Fonte: Reprodução / InstagramA primeira vitória da Sérvia nas Olimpíadas ficou marcada por uma atuação histórica de Nikola Jokic no basquete olímpico. O craque não só comandou o atropelo dos europeus contra Porto Rico, mas “flertou” com o quarto triplo-duplo da história do torneio. Ainda que atuando só 23 minutos, ele ficou a uma assistência apenas da façanha. Finalizou a partida com 14 pontos, 15 rebotes e nove assistências.
“Nós ouvimos alguns torcedores gritando para recolocá-lo em quadra no último quarto. Mas, para ser sincero, acho que Nikola fica entediado quando as pessoas discutem os seus números. Ele é muito dominante, então isso não poderia importar menos. Posso garantir que esse cara nunca pensa em estatísticas enquanto joga”, afirmou Bogdan Bogdanovic, depois do triunfo por 107 a 66.
Pode-se dizer que o recorde não veio por uma particularidade da partida. Afinal, Jokic saiu de quadra com 30 segundos para o fim do terceiro quarto e não voltou mais. Era desnecessário porque a equipe tinha uma vantagem ampla. Se o duelo estivesse mais equilibrado, certamente, o triplo-duplo aconteceria. Ele se juntaria a um seleto grupo que, até agora, inclui só Alexander Belov, LeBron James e Luka Doncic.
“A gente sabia que Nikola estava próximo do triplo-duplo, mas o mundo inteiro já está acostumado com isso. Afinal, todos sabem o que pode fazer. Isso é a vida dele e, por isso, não é uma novidade. E realmente não acho que se importe com esses números. Trata-se de uma grande honra dividir a quadra e o vestiário com um jogador da sua qualidade”, exaltou o pivô Nikola Milutinov.
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Coletividade
Parece uma questão de tempo para Nikola Jokic conseguir o seu primeiro triplo-duplo no basquete das Olimpíadas. Ele já possui 148 triplos-duplos, afinal, somando temporadas regulares e playoffs da NBA. Por isso, o próprio pivô minimizou essa questão depois da vitória sobre Porto Rico. Marko Guduric apontou que há outra estatística da partida bem mais importante do que os números individuais do companheiro.
“Eu tinha a impressão de que Nikola já tinha dez rebotes no primeiro período, mas não tinha certeza. E, acima de tudo, não nos importamos com essas coisas. É muito mais importante, por exemplo, que sete atletas do time anotaram dez pontos ou mais hoje. Nós estamos orgulhosos de termos um time de verdade, que joga basquete da forma certa”, avaliou o ala-armador sérvio.
Com uma vitória em dois jogos, a Sérvia precisa da vitória sobre o Sudão do Sul para se classificar em uma condição mais confortável. O pensamento, então, está só no coletivo. “O nosso técnico está tentando descansar os jogadores, pois já temos outra partida em três dias. Todos precisamos estar bem porque cada um de nós vai ser necessário para passarmos de fase”, completou Milutinov.
Mais fácil
As perspectivas competitivas dos sérvios, apesar da derrota na estreia contra os norte-americanos, são muito boas. Afinal, esse é o núcleo vice-campeão da Copa do Mundo FIBA reforçada por Jokic. E isso faz bastante diferença. Bogdanovic reconhece que o trabalho de qualquer jogo fica bem mais simples atuando com um criador de jogadas como o pivô. Mas isso não significa que o time nacional dependa do astro.
“Jogar com Nikola, antes de tudo, faz tudo mais fácil. Mas nós jogamos em um estilo de jogo em que não importa quem esteja bem. É claro que temos uma ou duas referências, caras mais experientes, mas todos são bem treinados. Mais do que isso, todos sentem a motivação de assumir as rédeas de uma partida. Nikola, então, é só o líder de um grupo muito talentoso aqui”, garantiu Bogdanovic.
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