Os sete esquecidos – Leste

Gabriel Farias elege sete jogadores esnobados na votação dos técnicos para Jogo das Estrelas

Fonte: Gabriel Farias elege sete jogadores esnobados na votação dos técnicos para Jogo das Estrelas

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Após uma semana de muita discussão e votação, a NBA anunciou os sete reservas de cada conferência para o Jogo das Estrelas 2016, sediado em Toronto (Canadá). Alguns astros e outras gratas surpresas, como sempre, ficaram fora da festividade. Não tem espaço para todo mundo que merece.

Na conferência Leste, os armadores John Wall (Washington Wizards) e Isaiah Thomas (Boston Celtics), os alas-armadores Jimmy Butler (Chicago Bulls) e DeMar DeRozan (Toronto Raptors), os alas-pivôs Chris Bosh (Miami Heat) e Paul Millsap (Atlanta Hawks), além do pivô Andre Drummond (Detroit Pistons) foram os selecionados pelos técnicos para formar o banco de reservas. Kyle Lowry (Raptors), Dwayne Wade (Heat) LeBron James (Cleveland Cavaliers), Paul George (Indiana Pacers) e Carmelo Anthony (New York Knicks) serão os titulares, eleitos pelo público.

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Se a discussão ficou pela prioridade para os torcedores e não para o desempenho em quadra antes, a polêmica agora fica estritamente dentro das quatro linhas. Separei os sete principais nomes que foram esnobados pelos treinadores e mais três curiosos casos para debate.

Os sete esquecidos

Kemba Walker (Charlotte Hornets): 20.5 pontos, 5.0 assistências, 4.2 rebotes e 1.8 roubo de bola em 46 jogos.

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O armador do Hornets vem de três fortes temporadas desde o ano de calouro, mas sua evolução na atual temporada ficou escancarada com as diversas lesões de sua equipe. Sem Michael Kidd-Gilchrist desde o início de temporada e com Al Jefferson saudável em apenas 19 jogos, Walker chegou a colocar o time de Charlotte na segunda posição da conferência Leste em novembro. Teve pequena queda com as constantes mudanças no quinteto titular, mas voltou a brilhar com atuações como os 52 pontos diante do Utah Jazz. Aos 25 anos, ele mantém as melhores médias na carreira em aproveitamento geral de arremessos (42%) e em tiros de longa distância (36%).

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Reggie Jackson (Detroit Pistons): 19.3 pontos, 6.5 assistências, 3.7 rebotes e 44% de aproveitamento nos arremessos de quadra em 46 jogos.

Jackson chegou ao Pistons na metade da última temporada a fim de provar seu potencial como titular na NBA, após anos na reserva de Russell Westbrook no Oklahoma City Thunder. A missão para a atual campanha estabelecer a franquia (e a si mesmo) entre os melhores. Ao lado de Andre Drummond, ele tornou-se uma grande ameaça nas jogadas de corta-luz, que beneficiam suas qualidades como pontuador e passador. São 22 atuações de mínimo de 20 pontos, 35 jogos com cinco ou mais assistências e 17 partidas com cinco rebotes, pelo menos.

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Nicolas Batum (Hornets): 14.9 pontos, 6.4 rebotes, 5.3 assistências e duas bolas de três convertidas por jogo em 36 partidas disputadas.

Batum ressurgiu. Vindo de sua pior temporada na NBA, o francês de 27 anos foi trocado para o Hornets e logo recebeu a responsabilidade de comandar o ataque da equipe ao lado de Kemba Walker. Enquanto esteve saudável, o francês não decepcionou. Mesmo com problemas no dedo e no cotovelo, o ala tem suas melhores médias da carreira em pontos e assistências nesta temporada. A ausência em sete dos últimos 14 jogos do Hornets podem ajudar a explicar a ausência do jogador na festividade.

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https://www.youtube.com/watch?v=dS4i6J2UxI8

Al Horford (Atlanta Hawks): 15.2 pontos, 7.1 rebotes, 3.0 assistências e 1.5 toco em 48 jogos.

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O Hawks não possui a mesma campanha que “doutrinou” a conferência Leste na temporada passada, mas o dominicano Horford está tão bem quanto no primeiro semestre de 2015. Mantendo as médias de (pelo menos) 15 pontos, sete rebotes, três assistências e um toco – com 50% de aproveitamento nos arremessos de quadra – pela segunda campanha consecutiva, a presença do pivô no Jogo das Estrelas só não foi mais especulada porque os holofotes parecem ter ficado quase todos para Paul Millsap.

