Nenê minimiza vaias e críticas de Oscar: “Não preciso me defender”

“Sabia que ia ter umas perguntas dessa”, disse Nenê, no início da entrevista coletiva pós-jogo entre Chicago Bulls e Washington Wizards. O problema é que não foram apenas umas. Todas as questões feitas pelos jornalistas ao pivô brasileiro tiveram, de alguma forma, relação com as vaias que ele recebeu de boa parte dos quase 14 […]

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“Sabia que ia ter umas perguntas dessa”, disse Nenê, no início da entrevista coletiva pós-jogo entre Chicago Bulls e Washington Wizards. O problema é que não foram apenas umas. Todas as questões feitas pelos jornalistas ao pivô brasileiro tiveram, de alguma forma, relação com as vaias que ele recebeu de boa parte dos quase 14 mil torcedores presentes à HSBC Arena neste sábado. Até por isso, a aparente descontração inicial destoou totalmente do clima do restante da entrevista.

“Eu estou bem calejado. Passei por várias coisas na minha vida, aprendi muito e, ás vezes, há reações que a gente não pode controlar. Recebi vaias, mas lembro que sai do Brasil sozinho e hoje volto bem acompanhado: com um time e a NBA me apoiando. Eu sei que a minha família, amigos e fãs aproveitaram esse momento histórico e estão felizes por estarem compartilhando comigo algo que ninguém pode apagar”, afirmou Nenê, tentando esconder o abatimento com a desconfortável situação.

As vaias ganharam ainda mais simbologia depois que o ídolo Oscar Schmidt surgiu em quadra e foi ovacionado pelo público. O “Mão Santa” atendeu a imprensa por breves minutos, no intervalo da partida, e aproveitou o momento para (mais uma vez) disparar contra os constantes pedidos de dispensa da seleção feitos pelo pivô e o ala-armador Leandrinho.

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“O povo está sempre certo e concordo com a postura do público. Eu estou vaiando ambos há anos. O Tiago [Splitter] tem todo direito de pedir um ano de descanso e o Anderson também, que agora é um menino decente. Mas Leandrinho e Nenê deram denovo calote no país. Se você recusa a seleção brasileira, você está recusando seu país. Não quero vê-los perto de mim”, detonou o maior pontuador da história do basquete.

Nenê tomou conhecimento das palavras de Oscar durante a entrevista coletiva, mas não viu razão para se explicar ou assumir uma postura defensiva. Ele se diz tranquilo quanto às decisões que tomou e não acredita ter informado torcida e seleção brasileira de forma insuficiente sobre as razões de seus pedidos de dispensa.

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“Eu não preciso me defender de nada. Não bati, não roubei, não matei ninguém. Não devo satisfação a pessoas pobres de espírito. Tive lesões, o nascimento de um filho que pensei que nunca iria ter, quebrei meu braço. Há muitas coisas que os fãs ou vocês mesmos [jornalistas] não entendem, mas que o futuro irá mostrar”, finalizou Nenê, fechando de forma oficial – e polêmica – o NBA Global Games Rio 2013.

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