Para Adam Silver, decisão de Durant e supertimes não são “ideais” para a NBA

Adam Silver acredita que decisão de Kevin Durant e formação de supertimes não são “ideais” para a liga

Fonte: Adam Silver acredita que decisão de Kevin Durant e formação de supertimes não são “ideais” para a liga

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A NBA parou nos primeiros dias de julho para acompanhar a decisão do novo time de Kevin Durant. E a escolha pelo Golden State Warriors, atual vice-campeão da liga e time de melhor campanha regular da história da liga, pode causar sérias mudanças no acordo coletivo de trabalho no futuro breve. Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira, o comissário Adam Silver afirmou respeitar, mas não acreditar que a opção do craque seja benéfica do ponto de vista competitivo.

“Para ser claro, eu não acho que a decisão de Kevin tenha sido ideal para a liga. Eu respeito sua escolha como agente livre e a liberdade de optar pelo que sente ser melhor para si. Ele operou dentro do sistema, assim como o Warriors. Mas, para mim, parte do jogo é estabelecer um acordo coletivo de trabalho que encoraje a distribuição de talento pelos times, não sua concentração”, explicou o dirigente, sugerindo uma possível reforma nas regras de agência livre da liga.

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Mercadologicamente, a formação dos chamados “supertimes” costuma ser positiva para a liga: a curiosidade traz aumento da audiência entre públicos não cativos e um aquecimento das vendas de produtos licenciados – em especial, na cidade que recebe o novo “esquadrão”. Silver, porém, não vê potenciais ganhos financeiros como uma compensação à altura da defasagem que o torneio pode sofrer dentro das quatro linhas nas próximas temporadas.

“Não acho que seja bom para a NBA. Tente falar para os outros jogadores, de todos os outros times, que são azarões contra um favorito muito destacado. Eu não estou fazendo previsões, mas não há dúvidas de que reunir um grupo de grandes atletas te dá melhores chances de ganhar. É muito importante para os fãs de cada equipe acreditar que seu time pode competir, seja de pequenos ou grandes mercados”, afirmou o comissário, com uma visão fria e realista da situação.

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No entanto, a preocupação do executivo não se limita à decisão de Durant. Ele crê que todas as distorções criadas pelo aumento súbito e vertiginoso do teto salarial da liga neste ano merecem ser discutidas para que os salários sejam equalizados na NBA. Se alterações podem não ser implementadas de forma imediata, Silver pretende começar o mais rápido possível discussões para rever o panorama pós-aumento do CAP e formação do “super-Warriors”.

“Todos sabíamos que esse dinheiro seria injetado no mercado e não há dúvidas que discutiremos em reuniões com a Associação dos Jogadores algumas das coisas que estão acontecendo. Mas a boa notícia é que o acordo coletivo é cíclico. Eu acho que precisamos reexaminar alguns dos elementos do sistema e, visando manter o nível de competitividade, acredito que podemos melhorá-lo para não termos de discutir as mesmas coisas no ano que vem”, encerrou Silver, incomodado – como diversos torcedores – com os rumos da NBA.

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