecer estar conosco por suas atuações”, contou.
Hoje, o diretor acredita que estaria cometendo uma injustiça se entregasse a última vaga no elenco ao pentacampeão da NBA e deixasse astros como Kawhi Leonard e Paul George – citados pelo próprio executivo – de fora dos Jogos Olímpicos. Nada está decidido, porém. Mais de meio ano ainda correrá até que a USAB pense na convocação, então o dirigente deixa todos os cenários em suspenso.
“Não é uma decisão fácil e não tenho que tomá-la por algum tempo. Então, não vou assumir compromissos ou riscar ninguém. Por sorte, eu tenho bastante tempo para fazer a escolha mais sensata”, encerrou Colangelo. Com a seleção norte-americana, Kobe teve papel fundamental na conquista duas medalhas de ouro nas Olimpíadas de Pequim-2008 e Londres-2012.