Como fica o Nets com Kevin Durant, Kyrie Irving e Ben Simmons?

Analisamos como Brooklyn pode disputar a próxima temporada com seus astros e problemas extraquadra

NETS DURANT IRVING SIMMONS Fonte: Al Bello / AFP

Há pouco mais de duas semanas, nós do Jumper Brasil, tentamos fazer uma projeção sobre quais posições terminariam os times da NBA na próxima temporada. Separamos por conferência e especulamos. Mas, no lado Leste, havia um asterisco. Afinal, de qual Brooklyn Nets estávamos falando? Na ocasião, a permanência de Kevin Durant ainda não tinha sido definida e, claro, a presença do astro muda e muito as perspectivas para o Nets junto com Kyrie Irving e Ben Simmons.

Mas, então, como fica o Nets com a união de Durant, Irving e Simmons?

Publicidade

Histórico desanimador

Desde que contratou grandes estrelas, na temporada 2019/20, criou-se uma grande expectativa de título na franquia que jamais foi campeã. Isso porque o GM, Sean Marks conseguiu unir um trio de astros de dar inveja em qualquer equipe da NBA com Kyrie, Durant e James Harden.

O problema, no entanto, estava além do que esses jogadores eram capazes de produzir no ataque. O Nets, portanto, focou em nomes decisivos, mas se esqueceu da defesa. A velha máxima de que um bom time começa com uma boa defesa ficou evidente. Nenhuma das três estrelas tem a marcação como principal arma.

Publicidade

Como resultado, centímetros separaram Brooklyn de disputar uma final de conferência, em 2020, já que foi eliminado pelo Milwaukee Bucks após uma bola de depois pontos de Durant (que era pra ser de três pontos) não garantir a classificação. Até ai, tudo bem. Faz parte do basquete. Contudo, na temporada seguinte, os problemas extraquadra começaram.

Primeiro, com a nova Kyrie Irving, que é um jogador brilhante, mas um verdadeiro lunático fora das quadras. O astro não quis cumprir os protocolos de saúde e segurança da NBA e terminou a temporada regular com apenas 29 jogos disputados. Neste ínterim, a franquia perdeu James Harden, insatisfeito, para o Philadelphia 76ers em troca que levou Ben Simmons à Nova Iorque.

Publicidade

Assim, o Nets acabou varrido pelo Boston Celtics ainda na primeira rodada dos playoffs e deixou uma impressão ruim dentro e fora de quadra.

Presente duvidoso

Após o vexame na pós-temporada, o maior sentimento do Nets era dúvida. Afinal, logo na abertura da agência livre da NBA, Durant solicitou publicamente que fosse trocado. Meses se passaram, o mercado travou e nada aconteceu. Dessa forma, o astro, após muita novela, atritos com a direção e o técnico Steve Nash, optou por ficar.

Publicidade

Com a permanência de Durant garantida, Irving, que já havia renovado seu contrato com Brooklyn, também se aquietou e ficará na franquia. O próximo passo, então, é planejar como transformar uma temporada fracassada e uma offseason conturbada, em algo produtivo para 2022/23.

A junção de Simmons com Irving e Durant, pode dar ao Nets um equilíbrio que antes não tinha, sobretudo pelo poder defensivo que o australiano pode oferecer. Desse modo, sobrecarregaria menos os outros astros no quesito.

Como usar Ben Simmons?

Como já mencionei, a melhor versão do estrelado Nets pecou, sobretudo em um quesito: a defesa. Desse modo, como o contestado Steve Nash pode fazer essa equipe ser equilibrada nos dois lados da quadra, tendo nomes historicamente produtivos apenas no ataque? Ao refletir sobre essa questão, a princípio, o nome de Ben Simmons vem à cabeça. Isso porque, nas quatro temporadas em que atuou na NBA, o australiano provou ser um exímio defensor.

Publicidade

Entretanto, só a troca de Simmons por Harden é capaz de elevar o nível defensivo do Nets? Evidente que, sozinho, ninguém faz milagre. Mas paremos para pensar. Talvez ele seja exatamente a peça que faltava no “antigo” time do Brooklyn. Além da sua característica defensiva, o suposto armador consegue oferecer uma versatilidade que nenhum outro da equipe (e quiçá da liga) é capaz.

