A polêmica da semana na seleção dos EUA foi a ausência do MVP das finais da NBA, Jaylen Brown, para substituir Kawhi Leonard. Após o anúncio de que o jogador do Los Angeles Clippers não poderia disputar as Olimpíadas, o substituto escolhido foi Derrick White. No entanto, a escolha do companheiro de Boston Celtics parece não ter agradado Brown, que se manifestou em suas redes sociais.
A maioria das publicações de Brown indicou críticas e um conflito contra a marca de materiais esportivos Nike, que faz as regatas utilizadas pela seleção e pelos times da NBA. “É isso o que vocês vão fazer, Nike?”, questionou em um primeiro post.
A relação entre o campeão da NBA e a marca estadunidense é interessante. Afinal, após ser selecionado no Draft como a terceira escolha de 2016, ele assinou um acordo com a rival Adidas para um contrato que durou por cinco anos.
Desde que o contrato com a empresa acabou, Brown se tornou uma espécie de agente livre em relação a esse tipo de patrocínio. Ele “flertou” com a New Balance, mas não chegou a assinar um vínculo. Depois disso, começou a usar os modelos produzidos pela Nike em homenagem a Kobe Bryant, mas tapando o logotipo da marca.
A rota de colisão entre eles, porém, começou em 2022, quando o contrato do ex-companheiro, Kyrie Irving, foi rompido com a empresa.
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Os tênis com a assinatura de Irving eram uns dos mais famosos vendidos pela empresa. Entretanto, a polêmica anti-semita em que o armador, que estava no Brooklyn Nets na época, se envolveu, quebrou o acordo entre os lados. Aliás, o jogador chegou a ser suspenso pela própria liga, com um acúmulo de polêmicas naquele momento da carreira.
Na época, Jaylen Brown foi ao antigo Twitter para apontar algumas ironias sobre a atitude da marca. “A Nike querer falar de ética é muito engraçado”, disparou.
Após a crítica pública, ele continuou usando os calçados de Kobe, mas agora, retirando totalmente o símbolo da empresa dos tênis que utilizava.
Com esse histórico, o camisa 7 dá a entender que sua ausência na lista final em 2024 se dá por um boicote da empresa. A influência pública da Nike nos negócios estaria tirando o MVP das finais, Jaylen Brown, da seleção dos EUA, de acordo com seu ponto de vista.
Vale lembrar, da mesma forma, que é a primeira polêmica em que o astro se envolve após ficar de fora de uma lista ou convocação. Durante os playoffs, um dos temas recorrentes em Boston foi sobre sua ausência na lista dos atletas All-NBA em 2023/24.
Na última quinta-feira (11), Brown voltou ao X, dando outra indireta. “Eu não tenho medo. Nem de vocês, nem dos seus recursos”, escreveu.
Dirigente negou
O ex-jogador e hoje diretor da USA Basketball, Grant Hill, negou qualquer influência da Nike na não convocação de Brown. Em coletiva, ele até falou com algum bom humor sobre a questão.
“Eu na verdade usei FILA durante grande parte da minha carreira. Ok, isso era para ser uma piada, mas tudo bem. No fim, acho que estamos orgulhosos de nossa montagem de elenco para as Olimpíadas. Ele era um dos nossos nomes que estavam no radar, mas fomos por um outro caminho. O que posso dizer é que as teorias, não passam disso e não são verdade”, ressaltou.
Hill também explicou a escolha por White dentro da quadra, além de falar sobre as publicações recentes de Brown.
“Uma das coisas mais difíceis é deixar de fora pessoas que sou fã. Jogadores que foram MVP das finais, que já fizeram parte do programa e ganharam medalhas de ouro. Jogadores que respeito, admiro e gosto de assistir. Mas você tem que formar uma equipe, uma equipe que se complemente”, explicou Hill.
Em outro momento, Hill afirmou que a defesa seria prioridade da equipe em Paris 2024. Portanto, Derrick White, eleito para a segunda seleção de defesa da NBA em 2023/24, seria uma escolha mais indicada. No entanto, Brown também se destaca no lado defensivo. Nas finais, por exemplo, ele foi o principal marcador de Luka Doncic, astro do Dallas Mavericks.
“Acho que defesa e experiência são prioridades, mas um pensamento coletivo sobre como vencer no basquete FIBA ou até na NBA também tem muita importância. Então, montamos o elenco com talento individual. Quem pode fazer parte sabe quais funções nós precisamos. Mas acho que defesa é uma prioridade. Então, com caras que saibam defender, acho que nós temos o time que precisamos ter”, revelou Grant.
Tatum desconfortável
Quem também foi questionado sobre a ausência do MVP das finais, Jaylen Brown, da lista final da seleção dos EUA nas Olimpíadas, foi Jayson Tatum. Principal parceiro do camisa 7 no Celtics, o ala ficou um pouco desconfortável com a pergunta e se esquivou de maiores polêmicas. Ainda assim, admitiu que fica triste por não ter o colega na equipe.
“Ainda não falei com ele. Eu acho que existem muitos jogadores capazes de estar aqui e obter uma das 12 vagas. Naturalmente, Jaylen faz parte desse grupo. Eu entendo ele estar chateado com isso”, afirmou.
ESPY
Por fim, o jogador compareceu a premiação anual da ESPN sobre esportes, a ESPY. No evento, aliás, foi premiado com a melhor performance de um jogador que foi campeão em 2024. Ao lado de sua namorada, ele se esquivou de maiores posicionamentos.
“Eu garanto a vocês que não tenho nenhum comentário a fazer sobre isso. Tudo o que importa é que estou com minha linda mulher hoje”, explicou.
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