[youtube=https://www.youtube.com/watch?v=95GoJSWzkNA]
A seríssima fratura na perna sofrida por Paul George horrorizou todos que acompanhavam o treino coletivo televisionado da seleção norte-americana, há duas semanas. Mas não houve que tenha ficado mais assustado do que o próprio ala. Em entrevista concedida nesta sexta-feira, o jogador do Indiana Pacers contou ter vivido momentos de terror quando – ainda no chão – notou a gravidade da lesão.
“Eu fiquei em choque. Não podia acreditar que havia acontecido comigo. Quando olhei e vi o osso, soube que era algo feio. Já senti dor antes, mas aquela era uma dor que nunca havia sentido. Foi como se tivesse gasolina em minha perna e alguém ateasse fogo”, lembrou o astro, que precisou ser removido de maca e enviado para o hospital mais próximo em Las Vegas com uma fratura exposta na tíbia e fíbula direita.
George passou por cirurgia na mesma noite para corrigir a lesão, o que tornou-se o primeiro passo de uma longa recuperação. Especialistas avaliam que o atleta vai precisar de até 18 meses para poder voltar às quadras em plenas condições. Ele sabe que deverá ficar longe das quadras pela próxima temporada completa, mas nada está confirmado e seu retorno pode demorar menos do que o esperado.
“Eu não sei ainda quando vou poder voltar. Tenho conversado com a comissão técnica e é um processo diário neste momento. Você leva um dia por vez. Gostaria de retornar já na próxima temporada e tenho um pouco de esperança, mas sei que pode demorar um ano ou mais. Nós não queremos colocar um prazo em minha recuperação”, disse o ala, mantendo a torcida pelo improvável.
Otimismo é uma palavra em alta com George. Ele tenta ver até o afastamento forçado das quadras por um prisma positivo. “Essa lesão é algo que posso superar e pretendo ter uma recuperação completa. Será uma história que terei para contar e vai me fazer mais forte. Há muito que posso tirar dessa situação. Tenho que sentar, assistir aos jogos e simplesmente aprender”, determinou.
O infortúnio do líder do Pacers reabriu a discussão sobre a liberação de atletas da NBA para as seleções nacionais. O dono do Dallas Mavericks, Mark Cuban, chega a sugerir que a liga tome o controle dos torneios internacionais da FIBA e COI para melhor se resguardar de episódios como o ocorrido no treino. Para o ala, porém, culpar o Team USA ou outras seleções pelas eventuais contusões de jogadores é injusto.
“Acidentes acontecem. A USA Basketball não merece nenhuma crítica por minha lesão e isso não muda em nada minha disposição de continuar defendendo meu país. Eu ainda adoraria fazer parte da seleção nas Olimpíadas do Rio. Estou ansioso pela oportunidade em 2016. Afinal, será no Brasil, né?”, finalizou George, aos risos e mantendo o bom humor.