O ranking dos melhores jogadores por posição para a temporada está de volta.
Antes de qualquer coisa, é um ranking pessoal. Não reflete o pensamento de todos os outros integrantes. Para isso, existe a previsão para a temporada, que será publicada em breve. Todo mundo do Jumper Brasil participa, opina e escreve. Mas não é o caso aqui.
Esta previsão dos melhores jogadores por posição leva em conta números, potencial, surpresas positivas ou negativas, contusões anteriores e seus riscos no futuro, e principalmente, opinião pessoal. Não quer dizer exatamente que um determinado jogador é melhor ou pior que o outro.
O histórico conta, mas se o jogador em questão veio de lesão ou ainda vai demorar a estrear, como por exemplo Reggie Jackson, ele cai no ranking.
Entre parênteses, o que subiu ou desceu em relação ao ano anterior.
Veja também:
Melhores alas-armadores de 2011-12
Melhores alas-armadores de 2013-14
Melhores alas-armadores de 2014-15
Melhores alas-armadores de 2015-16
1- Klay Thompson, Golden State Warriors (+1)
É certo que Klay Thompson pode ser atingido pela chegada de Kevin Durant no Golden State Warriors. Mas também, o ala-armador está se tornando um grande defensor e seu arremesso, cada vez mais confiável. Tudo bem que nos playoffs, a coisa não foi lá das melhores em termos de aproveitamento, porém Thompson é um cestinha nato e seguro, capaz de anotar mais de 20 pontos em um só quarto. O domínio do Warriors na temporada passada foi tão grande, que Thompson jogou várias partidas (15, mais precisamente) abaixo dos 30 minutos. Obteve médias de 22.1 pontos, 3.8 rebotes e acertou 42.5% nos arremessos de longa distância. Aliás, ele jamais teve uma temporada abaixo dos 40% de acertos.
2- DeMar DeRozan, Toronto Raptors (+6)
DeMar DeRozan ainda está longe de ser um ótimo defensor, mas está evoluindo aos poucos no Toronto Raptors. Fez a temporada da carreira em 2015-16, quando não só buscou o próprio arremesso, mas também seus companheiros em quadra. Está melhorando o arremesso de longa distância, algo primordial para um jogador de sua posição e acertou 33.8%, depois de converter 28.4% no ano anterior. DeRozan é ainda um atleta que busca muito o contato e, não por menos, arremessou 8.4 lances livres, com 85% de aproveitamento em 2015-16. Ficou com médias de 23.5 pontos, 4.5 rebotes e 4.0 assistências na campanha passada.
3- Dwyane Wade, Chicago Bulls (+2)
Sim, estou cansado de saber que Dwyane Wade nunca foi um exímio arremessador de três pontos e que seu corpo já não é mais o mesmo. Mas prepare-se para ver uma nova versão do camisa 3 no Chicago Bulls. O time carece de arremessadores e o astro treinou como nunca o fundamento, tanto que ganhou elogios de Pat Riley nos playoffs, quando acertou 52.2% dos tiros de longa distância pelo Miami Heat. Wade não tem mais físico para continuar se jogando no garrafão, atrás de cesta e falta. Vamos ver o ala-armador mais solidário, mais envolvido com os novos companheiros. Fez 19.0 pontos, 4.6 assistências, 4.1 rebotes e 1.1 roubada em 74 partidas na temporada passada.
4- C.J. McCollum, Portland Trail Blazers (+16)
Não tem como ter dúvidas sobre a capacidade de C.J. McCollum em quadra, após uma temporada 2015-16 dos sonhos. Primeiro, ganhou a titularidade que pertenceria a Gerald Henderson no começo da campanha. Só que Henderson se machucou e McCollun fez a oportunidade valer. Não fez só sua melhor temporada da carreira, mas também foi um dos cestinhas da temporada e tornou-se parte vital do que o Blazers é hoje. Em 2015-16, McCollum obteve médias de 20.2 pontos, 4.3 assistências e 1.2 roubada, além de um aproveitamento de 41.7% nos tiros de longa distância. Chegou para ficar.
