O ranking dos melhores jogadores por posição para a temporada está de volta.
Antes de qualquer coisa, é um ranking pessoal. Não reflete o pensamento de todos os outros integrantes. Para isso, existe a previsão para a temporada, que será publicada em breve. Todo mundo do Jumper Brasil participa, opina e escreve. Mas não é o caso aqui.
Esta previsão dos melhores jogadores por posição leva em conta números, potencial, protagonismo, surpresas positivas ou negativas, contusões anteriores e seus riscos no futuro, e principalmente, opinião pessoal. Não quer dizer exatamente que um determinado jogador é melhor ou pior que o outro.
O histórico conta, mas se o jogador em questão veio de lesão ou ainda vai demorar a estrear, como por exemplo Tony Parker, ele cai ou sai do ranking.
Entre parênteses, o que subiu ou desceu em relação ao ano anterior.
Veja também:
Melhores armadores 2011-12
Melhores armadores 2013-14
Melhores armadores 2014-15
Melhores armadores 2015-16
Melhores armadores 2016-17
1- Russell Westbrook, Oklahoma City Thunder (+1)
Recorde de triplo duplo, média de triplo duplo, MVP. Faltavam apenas companheiros de grande calíbre ao lado de Russell Westbrook. Agora, não faltam mais. Mesmo assim, o armador do Oklahoma City Thunder vai para mais uma temporada em altíssimo nível. Se estamos falando de números, ninguém melhor que Westbrook para encabeçar a lista dos melhores de sua posição para 2017-18. Em 81 jogos, ele obteve médias de 31.6 pontos, 10.7 rebotes e 10.4 assistências, além de 34.3% de aproveitamento nos arremessos de longa distância, todas melhores marcas da carreira
2- Stephen Curry, Golden State Warriors (-1)
O que dizer de um jogador que jamais teve uma temporada na carreira com aproveitamento abaixo de 41% nos arremessos de três? O armador Stephen Curry acertou nada menos que 726 tiros de longa distância apenas nos últimos dois anos pelo Golden State Warriors. Mesmo com a presença de Kevin Durant no elenco da equipe californiana, Curry atingiu 25.3 pontos, sua segunda melhor marca da carreira e distribuiu ainda 6.6 assistências em 79 partidas disputadas.
3- Kyrie Irving, Boston Celtics (+3)
Mas por que Kyrie Irving subiu tanto assim? Ele é melhor que John Wall ou Chris Paul? Não sei. Não é o caso aqui. A questão, como cito no início, é o que tal jogador pode fazer de diferente. E Irving terá tudo para realmente ter um papel preponderante em 2017-18. Primeiro, que ele foi atrás de protagonismo e ele o terá no Boston Celtics. Seus números devem subir ainda mais na próxima campanha, até porque agora, ele não tem mais LeBron James ao seu lado. Além disso, a própria evolução do atleta mostra isso. Em 2015-16, o camisa 11 obteve 19.6 pontos e 4.7 assistências. Esses números pularam para 25.2 pontos e 5.8 passes decisivos em 2016-17. Sem LeBron, espera-se muito dele.
4- John Wall, Washington Wizards (+4)
Teria John Wall ultrapassado Chris Paul como o melhor organizador de jogadas da NBA? A resposta está sendo dada em quadra. Wall é hoje um dos armadores mais completos da liga. Falta apenas aprimorar o arremesso de três, que anda muito inconstante. Na dúvida, ele passa para o Bradley Beal. Wall conduziu o Washington Wizards aos playoffs na temporada passada e obteve médias de 23.1 pontos, 10.7 assistências e 2.0 roubadas.
5- Chris Paul, Houston Rockets (-1)
Um dos motivos pelo qual Chris Paul caiu para quinto neste ano é o fato de que sua saída para o Houston Rockets vai fazer com que ele divida não só os holofotes, mas também a condução das jogadas com James Harden. Além disso, Irving e Wall possuem todas as armas para fazerem um ano ESTATISTICAMENTE melhor. Mas não se iluda. Tudo bem que o último armador de ofício trazido pelo Rockets para dividir essa função com Harden era Ty Lawson, quando ainda prometia ser um bom jogador, mas Paul é muito melhor que isso. Agora, se alguém duvida se ele vai conseguir jogar sem a bola em diversas posses de bola, é bom lembrar que Blake Griffin tinha, no Los Angeles Clippers, cerca de cinco assistências por jogo nos últimos três anos. Em 2016-17, Paul obteve médias de 18.1 pontos, 9.2 passes decisivos, 5.0 rebotes e 2.0 roubadas.
