Fonte: Reprodução / InstagramSer apontado como um dos melhores da história em qualquer área é um teste de tempo. Afinal, você precisa ter um currículo e impacto a ser lembrado por gerações que vão vir. Mas, mesmo assim, a grandeza consegue fintar essa regra. Existem atletas tão incríveis que, ainda ativos, já mostraram o bastante para estarem no topo. Para Nikola Vucevic, por exemplo, Nikola Jokic já é um dos melhores jogadores de todos os tempos.
“A julgar pelo que já fez, certamente, Nikola é um dos melhores jogadores da história do basquete. Tem três prêmios de MVP da liga, um título, presenças em Jogos das Estrelas e, por fim, estatísticas incríveis. O seu currículo já é ótimo, mas ainda tem muito tempo de carreira. Então, quando deixar as quadras, ele vai estar entre os melhores que já jogaram”, cravou o montenegrino, em entrevista ao site EuroHoops.
Estar entre os melhores da história, realmente, parece ser o destino natural para Jokic. Portanto, a dúvida sobre o seu legado passa a ser: quão alto pode chegar nessa lista? Ele pode ameaçar, por exemplo, um dos cinco maiores pivôs de todos os tempos? Ou seja, lendas como Kareem Abdul-Jabbar, Bill Russell e Hakeem Olajuwon? Vucevic acredita que seja difícil, mas aposta que sim.
“Tudo vai depender de quanto tempo Nikola vai querer jogar em alto nível. Quanto mais tempo durar, maior vai ser a marca que vai deixar no jogo. E, assim, mais difícil vai ser superá-lo. Ele já é o melhor jogador do mundo, mas isso pode ser pouco. Talvez, no fim das contas, Nikola possa ser considerado até o melhor pivô da história do basquete”, especulou o titular do Chicago Bulls.
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Mudanças
Nikola Vucevic, Nikola Jokic e alguns dos melhores jogadores dos últimos tempos, aliás, estiveram juntos nesse fim de semana na Eslovênia. A reunião aconteceu por causa do jogo de despedida de Goran Dragic. O encontro com outros pivôs ativos e aposentados, como Chris Bosh, levou o montenegrino a refletir sobre as mudanças na posição. Tudo mudou durante os 13 anos em que atuou na NBA até agora.
“Chris foi um dos primeiros ‘quatro’ que atuaram como pivôs. Ele foi, a princípio, forçado a fazer a transição. Não queria assumir essa função quando desembarcou em Miami. Na época, para mim, era muito difícil marcar um jogador das suas características. E, assim, evoluiu. Hoje, pouquíssimos atletas de garrafão atuam de costas para a cesta, daquele jeito mais tradicional”, analisou o jogador de 33 anos.
Vucevic lembra que chegaram a fazer previsões apocalípticas sobre o futuro dos atletas de sua posição. No entanto, foi uma questão mais de transformação do que extinção. “Houve uma discussão de que os pivôs estavam desaparecendo, mas não foi isso o que aconteceu. Nós nos adaptamos para jogar de outra forma e cumprir novas funções. Mudou a forma como os pivôs são utilizados e impactam o jogo hoje”, completou.
Casos únicos
Ver o sucesso de Jokic, caminhando para ser um dos melhores jogadores da história, vai torná-lo uma inspiração. Todos os garotos vão querer jogar como ele, enquanto todos os times vão procurar a sua própria versão do sérvio. Mas será que isso é possível? Vucevic aposta que não. Afinal, a beleza de algo singular está exatamente no fato de que não é ou pode ser copiado.
“Quando grandes jogadores aparecem, todos querem jogar como esses caras. É o tipo de fenômeno que vemos com Stephen Curry, Giannis Antetokounmpo e, agora, Nikola. Mas o problema é que esses craques não podem ser replicados. Nikola é simplesmente único. Você pode construir um time e competir em torno dele, mas ninguém pode jogar da mesma forma”, refletiu o veterano.
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