O campeão voltou

Com início dominante, Golden State Warriors busca recuperar protagonismo e provar que a dinastia não acabou

campeão voltou Fonte: Kent Smith / AFP

O campeão voltou. Essa é a constatação a respeito do ótimo início de temporada do Golden State Warriors. Com 12 vitórias em 14 partidas, a equipe de San Francisco tem a melhor campanha da NBA e exibe o basquete mais dominante até o momento.

Em 2021/22, o Warriors busca recuperar o protagonismo e provar que a dinastia não acabou, que só houve um breve hiato de duas temporadas. Foram cinco finais e três títulos entre 2015 e 2019. Um domínio poucas vezes visto na liga, e a merecida inclusão no rol de maiores times da história.

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Agora, sob o comando do mesmo treinador, Steve Kerr, e liderado pelos veteranos e campeoníssimos Stephen Curry e Draymond Green, o Warriors vem mostrando ao restante da NBA que vai brigar por mais um título. Neste artigo vamos apresentar e explicar os motivos que fazem de Golden State um legítimo contender.

Defesa de elite

No primeiro mês de temporada, o Warriors tem a defesa mais eficiente da liga. Aliás, é o único time que sofre, em média, menos de 100 pontos por 100 posses de bola (98,9). Além disso, o Warriors é o líder em porcentagem de rebotes defensivos (76,6%) e em roubos de bola por partida (10,6), o segundo que menos leva pontos no garrafão (41,0), o terceiro que menos sofre pontos em segunda chance (10,8) e que melhor protege o perímetro (31,6% de aproveitamento dos adversários).

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A âncora defensiva da equipe continua sendo Draymond Green. Considerado um dos marcadores mais versáteis e implacáveis da NBA na última década, Green voltou aos seus melhores dias. Aos 31 anos, ele é o terceiro da liga em eficiência defensiva (atrás somente de Nikola Jokic e Rudy Gobert) e em plus/minus defensivo (apenas Jokic e Jimmy Butler estão à sua frente). Dessa forma, o camisa 23 promete brigar até o fim pelo segundo prêmio de defensor do ano (conquistou em 2017).

Mas, é claro, o sucesso da defesa do Warriors não ocorre somente por causa de Green. Por conta de seu talento para pontuar, Curry é um defensor subestimado. Kevon Looney não é um pivô habilidoso, mas mostra eficiência como protetor de aro, fazendo o “trabalho sujo” no garrafão. Já Gary Payton II e Andre Iguodala são verdadeiros “carrapatos” e elevam o potencial defensivo da segunda unidade.

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Ataque de elite

Durante a dinastia da última década, o Warriors sempre teve o melhor ataque da NBA. Stephen Curry, Klay Thompson e, por três temporadas, Kevin Durant, deram ao time californiano um poderio de fogo sem precedentes.

Em 2021/22, o Warriors é o líder em média de pontos por partida (115,2) e o segundo em eficiência ofensiva (112,6, atrás apenas do Utah Jazz). A equipe conta com dois três playmakers que combinam quase 14 assistências por jogo: Green (7,1) e Curry (6,7). Além disso, Jordan Poole e Iguodala assumem essa função quando os astros estão descansando no banco de reservas. Afinal, nunca é demais ter múltiplos criadores em um time de basquete.

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Em termos de ritmo, o Warriors tem o quinto pace da NBA (102,06 posses de bola), ou seja, privilegia o jogo de transição. Assim, o time lidera a liga em pontos de contra-ataque (18,9). O “segredo” do ataque de Golden State é a intensa movimentação de bola, bem como dos atletas. Além de Curry (28,1 pontos e segundo cestinha da liga), Andrew Wiggins e Poole têm médias acima de 17 pontos (18 e 17,2 respectivamente).

Não por acaso, o Warriors é o líder em assistências por jogo (29,2), em porcentagem de pontos através de assistências (69,9%) e em porcentagem de posses de bola que terminam em assistências (20,1).

O ataque do time de San Francisco também chama a atenção por liderar as seguintes estatísticas: aproveitamento nos arremessos de quadra (47,2%), eficiência nos arremessos de quadra (55,7%), true shooting (58,9%), bolas de três pontos convertidas por jogo (15,2), pontos após cortes para a cesta (18,1) e após corta-luzes (12,2).

