Fonte: Reprodução / TwitterNorman Powell estava convicto de que apareceria entre os três finalistas para o prêmio de melhor reserva da NBA. Mas, assim como no ano passado, a expectativa terminou em decepção. O jogador do Los Angeles Clippers perdeu uma vaga como “candidato oficial” para Malik Monk, Naz Reid e Bobby Portis. Dessa vez, no entanto, ele decidiu não ficar calado diante do que acredita ter sido uma injustiça.
“Eu acho que isso é besteira, para ser sincero. Não sei o que mais preciso fazer, depois de dois anos seguidos em que não chego entre os finalistas. Já liderei a liga em pontos saindo do banco, por exemplo. Vi que fui um dos reservas mais eficientes da liga nessa temporada. E isso com menos posses do que poderia, pois atuo com quatro jogadores que vão estar no Hall da Fama”, desabafou o experiente ala-armador.
Powell teve uma redução na média de pontos em relação à temporada passada, mas, de fato, a eficiência aumentou. Ele registrou 13,9 pontos por partida, enquanto converteu 43,5% dos arremessos de longa distância e só cometeu 0,9 erros de ataque por jogo. Ele foi o quarto atleta com melhor índice de acerto de bolas de três pontos entre todos os jogadores com 200 ou mais tentativas na temporada.
“Não ser reconhecido é uma droga, certamente. Acho que tem a ver com popularidade, política. Com pessoas que não assistem aos jogos, mas só os melhores momentos nas redes sociais. Não sou tão ‘exibido’ por lá, então saio atrás. É duro para mim, mas não me deixo abalar. Afinal, estou mais focado em conquistar um título com os meus companheiros de time”, concluiu o pontuador.
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Objetivo pessoal
Agora, obviamente, Powell minimiza a valia do prêmio. No entanto, nos últimos meses, o ala-armador deixou claro que tinha vontade de ganhar o troféu. Enorme interesse. Em março, por exemplo, ele deu uma entrevista ao jornal LA Times em que falava sobre a importância do possível reconhecimento. Teria sido, em síntese, a coroação da jornada de sua carreira.
“Eu sinto que sempre fui um ‘azarão’ durante a minha carreira. Então, vencer o prêmio seria incrível porque teria um enorme significado opara mim. Seria um reconhecimento da minha importância para a equipe. E do meu trabalho ao longo dos anos, além disso, para ajudar os meus times a vencerem jogos. É um feito que diria muito sobre os sacrifícios que fiz até aqui”, reconheceu o atleta de 30 anos.
O prêmio também serviria como uma forma de deixar Powell mais confortável na NBA. Afinal, ele sente-se em um eterno processo de autoafirmação como jogador. “Mesmo após uma grande temporada, eu sempre tenho que merecer o meu espaço e status no início de cada temporada. Nada nunca foi garantido. Então, sinto que tenho trabalho a fazer sempre para provar o meu valor”, contou.
Reconhecimento
Norman Powell não recebeu o reconhecimento da NBA com a indicação à premiação de melhor reserva da temporada. Chamou a atenção, no entanto, de alguém que é quase sinônimo do troféu John Havlicek. Jamal Crawford ganhou a honraria três vezes, sendo que duas delas com o Clippers. E o ex-atleta não tem dúvidas de que o desempenho do ala-armador estaria à altura do prêmio.
“Norman vem fazendo um ótimo trabalho. E, mais do que só os pontos que anota, ele faz parte de uma das melhores equipes da liga. Ou seja, eles precisam desse homem. Nós conhecemos os astros do elenco, mas todos os times precisam de uma injeção de agressividade vinda do banco. Norman traz esse ‘empurrão’ que deixa todo mundo ligado”, elogiou Crawford.
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