NBA se aproxima de nova expansão e especialistas analisam impacto bilionário dentro e fora das quadras

Adam Silver confirma que Las Vegas e Seattle são as favoritas para receberem novas equipes da liga

NBA expansão Fonte: Reprodução / X

A NBA está bem perto de anunciar a sua expansão de 30 para 32 equipes. Quem confirmou mais uma vez a intenção foi o comissário Adam Silver, indicando as cidades de Las Vegas e Seattle como as favoritas para receber novas franquias. A última alteração no formato da maior competição de basquete do planeta ocorreu em 2004, com a chegada do Charlotte Bobcats, hoje o Charlotte Hornets.

Las Vegas nunca contou com um time da NBA, mas possui uma experiência de sucesso na WNBA desde 2018. Os Aces são os atuais bicampeões da liga e possuem um elenco recheado de estrelas. Já Seattle tem enorme tradição no campeonato. O Supersonics foi campeão em 1979 e chegou na final três vezes, sendo a última em 1996, perdendo para a melhor versão do Chicago Bulls de Michael Jordan.

“A construção de uma nova arena para 22 mil lugares faz parte de um desenvolvimento de um cassino resort, planejado para o sul da Las Vegas Strip, com um custo estimado em R$ 54 bilhões. Seattle já possui a Climate Pledge Arena, um local de classe mundial que poderia servir como sede para a equipe da NBA. Estima-se que uma equipe da NBA em uma cidade como Las Vegas ou Seattle possa gerar receitas anuais superiores a R$ 1 bi, impulsionando o comércio local e beneficiando serviços e pequenos negócios.

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Las Vegas

Vegas já é um destino turístico global e espera ver um aumento adicional no turismo esportivo, impactando a ocupação hoteleira e o fluxo em restaurantes e atrações locais. A cidade também poderia sediar eventos como o All-Star Game, consolidando ainda mais a sua reputação como a capital mundial do entretenimento”, analisa Ricardo Bianco Rosada, sócio da brmkt.co, consultoria estratégica e de marketing, com mais de 20 anos de experiência nos mercados de iGaming, financeiro, tecnologia e serviços.

O Seattle Sonics perdeu seu espaço na NBA em 2008, após um impasse entre os donos e a cidade. Os mandatários queriam uma reforma completa na arena da equipe, o que não foi acordado com o uso de verba pública. A franquia, então, mudou-se para Oklahoma City com o nome de Thunder, já com a estrela Kevin Durant, escolhida no Draft da temporada anterior.

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“Para Seattle, além do resgate histórico, toda essa engrenagem em torno da competição cresce. Para uma cidade de porte médio e no noroeste dos EUA, certamente injeta e transforma a economia. Já Vegas tem entrado pesado no mundo dos esportes e por si só existe uma busca incessante por mais opções de entretenimento. Faltavam equipes esportivas, mas isso está sendo ajustado nos últimos anos. O fã de esporte não enxergava em Vegas um local ‘must go’, mas agora pode complementar a experiência principal com a chegada da Fórmula 1 e o que Vegas sempre trouxe: cassinos, shows e restaurantes estrelados”, destaca Armênio Neto, diretor-executivo da Let!s Goal, empresa especializada em marketing esportivo.

Além dos atrativos esportivos e econômicos, as cidades beneficiadas também poderão gerar receitas e empregos com as arenas multiuso. Tanto Seattle quanto Vegas já possuem equipes nas outras principais ligas norte-americanas, restando somente a NBA para completar o pacote. Na cidade de Nevada ainda há o UFC, que é realizado por lá com frequência, ocupando a mesma estrutura dos Aces, a T-Mobile Arena.