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Portanto, em razão desse domínio defensivo e ofensivo, o Warriors tem melhor net rating (saldo de cestas) da temporada: 13,1. O segundo colocado, Utah Jazz, tem 8,9.

Terceiros períodos avassaladores

Uma das marcas registradas do time tricampeão na década passada era a dominância em quadra após o intervalo. Em 2021/22, o Warriors trouxe o “terceiro quarto da morte” de volta.

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O net rating do Warriors, em terceiros quartos, é de 31,7, algo surreal. Até o momento, o time de San Francisco superou os seus oponentes por 124 pontos nos terceiros períodos. Esse é, de longe, o melhor diferencial de pontos para qualquer equipe, em qualquer período das partidas. A segunda melhor marca pertence ao Miami Heat (+77 nos primeiros quartos).

campeão voltou

Por Kirk Goldsberry

Curry em modo MVP

Aos 33 anos, Stephen Curry está na sua melhor forma e jogando em modo MVP. Segundo cestinha até o momento (28,1 pontos, atrás apenas de Kevin Durant), o armador tem um aproveitamento acima dos 40% (40,6% para ser exato) do perímetro, arremessando em grande volume. Em 2021/22, Curry tem uma média de 13,4 tentativas de bolas de três e 5,4 cestas (maiores marcas na carreira).

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Nesta temporada, o astro do Warriors converteu pelo menos nove bolas do perímetro em três partidas. São 37 na carreira. Os segundos colocados – James Harden e Damian Lillard – somam nove. Uma coisa já é inquestionável: Curry é o maior arremessador da história da NBA.

Em busca do terceiro prêmio de MVP da carreira, o camisa 30 ainda é dono do maior plus/minus da temporada: + 195, o que demonstra a importância e o valor de Curry em quadra.

Klay Thompson e James Wiseman 

O Warriors é o melhor time da NBA, no momento, e tem todas as marcas citadas acima. Isso tudo sem poder contar com dois potenciais titulares, sendo que um deles é considerado um dos maiores nomes da história da franquia.

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Klay Thompson está perto de retornar às quadras depois de duas temporadas “de molho” por conta de duas graves lesões: rupturas do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e do tendão de Aquiles direito. Ele, inclusive, já foi liberado para treinar nos coletivos. Enfim, a tendência é que vejamos os Splash Brothers juntos novamente antes da virada do ano.

Por outro lado, Wiseman ainda não tem uma data para sequer voltar aos treinos. Em abril deste ano, o pivô de 20 anos rompeu o menisco do joelho direito e ainda se recupera da cirurgia no local. Porém, mesmo quando estiver apto a jogar, Wiseman será colocado aos poucos na equipe. Segundo Kerr, a intenção é não apressar a volta do atleta. Ainda de acordo com o treinador, o desenvolvimento de pivôs é mais lento do que outras posições.

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Warriors é um legítimo contender

Por conta de todos os fatores apresentados no texto, o Warriors pode ser considerado um legítimo contender. Eficiente nos dois lados da quadra, com um astro jogando em modo MVP, um defensor de elite voltando ao seu auge e um treinador que conhece bem o elenco profundo que tem em mãos.

Se, antes da temporada, havia certa desconfiança com o Warriors, agora, o panorama mudou. Com a volta de Thompson, o ataque tende a ser ainda mais forte, já que o camisa 11 é um dos maiores arremessadores da história. No entanto, é preciso ter muita cautela, como diria Celso Roth, com o retorno de um jogador que ficou dois anos afastado das quadras. Mesmo sem Thompson, o Golden State já mostrou do que é capaz.

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A torcida do Warriors deve estar muito empolgada com o início de temporada avassalador, revivendo os bons tempos da dinastia. Ausente dos dois últimos playoffs por conta de lesões de jogadores essenciais, a equipe de San Francisco tem tudo para brigar pelo quarto título em oito temporadas. Curry e companhia parecem motivados a fazer história novamente. Por isso, é seguro afirmar: o campeão voltou.

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