6- Damian Lillard, Portland Trail Blazers (-1)
Em um Portland Trail Blazers engessado por questões contratuais (o time possui mais de US$121 milhões em salários), e com chances reais de ficar de fora dos playoffs, o armador Damian Lillard segue como o grande destaque. O recrutamento na tentativa de levar Carmelo Anthony ao time do Oregon não deu certo, mas Lillard ainda é o cara a ser seguido. Com médias de 27.0 pontos (a melhor da carreira), além de 5.9 assistências, 4.9 rebotes e um aproveitamento de 37% nos arremessos de três, o camisa 0 deverá manter o grande nível dos últimos anos, embora não seja convocado para o Jogo das Estrelas desde 2014-2015.
7- Kyle Lowry, Toronto Raptors (0)
Aos 31 anos e mostrando números cada vez mais consistentes, Kyle Lowry segue no Top 10 entre os armadores. O atleta do Toronto Raptors estendeu seu contrato com o time canadense pelos próximos três anos e vai receber nada menos que US$90 milhões pelo acordo. Lowry quebrou uma marca curiosa que durava quatro temporadas justamente no último jogo da temporada passada. Ao pegar um rebote no início do segundo quarto diante do Cleveland Cavaliers, o jogador foi para 4.8 rebotes em 2016-17. Durante quatro anos, ele fez 4.7. Fim da curiosidade sem importância. Na campanha passada, ele obteve 22.4 pontos e 7.0 assistências, melhores marcas da carreira.
8- Mike Conley, Memphis Grizzlies (+3)
Zach Randolph, Vince Carter e Tony Allen foram embora do Memphis Grizzlies e as peças de reposição ficaram aquém das expectativas. Então, nada mais justo que Mike Conley assumir ainda mais responsabilidades dos dois lados da quadra. Agora sétimo jogador mais bem pago da NBA (na offseason do ano passado, chegou a ser o primeiro durante algumas semanas), Conley ainda não foi para o Jogo das Estrelas, mesmo depois de ostentar 20.5 pontos, 6.3 assistências, 3.5 rebotes e um aproveitamento de 40.8% nos arremessos de três. Todas essas estatísticas, exceto nos passes decisivos, foram os melhores números da carreira.
9- Kemba Walker, Charlotte Hornets (+1)
Como um armador que vai para o Jogo das Estrelas no ano anterior fica atrás de um que jamais foi? Bom, primeiro porque a lista é minha (zoeira leve, vai). Mas o fato é que Kemba Walker joga no Leste, enquanto Conley leva o Grizzlies aos playoffs há sete anos, mesmo quando o time se transforma em Frankenstein, todo remendado. Apesar disso, Walker é um excelente jogador e tem tudo para seguir evoluindo no Charlotte Hornets. Ele ficou com 23.2 pontos, 5.5 assistências e acertou 39.9% nos tiros de três.
10- Eric Bledsoe, Phoenix Suns (+2)
Ah, as contusões. Eric Bledsoe poderia estar acima nessa lista. Mas o acúmulo de lesões e o baixo número de jogos realizados em três dos últimos quatro anos, colocam o armador do Phoenix Suns praticamente no mesmo patamar do ano passado. Talento, tem de sobra. Bledsoe ainda não tornou-se aquele jogador que muitos esperam, especialmente os torcedores do time de Arizona, porém seguimos aqui no aguardo. Será que esse ano vai? Em 2016-17, ele ficou com 21.1 pontos, 6.3 assistências, 4.8 rebotes e 1.4 roubada.
11- Goran Dragic, Miami Heat (+2)
O EuroBasket mostrou apenas o quanto Goran Dragic é subestimado. Talvez até seja nessa lista, mas os nomes acima são, em sua esmagadora maioria, incontestáveis. Porém, Dragic elevou o patamar do Miami Heat e o seu próprio em 2016-17. Para se ter uma ideia, no ano anterior, ainda com Dwyane Wade na equipe, ele fez 14.1 pontos e acertou 31.2% dos arremessos de longa distância. Na campanha passada, seus números pularam para 20.3 pontos e 40.5% de acertos.
