O melhor jogador do Los Angeles Lakers de todos os tempos

O que pensar de um armador de 2,06m de altura? O que dizer de um dos jogadores que mudaram para sempre a história do jogo de basquete? Magic Johnson é o melhor jogador de todos os tempos de uma das maiores franquias da NBA, o Los Angeles Lakers. Assistindo a um programa produzido pela ESPN, […]

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O que pensar de um armador de 2,06m de altura? O que dizer de um dos jogadores que mudaram para sempre a história do jogo de basquete? Magic Johnson é o melhor jogador de todos os tempos de uma das maiores franquias da NBA, o Los Angeles Lakers.

Assistindo a um programa produzido pela ESPN, não tive dúvidas e vim escrever sobre aquele que me fez ter vontade de acompanhar o melhor basquete do mundo.

Já disse por aqui algumas vezes e repito: a primeira camisa que tive na NBA foi a de Magic Johnson, um ídolo que me fez amar esse esporte.

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Mudança de ares na NBA

Os anos 70 foram muito duros para a NBA. Quem acompanha o jogo hoje, provavelmente não tem ideia do que acontecia naquela época. Eram inúmeros jogadores com problemas com drogas, times com pouquíssimo público, e uma imagem completamente arranhada.

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A NBA clamava por mudança e ela aconteceu antes mesmo de Magic chegar ao Lakers. 

Larry Bird, um ala branquelo de Indiana, era rival de Johnson, de Michigan State. Aquela rivalidade tornou-se uma das maiores amizades que a liga já viu. Mas houve tempos em que os dois se odiavam.

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Magic, um sujeito de riso fácil e expressão amigável, conquistou todo mundo. A cara da NBA estava mudando, e para melhor.

Johnson fazia com que as entrevistas tornassem um show fora das quadras. Ele era tudo aquilo que o público queria: um jogador humilde, que brilhava o tempo todo.

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Prêmios e títulos

Foram cinco títulos da liga entre 1980 e 1988. Uma verdadeira dinastia conduzida pelo técnico Pat Riley fora de quadra, e Magic dentro dela.

De cara, em seu primeiro ano, lá estava Johnson levantando não só o seu primeiro troféu, mas também o de MVP das finais. O fato se repetiu em outras duas ocasiões, em 1982 e 1987.

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Ele foi eleito três vezes MVP da liga, chamado 12 vezes para o Jogo das Estrelas, escolhido em nove ocasiões para o time ideal da NBA, e encerrou sua carreira com médias incríveis de 19.5 pontos, 11.2 assistências e 7.2 rebotes.

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“As coisas começaram a mudar com a saída de Riley. Chegaram novos jogadores, novo técnico e mesmo assim conseguimos nos classificar para as finais da NBA em 1991. O problema é que do outro lado tinha um jogador faminto por seu primeiro título”, disse Magic sobre Michael Jordan.

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A doença

Magic estava ao lado de seus companheiros se preparando para o início da temporada 1991-92. Aos 31 anos, Johnson enfrentaria o seu maior pesadelo.

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“Chegamos de Paris, após um torneio de exibição, mas eu estava verdadeiramente cansado. Então pedi para não atuar nos próximos dois jogos contra o Utah Jazz em Salt Lake City. Então, recebi uma ligação do nosso médico pedindo para voltar para casa. Pensei em jogar, mas ele disse para retornar com urgência”, afirmou Johnson.

“Earvin, tenho notícias ruins para você”, disse o médico. “Fizemos alguns testes com você e precisamos conversar sobre o que está acontecendo, e sobre o seu seguro”.

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Ninguém sabia ao certo o que acontecia com o camisa 32. A direção do Lakers anunciou que ele tinha uma gripe e aquilo se arrastou por duas terríveis semanas.

“Tudo que eu ouvi era uma sentença de morte, pois na época não existiam remédios e a doença era muito nova e pouco se sabia sobre ela”, disse Magic. “Liguei para a minha esposa e falei que precisava conversar com ela. Fiquei sem coragem de contar para ela, mas entrei em casa e falei que tinha a doença”.

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No dia 6 de novembro, Johnson passou por novos exames que revelaram que sua doença estava em um estágio avançado em relação ao teste anterior. Ele ficou sabendo que sua esposa e seus filhos não haviam contraído o vírus HIV.

O anúncio

Na quinta-feira, 7 de novembro, Magic convocou uma coletiva para anunciar o que acontecia com ele, mas antes, pediu para que seu assessor avisasse Larry Bird, Michael Jordan e Pat Riley. A notícia havia se espalhado por uma rádio e o anúncio teve de ser antecipado. A coletiva seria no dia seguinte.

