Nove jogadores da seleção da França nas Olimpíadas estão ou têm passagens pela NBA, mas Mathias Lessort é uma das exceções. Por isso, a sua boa atuação pela equipe pode ser uma revelação para o público em geral. O pivô de 28 anos saiu do banco de reserva e foi um dos destaques da surpreendente vitória sobre o Canadá. É um mistério, para o técnico Vincent Collet, como ele segue no basquete europeu até agora.
“Mathias, para começar, foi o provável melhor jogador da última temporada da Euroliga. Foi campeão com o Panathinaikos e não ficou tão longe de ser o MVP do torneio. Então, para mim, o que ocorreu hoje não é surpresa. Quer saber, aliás, o que me surpreende? Eu não entendo como ele ainda não está jogando na NBA”, disparou o experiente treinador, depois da vitória por 82 a 73.
Lessort atuou por só 19 minutos contra o Canadá, mas foi essencial para que a França “abusasse” da falta de alternativas mais físicas do oponente. Terminou o jogo com 13 pontos e cinco rebotes, além de converter nove de 14 lances livres. Vale lembrar que ele foi selecionado na segunda rodada do draft de 2017. Então, nesse momento, os seus direitos nos EUA estão “presos” ao New York Knicks.
“Eu entendo que as pessoas estejam focadas nos jogadores da NBA quando assistem aos jogos. Mas esse elenco está junto a muito tempo. Por isso, nós sabemos o que cada um pode fazer. Acho que temos uma ótima combinação entre atletas que atuam nos EUA e aqui na Europa. No entanto, para ser sincero, não entendo por que um time ainda não contratou Mathias”, reforçou Collet.
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Dentro de casa
A seleção francesa vive uma situação única, com a possibilidade de disputar os Jogos Olímpicos em casa. Mas, até a vitória contra o Canadá, pode-se dizer que o time estava pronto para desperdiçá-la. Apesar das vitórias contra Brasil e Japão, os locais fizeram uma primeira fase muito criticada. Por isso, diante de um jogo eliminatório, Collet apelou para uma abordagem mais motivacional do que técnica.
“Eu não falei sobre basquete antes da partida. Só retomei o meu discurso do começo do período de preparação do torneio durante a preleção. Lembrei para os atletas, acima de tudo, o que significa a chance de competir nas Olimpíadas em casa. É um momento que nós não podemos deixar passar em nossas carreiras e vidas. Podemos fazer mais – e melhor”, garantiu o experiente treinador.
O espírito de superação é importante porque, com os playoffs, tudo começa do zero. A França comprovou isso eliminando o líder do “grupo da morte” da primeira fase. “Nós perdemos jogos e, mais do que isso, estamos bem abaixo das expectativas. Mas olha: mesmo assim, chegamos às quartas-de-final. E tudo o que já passamos faz com que estejamos prontos para superar os obstáculos”, completou Collet.
Criticado
O pedido do técnico da França por Mathias Lessort na NBA, no entanto, gerou críticas na comunidade. Um dos mais importantes treinadores de clubes da Europa, por exemplo, ficou incomodado com a declaração. Sasa Obradovic, que comanda o Monaco, contestou Collet. Ele acredita que um técnico tão importante deveria incentivar a permanência de talentos no continente, não saída.
“A gente deveria trabalhar para incentivar os atletas, jovens e experientes, a ficarem e jogarem as excelentes competições do nosso continente. Deveríamos proteger o nosso basquete, em síntese. Mas, em vez disso, nós os encorajamos a irem embora para um lugar ‘melhor’. Isso é estranho”, criticou Obradovic, nas redes sociais.
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