12- Isaiah Thomas, Cleveland Cavaliers (-3)
Antes de qualquer coisa, deixa eu explicar: Isaiah Thomas só volta a jogar, com muito boa vontade, no fim de dezembro. Sua lesão no quadríceps é mais séria do que se imagina. Só nisso, ele já cairia no ranking. Para piorar sua situação (individual, claro), ele vai jogar ao lado de LeBron James, Kevin Love e Dwyane Wade. Ou seja, seu papel será bem menor em relação ao que teve no Boston Celtics. Então, o 12° lugar está de bom tamanho, por enquanto. Thomas ficou com incríveis 28.9 pontos, 5.9 assistências e um aproveitamento de 37.9% nos arremessos de três.
13- Dennis Schroder, Atlanta Hawks (+5)
Aqui vai uma das maiores apostas para o prêmio de MIP (Jogador que Mais Evoluiu), o armador Dennis Schroder. Sim, o alemão já havia feito uma grande temporada em 2016-17, mas agora o Atlanta Hawks é só dele. O que ele mostrou por sua seleção no EuroBasket dá sinais de que a próxima campanha terá similaridades. Ele vai olhar para os lados e não encontrará mais Paul Millsap ou Kyle Korver (que foi trocado durante a temporada passada) e certamente decidirá sozinho. Aos 24 anos, Schroder ficou com médias de 17.9 pontos, 6.3 assistências e acertou 34% dos arremessos de longa distância.
14- D’Angelo Russell, Brooklyn Nets (+3)
Falando em candidato ao MIP, D’Angelo Russell mostrou muita evolução na segunda metade da temporada passada pelo Los Angeles Lakers. Mas o projeto Lonzo Ball tirou dele qualquer chance de seguir no time californiano e foi trocado para o Brooklyn Nets, onde terá espaço e tempo de quadra para desenvolver-se como um grande jogador. Em 2016-17, o armador obteve médias de 15.6 pontos, 4.8 assistências e acertou 35.2% dos lances de três.
15- Dennis Smith Jr., Dallas Mavericks (NR)
Hoje, um dos principais candidatos ao prêmio de melhor calouro, o armador Dennis Smith Jr. será titular no Dallas Mavericks com a missão de fazer o time texano jogar no Run and Gun. Ou seja, seus números, ao menos no papel, deverão ser bem altos para um jogador tão jovem. Nona escolha do último draft, Smith Jr. fez 18.1 pontos e 6.2 assistências em seu único ano no basquete universitário.
16- Lonzo Ball, Los Angeles Lakers (NR)
O motivo pelo qual ranqueamos estreantes no fundo da lista é que não sabemos como eles vão lidar com a pressão do basquete da NBA. Particularmente, acho que Lonzo Ball será um astro em breve, porém, já vimos outros grandes prospectos demorarem a mostrar serviço na liga. Não acho que é o caso do jovem atleta, que terá todo tempo do mundo para se desenvolver como a principal opção ofensiva do Los Angeles Lakers. Ele ficou com 14.6 pontos, incríveis 7.6 assistências (em um jogo de estilo lento, como o basquete universitário) e 6.0 rebotes em 2016-17 por UCLA.
17- Jeff Teague, Minnesota Timberwolves (-3)
Jeff Teague fez uma grande temporada pelo Indiana Pacers em 2016-17. O problema é que, ao ir para o Minnesota Timberwolves, ele terá um papel bem menor em relação a Karl-Anthony Towns, Jimmy Butler e Andrew Wiggins. Ele não chega a ser um especialista no arremesso de longa distância (35.5% de aproveitamento na carreira), mas em um time em que ninguém é, vai ajudar bastante. Ele obteve 15.3 pontos, 7.8 assistências e 4.0 rebotes na campanha passada.
18- Markelle Fultz, Philadelphia 76ers (NR)
Primeira escolha do último draft, o armador Markelle Fultz chega ao Philadelphia 76ers como um futuro astro. Por saber jogar sem a bola, Fultz dividirá a organização das jogadas com o também calouro Ben Simmons. Se lembrarmos que o Sixers desse ano ainda terá Joel Embiid, Dario Saric e J.J. Redick, é bem provável que Fultz vai fazer mesmo é um ano de muito aprendizado para elevar o nível da equipe, que há tanto tempo não sabe o que é ter um ano respeitável.
