A maior parceria da história da NBA dentro de quadra está, em síntese, estremecida fora das quatro linhas. Em seu novo livro, Scottie Pippen fez um desabafo e dura critica ao lendário Michael Jordan por ter sido retratado como um objeto no documentário “The Last Dance”. O ex-ala acusou o maior jogador da história, acima de tudo, de utilizar os ex-companheiros de time como “escadas” para glorificar sua história.
“Mesmo o segundo episódio, que seria focado em minha trajetória na NBA, acabou com a sua narrativa voltando para Michael e sua determinação em vencer. Logo, eu não fui nada além de um objeto. Ele mesmo me definiu como ‘melhor companheiro de time de todos os tempos’, então não poderia ter sido mais condescendente. Mas, conhecendo o homem, não fico surpreso com nada”, disparou o integrante do Hall da Fama.
Essa foi só uma das acusações, aliás, realizadas por Pippen em “Unguarded”, livro que tem lançamento previsto nos EUA na próxima semana. No trecho da obra divulgado na revista GQ, por exemplo, o ex-jogador afirma que Jordan teria recebido US$10 milhões para participar de “The Last Dance”. Nenhum dos outros jogadores daqueles lendários elencos do Chicago Bulls, por outro lado, recebeu um centavo pela produção.
“Todos os episódios tinham a mesma história: Michael estava em um pedestal, enquanto os seus companheiros ocupavam papel menor, de apoio. Não recebíamos crédito pelas vitórias, mas tínhamos culpa nas derrotas. E Michael é culpado por essa imagem, pois tinha controle editorial sobre o produto final. Ele era o protagonista e também diretor desse documentário”, acusou o hexacampeão da NBA pelo time de Illinois.
Pippen não foi único indignado
A critica a Jordan pela abordagem do documentário não se limita a Pippen, pois ele não foi o único a sentir-se um “objeto” na narrativa da série. O ex-ala assegura ter entrado em contato e sido contatado por diversos ex-colegas que ficaram indignados com “The Last Dance”. Ele encarou o tratamento como uma enorme ingratidão, após tudo o que representaram na trajetória de “MJ” até o topo da NBA.
“Conversei com vários companheiros de time que sentiram-se tão desrespeitados quanto eu. Como Michael pôde nos tratar assim, depois de tudo o que fizemos por sua ‘marca’? Ele nunca teria sido o que foi sem mim, Toni Kukoc, Horace Grant, John Paxson, Dennis Rodman e tantos mais. Não estou dizendo que ele não teria sido um superastro, mas o seu sucesso com o time está atrelado a nós”, afirmou o ex-atleta.
Mas, se Pippen já esperava tal tratamento de Jordan, ele garante que o que está por trás de “The Last Dance” é um objetivo maior. Algo que, aliás, só virá a ser uma confirmação para muitas pessoas. O eterno camisa #33 de Chicago não tem dúvidas que a produção do documentário, por fim, foi apenas uma maneira de combater o crescimento do debate sobre LeBron James sendo o maior jogador de todos os tempos.
“Michael aprovou o documentário porque estava determinado a provar para os fãs atuais que era uma figura grandiosa, afinal. Figura maior do que LeBron, especialmente, que muitos já consideram tão grande ou maior do que ele. Ser um membro do Bulls dos anos 1990 foi algo mágico, mas, no fim das contas, Michael só apresentou a sua história em ‘The Last Dance’”, resumiu Pippen, revoltado e em busca de retratação.
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