Fonte: Reprodução / InstagramLeBron James esteve entre os astros convocados pela seleção dos EUA para recuperar a hegemonia do basquete mundial, em 2008. Ele foi um dos membros do chamado “Time da Redenção”, que conquistou a medalha de ouro olímpica em Pequim. Desde então, os estadunidense nunca mais desceram do topo do pódio nos Jogos. Vê-lo voltar à equipe, por isso, traz lembranças para o técnico daquele selecionado, Mike Krzyzewski.
“Eu percebi como LeBron era inteligente assim que comecei a treiná-lo. É impossível não se impressionar com o seu condicionamento, mas há bem mais. Ele é um atleta incrível, sim, mas também possui inteligência, liderança, comando. E, mais do que isso, tem algo raro: a vontade de se preparar para vencer. Muitos querem vencer, mas poucos estão dispostos a pagarem o preço para isso”, contou o lendário “Coach K”.
A presença de James no seu quarto torneio olímpico é um evento por si só. O ídolo, em primeiro lugar, volta à seleção prestes a completar 40 anos de idade. Além disso, o ala pode se tornar o terceiro jogador da história do basquete a conquistar quatro medalhas olímpicas. Na NBA, ele é dono de inúmeros recordes. Krzyzewski acredita que tudo isso é a prova do seu comprometimento com o jogo e a excelência.
“Qualquer pessoa que critica LeBron é maluca. Nós nunca vamos ver alguém como ele, pois nunca haverá outro desses. Veja a sua postura, mentalidade e disposição nesses Jogos Olímpicos, por exemplo. Ele ajuda os seus times não só pela forma como joga, mas pelo seu comportamento. É o exemplo e a face de um campeão. Ele é único, em síntese”, sentenciou o integrante do Hall da Fama.
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Comparação
Krzyzewski esteve à frente da seleção dos EUA por uma década e, assim, treinou vários craques além de LeBron James. Vários dos maiores talentos da história recente da NBA, na verdade, passaram pelo seu comando. Ele garante que, em termos de preparação e foco, só houve um jogador que pode ser comparado ao astro do Los Angeles Lakers. O nome não surpreende: o saudoso Kobe Bryant.
“LeBron e Kobe são dois jogadores que estavam acima de todos que treinei em termos de preparação. Eles sempre estavam prontos não só física, mas mentalmente. Prontos em todos os aspectos que se possa pensar, na verdade. Eles sempre desejavam ser os melhores quando entravam em quadra, não importa se era um treino ou uma final”, relatou o ídolo da Universidade de Duke.
Krzyzewski acredita que James e Bryant se aproximam pela dedicação em maximizar os seus enormes potenciais. Isso inclui não só a técnica bruta, mas os resultados ao longo da carreira. “Todos querem vencer, mas, para isso, é preciso pagar um preço bem alto. É preciso cuidar do corpo, treinar, trabalhar, estudar. Certamente, essa disposição absoluta é algo que ambos sempre compartilharam”, completou.
Recordes
Durante a fase de grupos, LeBron James alcançou mais uma marca histórica para uma carreira repleta de recordes. Ele se juntou a Kevin Durant e Carmelo Anthony como os únicos jogadores da história dos EUA a anotar 300 pontos em Jogos Olímpicos. É claro que se trata de um feito que vai eternizar o seu nome dentro da USA Basketball. Mas não é assim que quer ser lembrado quando o assunto for Paris-2024.
“Isso não significa muita coisa para mim porque, no fim das contas, simplesmente quero vencer. Eu não estou aqui pelos recordes, mas para conquistar a medalha de ouro. É só isso que quero. Esse é o meu único foco nessa viagem. Por isso, tudo não gira em torno da quantidade de pontos que vou fazer. Não é sobre estatísticas, mas algo bem maior”, garantiu o astro da seleção dos EUA.
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