19- Ricky Rubio, Utah Jazz (+2)
Novo time, funções ampliadas. O espanhol Ricky Rubio, agora com seis anos de experiência na NBA, chega ao Utah Jazz para ser não só o principal armador, mas também evoluir como jogador. Agora trabalhando para ser um arremessador de três mais confiável (31.5% na carreira), o atleta já conseguiu apagar a imagem de ser pouco durável. Em um Jazz que perdeu seus dois principais cestinhas (Gordon Hayward e George Hill), Rubio deverá aparecer mais em 2017-18.
20- George Hill, Sacramento Kings (+2)
Ótimo jogador sem a necessidade de estar com a bola o tempo todo, George Hill será o titular do Sacramento Kings nesta temporada, no papel de tutor de De’Aaron Fox. Seu único porém fica por conta das constantes lesões sofridas em 2016-17. Nos últimos três anos, ele perdeu ao menos 23 jogos em duas campanhas. É muito. Mesmo assim, jogando pelo Utah Jazz, Hill obteve 16.9 pontos (melhor marca da carreira), 4.2 assistências e um aproveitamento de 40.3% nos arremessos de longa distância.
21- Elfrid Payton, Orlando Magic (+2)
Pode até parecer implicância, e é. Eu gostaria que Elfrid Payton desse um salto de qualidade em sua carreira, especialmente quando o assunto é arremesso. Evoluiu muito nos lances livres (saiu de 58.9% para 69.2% em 2016-17), mas ainda está longe, bem longe de ser respeitável. Tem ótima visão de quadra, apesar de ostentar aquele cabelo de gosto questionável e está tentando decidir mais as jogadas. Ficou com 12.8 pontos, 6.5 assistências e 4.7 rebotes na temporada passada.
22- Malcolm Brogdon, Milwaukee Bucks (NR)
Calouro do ano by default (pela falta de outro melhor), Malcolm Brogdom ganhou a posição de titular no Milwaukee Bucks durante a temporada e foi bem após receber a chance de Jason Kidd, com 12.5 pontos e 4.8 assistências quando no quinteto inicial. Como Giannis Antetokounmpo está ampliando ainda mais o seu jogo, é provável vê-lo mais sem a bola, esperando para definir no arremesso de longa distância (40.4% de aproveitamento) do que organizando as jogadas.
23- Jamal Murray, Denver Nuggets (NR)
Jamal Murray não é armador de ofício, mas a comissão técnica do Denver Nuggets optou por utilizá-lo na posição após ver que o projeto Emmanuel Mudiay não estava indo bem. Hoje, a direção está em sérias dúvidas se vai optar por mantê-lo. Portanto, para tirar tal dúvida, o técnico Mike Malone vai promover um rodízio entre os dois na pré-temporada. Murray mostrou algum serviço nos dez jogos que fez como titular da posição, com 13.6 pontos, 4.3 assistências e um aproveitamento de 32.8% nos tiros de três.
24- Milos Teodosic, Los Angeles Clippers (NR)
O sérvio Milos Teodosic finalmente vai jogar na NBA. O melhor jogador fora da liga há anos, é ótimo organizador de jogadas, mas precisa controlar mais a bola e também, defender melhor. No Los Angeles Clippers, acredita-se que será titular, o que lhe dá a chance de ser o calouro mais velho (30 anos) de todos os tempos a vencer o prêmio de melhor novato.
25- Darren Collison, Indiana Pacers (NR)
É isso. A temporada 2017-18 deverá ser a última chance de Darren Collison ser titular na NBA. O armador, de 30 anos, está em sua segunda passagem pelo Indiana Pacers e, por conta da saída de Paul George, poderá assumir algum papel de destaque. No Sacramento Kings em 2016-17, Collison fez 13.2 pontos, 4.6 assistências e acertou 41.7% dos tiros de três.
Outros considerados
26- Rajon Rondo, New Orleans Pelicans
27- Kris Dunn, Chicago Bulls
28- Patty Mills, San Antonio Spurs
29- Derrick Rose, Cleveland Cavaliers
30- Marcus Smart, Boston Celtics
31- De’Aaron Fox, Sacramento Kings
32- Reggie Jackson, Detroit Pistons
33- Tony Parker, San Antonio Spurs
34- T.J. McConnell, Philadelphia 76ers
35- Frank Ntilikina, New York Knicks
36- Emmanuel Mudiay, Denver Nuggets
37- Matthew Dellavedova, Milwaukee Bucks
38- Ish Smith, Detroit Pistons
39- Shaun Livingston, Golden State Warriors
40- Dejounte Murray, San Antonio Spurs