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Atrações e arenas

“Qualquer arena no mundo deve estudar as concorrências de audiência que possuem e, obviamente, cada cidade do mundo tem suas particularidades. Criatividade e um estudo aprofundado da cultura local contribuem no desenho de estratégia de como gerir uma arena, que não é uma tarefa fácil. Uma arena multiuso deve enxergar o público além dos eventos que recebe, deve ser um ponto da população para várias frentes, inclusive sociais, sendo um ‘hub’ real de conexão com o público”, sugere Renê Salviano, especialista em Marketing Esportivo, novos negócios e gestão de clubes.

No caso específico de Las Vegas, a NBA terá uma forte concorrência e a maioria dos compromissos do time não deverá ser a principal atração da noite. Com David Copperfield e Jerry Seinfeld se apresentando regularmente nos gigantes cassinos, além de outras superestrelas que passam pelo local em turnês, somente em grandes jogos e com estrelas como Stephen Curry, Giannis Antetokounmpo e LeBron James que os jogos serão o evento principal da cidade.

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Expansão da NBA

Se Adam Silver seguir o padrão das últimas expansões, para formar as novas equipes acontecerá uma versão especial do Draft. A última vez, com a entrada do Bobcats, foram selecionados 19 atletas de outras equipes, que tiveram o direito de proteger oito peças de seu elenco. Os demais ficam disponíveis no Draft. A nova franquia não pôde tirar mais de um jogador de cada concorrente.

Cidades que nunca tiveram uma equipe têm um trabalho ainda mais importante: fidelizar os fãs. E a tarefa não é simples, pois os elencos montados do zero começam sem força, sem estrelas para ser exploradas pelo marketing e o resultado esportivo costuma vir somente a longo prazo.

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“Nós tivemos exemplos em outros esportes, como o futebol americano, no qual franquias mudaram de cidades e trabalharam muito para construir essa relação com o novo público. E tem dado certo. É possível, mas precisa de organização e profissionalismo, pensar a longo prazo, e o americano possui isso. Para atrair os fãs é preciso montar um plano estratégico e começar a criar uma relação com eles e com a cidade. Isso leva tempo, não é da noite para o dia, precisa de um plano estratégico bem montado e efetivo, incentivando a se criar um hábito dessa cidade com a equipe”, diz Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports, agência de marketing esportivo.

Mercados da NBA

Os grandes mercados possuem certas vantagens. Cidades como Los Angeles (3,8 milhões de habitantes) e Nova York (8,3 mi) conseguem atrair mais parceiros, mas os grandes jogadores não têm mais preferido tais centros. O atual campeão Boston (cerca de 650 mil habitantes), por exemplo, é menor que Seattle (749 mil) e sempre mostra muita força dentro de quadra e por parte de sua torcida. Outro exemplo é Milwaukee (563 mil), menor que Las Vegas (656 mil), e campeão recentemente, em 2021. Enquanto isso, conta com um dos melhores jogadores da liga, o grego Giannis Antetokounmpo. O Utah Jazz, baseado em Salt Lake City (pouco mais de 200 mil habitantes) representa o menor centro.

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“Porto Alegre, apesar de ser uma das principais cidades do país, não tem nenhum atrativo de turismo muito forte. Nosso maior atrativo é a Serra Gaúcha, Gramado e Canela. Porém, o impacto que traz o estádio Beira-Rio na orla, ser um ponto turístico, movimenta a economia da cidade, a quantidade de empregos diretos e indiretos. O impacto é direto na imprensa também, muitos veículos só existem por conta da dupla Gre-Nal”, ressalta Victor Grunberg, vice-presidente do Sport Club Internacional.

A NBA pretende no futuro fazer expansão para além das fronteiras dos Estados Unidos e se tornar uma liga global. Ela já conta com uma franquia no Canadá, em Toronto, mas há planos para o México, confirmado também pelo próprio Adam Silver, Inglaterra (Londres) e países no Oriente Médio e Ásia. A logística não será fácil, mas a ambição, o poder financeiro e a força da marca NBA ao redor do planeta podem concretizar o projeto.

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* Por assessoria de imprensa

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