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A geração dourada do basquete da Argentina fez sua despedida das competições internacionais nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro. Enquanto os experientes Luis Scola e Carlos Delfino ainda não tomaram uma decisão sobre a sequência de suas carreiras com a seleção, o ídolo Manu Ginobili confirmou o que todos já anteviam: aos 39 anos, ele está se aposentando definitivamente da equipe nacional nesta quarta-feira.
“Foi uma jornada sensacional. Estou triste, mas também feliz por ter tido a chance de jogar com quase 40 anos pelo meu país. Sou imensamente orgulhoso da minha longevidade, do modo como joguei e tudo o que eu conquistei em quadra. Esse ano completou 20 anos do meu primeiro jogo com a seleção e só tenho orgulho do que fizemos”, disse o emocionado ala-armador, após a eliminação nas quartas-de-final das Olimpíadas.
Ginobili também pôde ficar contente pelo reconhecimento que recebeu de todos os envolvidos na partida. Mesmo perdendo por 30 pontos de diferença para os norte-americanos, a torcida argentina cantou incessantemente em homenagem ao líder da geração dourada e maior jogador de basquete da história do país. Além deles, os próprios adversários se renderam e fizeram questão de parabenizá-lo após o confronto.
“Eu sei o que Manu representa não só para o basquete da Argentina, mas para o país como um todo. Ele esforçou-se muito pela seleção, carregou sua equipe ao longo dos anos e representou-os de modo fantástico. Fui lá e só queria dizer-lhe obrigado por ter me dado a oportunidade de enfrentá-lo. Só queria agradecê-lo”, afirmou Carmelo Anthony, que perdeu para os argentinos na primeira de suas quatro participações em Olimpíadas.
O treinador Mike Krzyzewski foi outro integrante da seleção norte-americana que falou alguns segundos separadamente com Ginobili. “Manu é um Hall da Fama e um cara tão competitivo quanto qualquer um que enfrentei em torneios internacionais. Não há ninguém como ele. Joga em todas as posições, com coração e entrega. Ninguém poderia representar melhor seu país. Muito respeito da minha parte”, exaltou o técnico.
A reação emotiva e efusiva da torcida argentina foi o que tirou lágrimas do craque em seu último jogo em competições internacionais, mas a atitude de Carmelo e Krzyzewski mostraram a importância e impacto de sua carreira. “Estou lisonjeado com suas palavras. Foram gentis, muito respeitosos. Eles não precisavam ter feito isso, podiam ter me cumprimentado e tchau, mas fizeram mais. Quando lendas do esporte te mostram esse tipo de respeito, o valor é extra”, concluiu.