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Johnson apareceu para os jornalistas e disse: “Por conta do vírus HIV que contraí, eu terei que deixar o Los Angeles Lakers”.

Foi como se uma bomba tivesse caído. O então presidente dos Estados Unidos, George Bush, falou que tudo aquilo era uma tragédia para o mundo.

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Magic, então imbatível, tinha medo de morrer.

“Eu não queria jogar naquela noite”, disse Bird.

Em diversos ginásios, torcedores e jogadores rezavam para que nada de pior acontecesse. Naquela época, todos pensavam que Johnson morreria em pouco tempo.

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“Eu o vi e pensei em um homem morto andando”, afirmou Karl Malone.

Dias difíceis 

As pessoas que antes ficavam ao seu lado, passaram a ignorá-lo. Seu agente recebeu uma ligação de um restaurante pedindo para que ele não fosse mais lá.

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Seu filho mais velho foi esnobado no colégio e ninguém queria ter contato com ele. Johnson ficou arrasado e quase entrou em depressão.

Magic, então, saiu do sofá para tornar-se um porta voz. Um verdadeiro líder dentro das quadras era agora um símbolo da luta pela sobrevivência.

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“Recebi uma ligação de Nova York que me deixou muito feliz. Era Pat Riley me chamando para treinar. Ele mudou minha vida naquele dia”.

Riley queria lhe dar uma camisa do New York Knicks, equipe que treinava na época, mas Johnson recusou. Os dois treinaram por algumas horas e ele teve vontade de jogar novamente.

All-Star Game e Dream Team

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“De alguma forma, meu nome estava na lista para ser votado para o Jogo das Estrelas de 1992. No entanto, havia muito medo, sobretudo dos jogadores e da direção da NBA”, afirmou Johnson.

Mesmo sem ter participado de uma partida sequer naquela temporada, Magic havia sido selecionado pelo voto popular para participar da festa. No entanto, faltavam alguns detalhes para que aquilo acontecesse.

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“Contratamos um especialista em Aids para decidirmos se Magic poderia jogar”, disse David Stern. “Ficamos todos muito felizes: Magic Johnson jogaria mais uma vez”.

Não deu outra. Johnson foi escolhido como o MVP daquela partida. Um jogo que não terminou. Magic fez cesta de três e o embate acabou naquele momento. Todos o abraçaram. Ovacionado pela torcida, ele acabou com o mito de que o vírus poderia ser transmitido pelo suor.

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Meses depois, Magic estava no melhor time de todos os tempos – o Dream Team, de Barcelona-92 e encantou o mundo. A Olimpíada em si, foi um evento de certa maneira secundário. As pessoas queriam ver seus ídolos em quadra. Um time que contava com Bird, Jordan e Magic não poderia ser qualquer um.

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O quase retorno

Em 1992-93, Magic voltaria a jogar. Ele foi liberado pelos médicos, recebeu a chancela da NBA e retornou aos treinamentos para aquela temporada. Johnson fez parte da pré-temporada, mas no dia 30 de outubro daquele ano, em North Carolina, ele se cortou durante uma jogada e todos o olhavam de forma diferente outra vez.

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Karl Malone, então do Utah Jazz, foi porta-voz contra a sua volta. Ele tinha medo de contrair aquela doença. Magic, então, deixou tudo de lado e parou de jogar.

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“Fiz amizade com Karl durante as Olimpíadas, então foi muito difícil ouvir aquilo vindo dele”, disse Johnson.

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Clyde Drexler, que jogava no Portland Trail Blazers, e também colega de Johnson no Dream Team, disse que sentiu pena de Magic e achava que ele morreria.

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Despedida honrosa

Em 1996, tudo havia mudado. Magic voltou a vestir o uniforme número 32 do Lakers por mais 32 partidas, para enfim, aposentar-se. Não mais como armador, mas sim como ala. Aos 36 anos, bem mais forte do que antes, Magic driblou todas as contradições e todos os preconceitos e teve a chance de encerrar sua carreira de forma inigualável.

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Frases de amigos

“Eu nunca vi um cara ficar tão feliz por ver o outro jogador feliz ao fazer uma cesta. Ele era o rei de Los Angeles. Ele era o astro dos astros. O que eu faço é imitá-lo na minha profissão. Tento envolver os outros” – Chris Rock, comediante.

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“Era um jogador que era maior que o próprio jogo” – Arsenio Hall, ator.

“Um dos jogadores mais solidários que já vi jogar” – Pat Riley.

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Claro que opinião é individual, mas nos mais de 20 anos que acompanho o basquete da NBA, não consigo pensar em outro jogador tão espetacular quanto Magic Johnson. Um sujeito que inspirou milhões dentro e fora de quadra.

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