Hassan Whiteside é dono de uma das trajetórias mais surreais da NBA atual. O pivô teve uma primeira passagem apagada na NBA, passou pelo basquete chinês e até libanês, antes de ter uma nova oportunidade na liga e “explodir” com a camisa do Miami Heat, para surpresa de quase todos. A história aconteceu há só três anos, mas, em termos de maturidade em quadra, já soa como décadas para o atleta.
“Eu sinto que melhorei demais em Miami. Não só pontuando ou pegando rebotes, mas compreendendo o jogo, fazendo as jogadas certas e comunicando-me. Erik [Spoelstra, treinador] tem confiança em mim e minhas habilidades. Cresci muito como jogador. E, hoje, eu só quero fazer o que for necessário para ajudar meu time”, contou o jogador de 28 anos, em entrevista ao site Hoopshype.
Os tempos de revelação para Whiteside ficaram para trás. Ele é o atleta com maior salário vigente do Heat e a grande referência da reconstrução do time, que agora investe na manutenção do núcleo que surpreendeu a NBA no primeiro semestre deste ano para seguir competitivo. Um dos líderes do elenco, o pivô aprovou a estratégia de manter a equipe intacta para mais uma temporada.
“Como objetivo coletivo, eu sempre vou querer disputar campeonatos. Não vou me abalar com os primeiros resultados da temporada, pois há confiança nesse elenco: eu acredito em nosso grupo e esse grupo acredita em mim. Sabemos que, jogando juntos, nós somos inacreditáveis. Temos time para vencer 50 partidas”, exaltou o pivô, negando o rótulo de ser “o cara” da franquia.
Whiteside anotou 26 pontos e pegou 22 rebotes na única partida que disputou na temporada. Suas médias aumentam ano após ano, mas, no fim das contas, ele já aprendeu que individualidades importam pouco. “Não me importo com objetivos pessoais. Você pode ter grandes médias e tudo o mais, mas, se a equipe perder, isso não trará nenhuma grandeza ou satisfação”, finalizou.