Pacers, Spurs e Jazz ainda precisam de trocas por Wembanyama

Times, que até antes do início da temporada, eram candidatos ao tank, mostram postura diferente

Pacers Spurs trocas Wembanyama Fonte: EMMANUEL DUNAND / AFP

Não sei se foi pelo aviso de Adam Silver, mas alguns times que todo mundo projetou para o tank, estão jogando seriamente. O tank nada mais é do que perder por querer e, pelo menos no início da temporada 2022/23, está dando errado. Indiana Pacers, San Antonio Spurs e Utah Jazz ainda precisam fazer trocas para terem a chance de escolher o francês Victor Wembanyama no Draft. E a tarefa não parece ser tão fácil assim.

Ninguém sabe exatamente quais serão as punições que Silver quer aplicar, mas ele cogitou até rebaixamento. Parece estranho, mas isso passou pela cabeça de dirigentes da liga. Até entendo, pois estamos falando de um grande negócio e não tem nada pior do que desvalorizar uma franquia com campanhas de derrota. Especialmente, por querer.

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O Oklahoma City Thunder terminou a última temporada com diversos jogadores que ninguém ouviu falar, mas teve a chance de subir no recrutamento. Então, a direção selecionou Chet Holmgren. O problema é que o atleta se machucou, está fora de 2022/23 e, obviamente, todo mundo imaginou que será mais um ano daqueles.

Mas nem o Thunder anda jogando mal de propósito.

Na última sexta-feira, por exemplo, Pacers e Spurs fizeram uma partida alucinante no fim, com várias trocas de cestas e nem pareciam que estão atrás de Wembanyama. Como já explicamos, o atleta é um talento geracional. Ou seja, trata-se de um cara que se vê a cada década ou algo assim.

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O Spurs venceu.

Então, no sábado, o time texano encarou o Philadelphia 76ers de Joel Embiid e James Harden. Como todo mundo previa, deu Spurs (não, ninguém acreditava). De acordo com as casas de apostas, antes da partida, o Sixers era o favorito a vencer por 13 pontos.

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Surreal, mas é bom.

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Ainda no sábado, o Pacers derrotou o Detroit Pistons. Tudo bem, pode não ser a tarefa mais difícil do mundo, mas o Pistons está com um elenco melhor do que há um ano e conta com jovens talentos como Jaden Ivey e Jalen Duren, além de Cade Cunningham e Saddiq Bey. Vale registrar, ainda, que Bojan Bogdanovic também faz parte do elenco.

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E não é que três garotos fizeram o estrago contra o Pistons?

Tyrese Haliburton (24 pontos, dez assistências, cinco roubos de bola), Jalen Smith (19 pontos, 15 rebotes, três tocos) e Bennedict Mathurin (27 pontos, sete rebotes e cinco cestas de três) tomaram conta da partida. Aliás, o que o calouro Mathurin anda jogando, se já tem uma “corrida para novato do ano”, ele precisa estar na liderança.

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O Jazz, por outro lado, superou Denver Nuggets e Minnesota Timberwolves nos dois embates que realizou até o momento. E jogando muito.

Então, está tudo estranho. De novo, é bom. Quanto mais competitividade, melhor.

Mas o que impressiona mesmo é o apetite que as equipes estão mostrando. Em geral, a gente sabe quem está para o tank ou não. E, até o momento, os três times mostram vontade de vencer.

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Quais trocas Pacers, Jazz e Spurs devem fazer mirando em Wembanyama?

Vamos apenas supor que este seja, de fato, o objetivo das três equipes. Claro que existem outros candidatos, como Houston Rockets e o próprio Thunder, mas são Pacers, Jazz e Spurs que estão destoando.

O que estou propondo aqui vai na contramão do jogo limpo. Eu sei disso. Estou dando ideias de como fazer franquias piorarem seus elencos e, assim, não perderiam por querer, mas por falta de qualidade mesmo.

Começamos pelo Pacers.

A primeira coisa é ir atrás de um contrato expirante, pois quem chegar será apenas por “aluguel” até o fim da temporada.

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Então, de cara, tem Russell Westbrook, mas de uma forma simples. Trocar e dispensar. Todo mundo sabe que ele tem mercado em candidatos ao título, então é ganha-ganha.

Se Indiana enviar Buddy Hield e Myles Turner ao Los Angeles Lakers, abre um espaço gigantesco na folha salarial (ficaria com cerca de US$54 milhões comprometidos para a próxima temporada) e utilizaria isso para absorver um contrato de um astro. Afinal, veja o elenco do Pacers e entenderá que ali tem muito talento para os próximos cinco ou seis anos ao lado de Wembanyama.

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Depois, o Spurs pode trocar Doug McDermott (US$13.7 milhões para mais um ano), Josh Richardson (US$12.1 milhões), Jakob Poeltl (US$9.4 milhões).

Por fim, o Jazz vai dar mais trabalho. Mike Conley dificilmente sai na atual temporada, pois possui um acordo para mais um ano de US$24.3 milhões. Então, sobram Jordan Clarkson (US$13.3 milhões, com uma opção do jogador para 2023/24), Kelly Olynyk (US$12.8 milhões, com contrato garantido para 2023/24) e Malik Beasley (US$15.5 milhões e uma opção do time para 2023/24).

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Mas só por Westbrook?

Veja bem, se quiser fazer negócio por um jogador só, o caminho natural é trocar pelo armador do Lakers. Mas existem outras opções para “distribuir” seus atletas no mercado.

O pivô Nikola Vucevic tem expirante de US$22 milhões no Chicago Bulls, mesmos casos de Bojan Bogdanovic (US$19.5 milhões) no Pistons, Harrison Barnes (US$18.3 milhões) no Sacramento Kings, Dwight Powell (US$11 milhões) no Dallas Mavericks e, claro, Jae Crowder (US$10.1 milhões) no Phoenix Suns.

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Basta encontrar a oportunidade de um bom negócio. Na maioria dos atletas, é possível dispensar e deixar que eles assinem com outras equipes pelo mínimo para veteranos.

Só que, também, existe um caso incomum que virou até título.

Toronto Raptors

Quando Masai Ujiri chegou ao time canadense, a ideia da gestão anterior era abraçar o tank. Bryan Colangelo, então GM do Raptors, queria desenvolver jovens talentos como Jonas Valanciunas, DeMar DeRozan e Terrence Ross. Portanto, trocar Kyle Lowry e Andrea Bargnani era o primeiro passo.

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Colangelo conseguiu negociar o italiano, que vinha sofrendo com lesões e até encerrou a carreira na NBA prematuramente. No entanto, Lowry ficou para 2013/14. Ujiri pensou em seguir os passos de seu antecessor, mas preferiu manter o armador.

O resultado foi imediato.

Após cinco anos consecutivos fora dos playoffs, o Raptors se classificou para os próximos sete, incluindo o título de 2019. Obviamente, a franquia decidiu reconstruir o elenco sem Serge Ibaka, Marc Gasol e, posteriormente, Lowry, depois que Kawhi Leonard assinou com o Los Angeles Clippers.

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Mas adivinha?

Toronto já se tornou um time bom de novo e se classificou para os mata-matas de 2022.

Então, quem garante que Pacers, Jazz e Spurs não podem virar um novo Raptors?

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