Fonte: David L. Nemec / AFPPaolo Banchero chegou à NBA conhecido por várias virtudes, mas a defesa não era uma delas. O ala-pivô do Orlando Magic sempre foi um prospecto ofensivo extraordinário, enquanto o seu desempenho na marcação era instável. Isso não mudou na temporada de estreia na liga, mas ele quer mudar. O aspecto defensivo foi o foco do trabalho em sua offseason, pois não ficou satisfeito com o seu rendimento como novato.
“Todos os anos, desde o colegial, eu listo aspectos em que preciso trabalhar nas férias. A defesa foi uma delas, pois fiquei frustrado com o que fiz como novato. Por isso, assisti a muitos vídeos de jogos nos últimos meses. Nem todas as partidas, mas aquelas em que sinto que poderia ter sido melhor. Vejo evolução nessa temporada, mas não há motivo para parar de aprender”, contou o jovem astro, em entrevista ao site oficial da NBA.
É sempre difícil avaliar o desempenho defensivo de um jogador, mas existem sinais de que essa melhora é real. Afinal, Banchero faz parte da terceira defesa mais eficiente da temporada até agora. O treinador Jamahl Mosley, além disso, realizou vastos elogios ao jogador recentemente. Mas o seu objetivo não para em ser só um bom defensor ou um atleta “positivo” nesse lado da quadra.
“Eu quero chegar aos times ideais de defesa da liga um dia. Não vejo razão para limitar-me, pois sei que tenho um grande potencial. Possuo os atributos físicos e a inteligência para alcançar esse objetivo. Então, a questão passa a ser foco e mentalidade. Eu tenho que estar comprometido em ser tão bom defensivamente quanto no ataque”, completou o líder de Orlando.
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Questão física
A melhora de Paolo Banchero na defesa, no entanto, não passou só por acompanhar os vídeos dos seus jogos na NBA. Ele aprendeu outra coisa importante quando começou a competir entre os profissionais. A vantagem físico-atlética com que sempre contou, por exemplo, não existe mais. Então, estar na melhor de suas condições tornou-se mais importante do que nunca.
“Os jogadores são bem grandes na NBA. Por isso, por mais que você possa trabalhar na defesa, muita coisa gira em torno de estar bem fisicamente. E, além disso, ter o senso de posicionamento. Saber os pontos em que devo estar dentro de quadra e preencher espaços antes do adversário. Esse é o ponto que passa por assistir aos vídeos, avaliar situações e estudar o jogo”, detalhou o pontuador.
Banchero assumiu a melhora defensiva como um desafio pessoal porque faz parte de sua formação como jogador. Ele quer evoluir sempre e, como resultado, buscar ser completo. “Sempre fui um jogador versátil, que faz muitas coisas em quadra. Fico, então, de olho naquilo que não consigo fazer e cobro-me por isso. Seja a defesa ou arremesso, sou sincero comigo mesmo e agressivo em busca de crescer”, garantiu.
Sucessor
Até o fim dessa temporada, Banchero pode vangloriar-se de ser o melhor calouro da liga. No entanto, o debate em torno de quem vai ser o seu sucessor está acalorada. Victor Wembanyama e Chet Holmgren insinuam fazer uma das disputas mais qualificadas pelo prêmio dos últimos anos. O ala-pivô não tem torcida, mas, até por uma relação de anos anteriores, está feliz pelas atuações de Holmgren.
“Eu conheço Chet há algum tempo. É muito bom vê-lo em quadra e, mais do que isso, com sucesso. Mas acho que também se beneficiou de ficar uma temporada inteira só vendo os jogos. Aposto que é por isso que já começou tão bem, pois teve um ano só para aprender. A gente sabia que ele seria ótimo na liga, mas encaixou-se de forma perfeita em Oklahoma City”, exaltou a referência do Magic.
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