Usei o termo “suposto” de forma proposital. Não é de hoje que seu posicionamento em quadra é questionado, especialmente por não ter sido concebido como um armador considerado moderno, ou seja, que tem habilidade de chute. Simmons, portanto, não foi capaz, até então, de se enquadrar no time de armadores que tem calibre para converter arremessos do perímetro.

Publicidade

Leia mais:

Os números provam isso: Ben Simmons praticamente não chuta de três pontos desde que joga na NBA. Nas duas primeiras temporadas na liga, ele terminou com 0% de aproveitamento, com 0,1 tentativa por jogo. Já nas duas últimas campanhas em que atuou, ele passou para 28,6% e 30% respectivamente, mas ainda com um número quase irrisório de tentativas.

Sob esse ponto de vista, somado a falta de uma referência no garrafão, o jornalista Alex Schiffer, do portal The Athletic, revelou que há uma possibilidade real de vermos Simmons sendo usado como pivô do Nets. Atualmente, Nash só possui Nic Claxton e Day’Ron Sharpe como jogadores de ofício na posição.

Publicidade

Loucura? Discordo. Ben Simmons sempre foi bem em duelos próximos à cesta, tem 2,11 metros de altura e aguenta bem “o tranco”. Claro que, em confrontos contra equipes como Denver Nuggets e Milwaukee Bucks, que tem Nikola Jokic e Giannis Antetokounmpo para atacar o aro, não podemos esperar que o australiano seja eficiente ao marcá-los. No entanto, em um esquema de small ball, sendo ele usado como pivô, é bem plausível.

Claro que digo isso considerando um Simmons completamente saudável e com ritmo de jogo. Algo que, agora, não podemos cravar. O atleta não disputa uma partida oficial há mais de um ano e precisará de tempo para se readaptar.

Quinteto ideal

Com as alternativas já ditas, há dois times titulares que podemos considerar ideais. Uma opção para o Nets, seria Kyrie Irving, Joe Harris, Kevin Durant, Ben Simmons e Nicolas Claxton. Assim, o time pode ter um pivô de ofício e Simmons na posição quatro, flutuando entre garrafão e perímetro.

Publicidade

A outra opção pode garantir um poder ainda maior em arremessos. Ao substituirmos Claxton por Curry, Simmons é lançado para o garrafão, na opção de aproveitar o small ball e, desse modo, o poder de ataque no perímetro aumentaria.

Briga pelo o que?

Se não houver mais nenhuma negociação até o início da temporada, o elenco completo do Brooklyn Nets tem Kyrie Irving, Joe Harris, Kevin Durant, Ben Simmons, Nicolas Claxton, Markieff Morris, Patty Mills, Edmond Sumner, Cam Thomas, Seth Curry, Yuta Watanabe, Royce O’Neale, TJ Warren e Day’Ron Sharpe.

Publicidade

Com essas opções, o Nets pode ser considerado um candidato ao título? Bem, depende de como Durant e Irving atuarão na próxima temporada. Caso eles estejam, de fato, comprometidos com Brooklyn e continuem sendo jogadores de elite, é inegável que, juntos, podem levar a franquia à decisões.

Da mesma forma, diferente dos anos anteriores, o elenco tem peças que podem contribuir na defesa, mas também em experiência. Mills, Warren, Morris e Curry são jogadores com mais de sete anos na NBA e podem ser fundamentais em partidas decisivas.

Publicidade

Por outro lado, a Conferência Leste conta com equipes muito competitivas e, para chegar a qualquer decisão, o caminho será árduo. Além do atual vice-campeão, Boston Celtics, há o Sixers de Harden e Joel Embid, o “cascudo” Miami Heat, o Bucks de Antetokounmpo e o Cleveland Cavaliers, que montou um belo time com a chegada de Donovan Mitchell.

Portanto, para sonhar com qualquer coisa grande em 2022/23, o Brooklyn Nets precisará lidar com seus problemas internos, mas também, contra adversários que almejam a mesma coisa.

 

Assine o canal Jumper Brasil no Youtube

Todas as informações da NBA estão no canal Jumper Brasil. Análises, estatísticas e dicas. Inscreva-se, dê o seu like e ative as notificações para não perder nada do nosso conteúdo.

Publicidade

Siga o Jumper Brasil em suas redes sociais e discuta conosco o que de melhor acontece na NBA: 

Instagram
Twitter
Facebook
Grupo no Whatsapp
Canal no Telegram

Publicidade

Últimas Notícias

Comentários