Fonte: Joe Murphy / AFPA rivalidade entre Isiah Thomas e Michael Jordan parece não ter ficado apenas nos duelos entre Detroit Pistons e Chicago Bulls nos anos 1990. Thomas compareceu ao podcast de Draymond Green, do Golden State Warriors, e foi mais um a criticar a série The Last Dance, que contou a história de Jordan em Chicago.
Os astros protagonizaram grandes batalhas, com o armador e a franquia de Michigan sendo a grande pedra no sapato de Jordan até o título da NBA. E, pelo visto, as rusgas ainda não acabaram. O histórico ex-jogador de Detroit, no entanto, se disse surpreso pelo problema entre eles ainda existir.
“É claro que tivemos nossos problemas quando éramos jogadores. Mas acho que eles são o único time campeão que ainda está chorando pela falta de um aperto de mão”, ironizou.
Thomas se refere ao fim da série de final de conferência de 1991. O Pistons havia derrotado o Bulls nos últimos três anos nos playoffs. As táticas agressivas da equipe os apelidaram de “Bad Boys“. Eles, aliás, foram bicampeões da liga em 1989 e 1990. Mas a derrota enfim viria no ano seguinte. Ao fim de uma série que terminou em varrida para Chicago e Jordan, a equipe de Detroit saiu de quadra se recusando a cumprimentar os vencedores.
Apesar da história, o ex-jogador diz que as arestas haviam sido resolvidas ao fim da carreira de ambos. O documentário e seu conteúdo o surpreenderam.
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“O que me chateou, acima de tudo, é que eu não sabia como ele se sentia até The Last Dance aparecer. É claro que houve episódios e histórias antes disso, mas depois que paramos, eu nunca pensei que as coisas iriam para fora da quadra. Portanto, essa raiva e antipatia dele por mim não era do meu conhecimento. Se eu soubesse, tudo bem, eu sou crescido, eu também sou de Chicago, então não haveria problema. Mas não foi dele que eu descobri isso, e sim através de um documentário”, explicou.
Isiah Thomas, porém, admitiu que Detroit tinha suas táticas e tratamentos diferentes para Michael Jordan e o Chicago Bulls. Entretanto, diz que não passava de competição, e que depois de ambos terminarem as carreiras, chegaram até mesmo a jantar juntos. Por isso, então, a irritação com o que aconteceu.
“Em um momento da minha vida, eu gostava de competir e lutar, assim como ele. Hoje nós não podemos fazer mais isso da mesma forma. O que digo é que não daríamos as mãos para eles depois daquele jogo com toda a história que existia. Mas se eu soubesse que ele estava incomodado quanto a isso, poderia ter sido diferente fora das quadras”, afirmou.
“Depois que encerramos a carreira, fui sempre alguém muito gentil com ele. Nos encontramos em Chicago e em outros lugares. Jantamos juntos várias vezes. Portanto, não esperava que isso ainda existisse. Mas existia, e ele foi até a TV para todo o mundo deixar isso muito bem claro”, reclamou.
Sem desculpas
Por fim, Draymond Green questionou o ídolo de Detroit sobre as chances de o relacionamento com Jordan voltar a existir. Thomas até disse que está aberto a isso, mas que suas condições são muito claras.
“Cara, conhecendo ele, acho que poucas. Esse cara foi até a TV internacional para falar que eu sou um idiota. Foi isso o que ele fez. Talvez, se um dia ele resolver me pedir desculpas em outra fala, aí sim. Porém, não tem conversa sobre isso. Você não pode pedir desculpas depois de algo assim, com a fama que ele tem, em um jantar privado. Você fez com que as coisas fossem ruins para mim de forma pública. Então, nada mais justo do que corrigir isso da mesma forma”, afirmou.
Apesar do sucesso da série que foi lançada em 2020, as críticas se acumularam para Jordan. Em geral, vindas de quem participou da história, e até mesmo, estava ao seu lado. O exemplo principal é seu eterno companheiro Scottie Pippen, que tem relação conturbada com ele desde então. Por hora, Isiah Thomas não ganhou seu pedido de desculpas público de Michael Jordan, assim como Scottie Pippen.
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