O dia que deveria marcar a realização de um sonho veio com uma dose de decepção para Ben McLemore. O ala-armador de 20 anos era projetado como a possível primeira escolha do draft deste ano, mas sofreu uma improvável “queda” e acabou selecionado apenas na sétima posição geral. Após quase dois meses e com o golpe absorvido, o novato do Sacramento Kings agora só pensa em transformar a surpresa negativa em motivação.
“Eu sinto que chego ‘mordido’ a NBA. Já passei por muita coisa. Agora, trabalharei duro para vencer o prêmio de calouro do ano e sei a mentalidade que preciso ter para conquistá-lo. Tenho que mostrar a todos que posso ser um líder”, afirmou McLemore, em entrevista ao site KU Sports, da Universidade de Kansas, sua alma-mater.
Sua fixação pela liderança vem do basquete universitário. Durante o ano inteiro, analistas apontaram a ausência de atitude e uma postura mais ativa em quadra como os principais problemas do ala-armador, razões para não ser a primeira escolha do recrutamento. Agora, ele pretende provar que todos estavam errados e deixar arrependidos os seis times que resolveram passar a chance de selecioná-lo.
“Meu objetivo principal é ser um líder para o time, mesmo com vários atletas mais experientes do que eu no elenco. Tenho que entender minha função aqui, brilhar fazendo a minha parte e ajudar a equipe a vencer jogos”, resumiu o jovem, que jogou apenas uma temporada na NCAA antes de se profissionalizar.
O primeiro passo da carreira de McLemore foi dado na última semana, com a participação no programa de transição para calouros da NBA. Ele adorou o evento, com destaque especial para a palestra do veterano Jerry Stackhouse. Tudo teria sido perfeito, não fosse pela notícia da expulsão do ala-armador Shabazz Muhammad – flagrado com uma “convidada” em seu quarto.
“Fiquei muito decepcionado com Shabazz. É inacreditável que isso tenha acontecido depois que todas as regras foram repassadas e explicadas para nós. Mas espero que ele aprenda com seus erros. Com sorte, esse episódio não vai impedi-lo de ser o jogador de basquete que pode, de continuar jogando e dar sequência à carreira”, finalizou McLemore.