Kevin Love (Cleveland Cavaliers): 15.7 pontos, 10.8 rebotes, 2.4 assistências e duas bolas de longa distância convertidas em média por 44 partidas.

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Este é o curioso caso de Kevin Love em Ohio. Contratado com status de all star, o ala-pivô ficou abaixo do esperado na última temporada e sequer foi cotado para a festividade. O atleta de 27 anos, porém, acabou sendo o principal beneficiado pela ausência de Kyrie Irving no início desta campanha e lembrou a grande máquina de duplos-duplos da época de Minnesota Timberwolves como segunda opção do time. A volta do armador e os diversos erros defensivos que cometeu nas grandes partidas recentes do Cavs tiraram a chance de Love retornar ao Jogo das Estrelas.

Pau Gasol (Chicago Bulls): 16.7 pontos, 10.9 rebotes, 3.2 assistências e 2.1 tocos em 43 jogos disputados.

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Titular da conferência Leste no Jogo das Estrelas da temporada passada, Gasol vive situação semelhante à de Horford: ele possui números semelhantes na atual campanha e sua sexta convocação para o evento não seria nenhum absurdo. Mesmo já aos 35 anos, o espanhol continua a se destacar entre os pivôs da atualidade pela sua qualidade ofensiva, visão de quadra e produção defensiva em torno da cesta: já tem 11 jogos com mínimo de cinco assistências nesta temporada e outras 15 atuações com três ou mais tocos.

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Nikola Vucevic (Orlando Magic): 16.7 pontos, 8.8 rebotes, 2.7 assistências e 50% de aproveitamento nos arremessos de quadra em 41 partidas.

O montenegrino do Magic é o único esnobado da lista que também foi um dos notórios esquecidos no ano passado. Em busca de seu primeiro Jogo das Estrelas na carreira em cinco temporadas na NBA, Vucevic não repete os grandes números da temporada passada. É o jogador mais consistente no promissor time de Scott Skiles, ainda assim. O melhor mês da equipe da Flórida até aqui foi dezembro e, no período, o pivô “explodiu” para 19.4 pontos e 55% de acerto nos tiros de quadra.

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Os cortados

O armador Kyrie Irving, o ala-pivô Kristaps Porzingis e o pivô Hassan Whiteside foram os três cortados da lista. Khris Middleton e Brook Lopez também ficaram no quase.

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Irving era titular da posição até a última semana de votação popular, mas estava bem claro que o atleta do Cavaliers não iria para o Jogo das Estrelas se não mantivesse a dianteira sobre Kyle Lowry entre os fãs ao redor do mundo. Com menos de 20 partidas disputadas nesta temporada, ele só estaria no evento pelo valor do “show” – o que acaba sendo reconhecido pelos torcedores, não técnicos.

https://www.youtube.com/watch?v=5iGm4aTtyso

Para quem foi vaiado quando escolhido pelo New York Knicks no draft, médias de 14.0 pontos e 7.8 rebotes são um ótimo começo. Porzingis virou febre na NBA, mas não conseguiu desbancar os veteranos Chris Bosh e Paul Millsap. Ele escreveria história se conseguisse, por sinal: a última vez que um novato chegou à seleção do Leste no jogo festivo foi em 1995, quando Grant Hill foi titular em seu primeiro ano no Pistons.

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Whiteside não é o principal jogador do Heat, mas sua capacidade de distribuir tocos impressiona qualquer um. São quase quatro tocos por jogo e 14 atuações com cinco ou mais bloqueios nesta temporada. O pivô já conseguiu dois triplos-duplos com pelo menos dez tocos na atual campanha. Fora isso, ele mantém 61% de aproveitamento nos arremessos de quadra e pega 11.2 rebotes por partida.

Na temporada passada, Dwayne Wade não pôde participar da festividade e Kyle Korver foi o escolhido pelo técnico Mike Budenholzer para substituí-lo. Se algum jogador selecionado não atuar, esses dez jogadores citados são os favoritos para conquistar a vaga.

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Faltou alguém entre os esquecidos? Comente e aprofunde o debate.

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