Os esportistas de grandes ligas dos EUA vivem o sonho de quase todas as pessoas. Eles recebem salários milionários, afinal, para praticarem o esporte que amam todos os dias. Mas o que parece um oásis de longe pode esconder uma história bem mais complexa de entender. O ala Michael Porter Jr, por exemplo, aprendeu que o dinheiro pode se tornar um inimigo da longevidade e interesse do jogador da NBA.
“Era diferente jogar basquete antes das minhas lesões, sabe? Eu entraria em quadra de graça, contanto que tivesse o que comer em casa. As coisas mudaram um pouco agora. Ainda adoro jogar basquete, mas, às vezes, sinto que isso se tornou o meu trabalho. O dinheiro nunca foi o meu objetivo nesse jogo. Mas, quando ele aparece, muda tudo”, refletiu o titular do Denver Nuggets, no podcast de Austin Rivers.
Porter superou um histórico complicado de lesões nas costas para se firmar na NBA. O seu sucesso foi tamanho, aliás, que assinou um contrato de mais de US$170 milhões com o Nuggets em 2021. Mas, na temporada seguinte, disputaria só nove partidas e teve que passar por (mais) uma cirurgia nas costas. Ele lembra que essa sucessão de eventos quase o colocou em uma espiral na carreira.
“Sempre pensei em ser o melhor jogador que pudesse. Mas, assim que o dinheiro entra nessa equação, fica quase mais difícil gostar do esporte. Eu fechei um contrato máximo há alguns anos e, assim, vieram várias expectativas de regularidade e enorme pressão. Você precisava ser um all-star, tinha que jogar de tal jeito. O encanto, como resultado, vai se perdendo”, explicou o campeão da NBA em 2023.
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Bênção?
Passar de um jovem promissor da NBA para jogador de um contrato máximo foi uma mudança de grandes proporções para Michael Porter Jr. Ele era um prospecto de elite no basquete colegial, mas nunca foi cobrado dessa forma pelas lesões. Agora, o rendimento que era uma grata surpresa demandava evolução a cada dia. Ganhar milhões significa o relaxamento para qualquer pessoa. Para o atleta, no entanto, é o total contrário.
“Às vezes, eu sinto que Deus só nos dá o que estamos prontos para administrar. Sinto que fui abençoado com esse contrato depois de tantas lesões porque Ele sabia que isso tinha pouca importância para mim. Não me entendam mal: o dinheiro que recebemos nessa liga é uma bênção. Mas ele nunca me fez ou pode fazer você se acomodar em relação ao jogo”, alertou o veterano.
Receber um grande contrato coloca o jogador no alvo, em particular, dos torcedores e comentaristas. Para Porter, é preciso conseguir ouvir sem internalizar o que as outras pessoas dizem. “As pessoas mudam a opinião sobre você a cada série, a cada partida boa ou ruim. Você não pode se importar demais com essas palavras, pois as coisas mudam muito rápido nessa liga”, argumentou.
Facilita
Mas, em um esporte coletivo, nada depende do individual de forma exclusiva. Afinal, qualquer problema de um jogador torna-se um problema em potencial do grupo. Da mesma forma, nenhum mérito é totalmente individualizado. Porter admite que a sua recuperação passa muito pelo sucesso do Nuggets enquanto time. E, além disso, de atuar com um facilitador histórico como Nikola Jokic.
“Antes de chegar à NBA, eu sinto que sempre precisei criar os meus arremessos. Jogar com Nikola, então, foi uma coisa louca desde o início. Esse cara te dá bandejas livres, chutes abertos de três pontos no corner. Acho que tenho muita sorte, pois, depois de tantas lesões, encontrei e aceitei uma função em um time que funciona perfeitamente para mim”, comemorou o ala de 26 anos.
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