A NBA e a Associação dos Jogadores estão próximos de um acordo para a implantação do teste de detecção do uso de hormônio do crescimento (HGH) à política antidoping da liga. Segundo Henry Abbott, da ESPN, os atletas podem começar a ser testados para a substância já a partir da próxima temporada. Será a primeira vez na história que os jogadores vão ceder amostras de sangue para exames antidoping.
O hormônio do crescimento está na lista das substâncias proibidas da NBA há alguns anos, mas os atletas nunca antes aceitaram ser testados argumentando que o exame era pouco confiável e a concessão de amostras de sangue era uma medida abusiva. No entanto, as pressões da agência mundial antidoping (WADA) sobre as falhas do sistema de controle da liga fizeram com que uma comissão fosse eleita para discutir o tema ao término do último locaute.
O golpe final na resistência da Associação dos Jogadores da NBA aconteceu recentemente, quando os atletas da MLB (a liga profissional norte-americana de baseball) aceitaram ser testados para o HGH. Outro fator que contribuiu para a aceleração do acordo foi o recente escândalo envolvendo o ciclista Lance Armstrong.
Neste momento, os jogadores da NBA são testados para substâncias proibidas apenas por meio de amostras de urina. Eles se submetem a seis coletas anuais, sendo que duas delas acontecem na offseason. Ainda não se sabe o número de amostras de sangue que serão analisadas pela liga ao ano.
Embora a NBA nunca tenha feito um programa antidoping desta natureza, vale lembrar que a maioria dos grandes casos recentes de dopagem foram descobertos a partir do chamado “passaporte biológico” – que reúne informações sobre vários exames antidoping realizados pelo mesmo atleta em determinado período de tempo para comparar resultados e buscar variações suspeitas. Aparentemente, a NBA ainda não parece disposta a discutir a implantação deste nível de análise.