5- Victor Oladipo, Oklahoma City Thunder (+8)
O melhor defensor do Oklahoma City Thunder terá sinal verde para atacar, ao menos quando Russell Westbrook permitir. Victor Oladipo deixou o Orlando Magic em troca por Serge Ibaka e espera-se que ele seja o segundo cestinha de sua nova equipe, enquanto Westbrook deverá tomar conta das principais ações ofensivas. Oladipo pode auxiliar o armador na organização das jogadas, algo que já fez na Flórida. Além disso, tenta evoluir no arremesso de longa distância e vai precisar, já que Westbrook tem muito volume para pouco aproveitamento. Oladipo fez 16.0 pontos, 4.8 rebotes, 3.9 assistências e 1.6 roubada em 2015-16.
6- Bradley Beal, Washington Wizards (0)
Será que essa é a temporada de Bradley Beal? Constantemente lesionado, o ala-armador não inspira confiança quando o assunto é sequência de jogos. Somente nos últimos dois anos, somados, ele perdeu 46 partidas por contusões. Isso derruba qualquer pretensão que o Washington Wizards possua por playoffs. É exímio arremessador (aproveitamento de 39.7% de três pontos na carreira), mas vive às turras com John Wall e tende a reclamar mais do que joga. Ficou com 17.4 pontos, 3.4 rebotes e acertou 38.7% dos tiros de longa distância em 55 jogos na temporada passada.
7- Evan Fournier, Orlando Magic (NR)
Ninguém prestava muita atenção ao francês Evan Fournier no começo da carreira na NBA. Bastou deixar o Denver Nuggets, onde não tinha lá muito tempo de quadra para ganhar espaço no Orlando Magic. Jogou como ala na temporada passada, mas com a saída de Victor Oladipo para o Oklahoma City Thunder, retorna para onde se sente melhor. Deve ser um dos cestinhas do Magic em 2016-17, após obter 15.4 pontos, 2.8 rebotes e um aproveitamento de 40% de três pontos.
8- Devin Booker, Phoenix Suns (NR)
Posso estar enganado, mas não vejo nenhum outro jogador da posição para o futuro com o arremesso tão calibrado quanto o de Devin Booker. Melhor cestinha puro do Phoenix Suns, Booker assumiu uma pedreira logo em seu primeiro ano de carreira e foi responsável pelo ataque do time do Arizona depois das contusões de Eric Bledsoe e Brandon Knight. Para um jogador que ainda não completou 20 anos, Booker deverá vir ainda melhor nesta temporada e isso assusta. Fez 19.2 pontos, 4.1 assistências e 3.0 rebotes depois da parada para o Jogo das Estrelas.
9- Zach LaVine, Minnesota Timberwolves (+14)
Ala-armador ou armador? Bom, depois que foi inserido no quinteto titular do Minnesota Timberwolves, não restam mais dúvidas. Zach LaVine não é só o atual campeão do Torneio de Enterradas. Ele é um jogador em franca evolução, com arremesso (bem) acima da média e que um dia vai brigar para ser um dos cestinhas da NBA. Jogar ao lado de caras como Ricky Rubio, Andrew Wiggins e Karl-Anthony Thowns, ajuda. Mas o fato é que, em 33 jogos como titular na temporada passada, LaVine fez 17.3 pontos, distribuiu 3.2 assistências e converteu 44.4% nos arremessos de longa distância.
10- Avery Bradley, Boston Celtics (+12)
Avery Bradley quer ser reconhecido como um jogador dos dois lados da quadra. O arremesso, seu calcanhar de Aquiles no começo da carreira, melhorou muito e já é confiável. Nunca soube armar, como nos tempos em que era escalado por Doc Rivers para substituir Rajon Rondo na posição em eventualidades, mas é excelente defensor (eleito para o time ideal de defesa da última temporada) e um dos pilares desse Boston Celtics. Obteve 15.2 pontos, sua melhor marca da carreira, 1.5 roubada e acertou 36.1% dos tiros de longa distância em 2015-16.
11- Jordan Clarkson, Los Angeles Lakers (NR)
Capaz de jogar em pelo menos duas posições, Jordan Clarkson foi o melhor jogador do Los Angeles Lakers na temporada passada, mesmo com a presença de Kobe Bryant. Mais regular, pelo menos. Kobe foi embora e o Lakers agora precisa de um cestinha. Em um primeiro momento, o técnico Luke Walton deverá fazer com que Clarkson seja a referência da segunda unidade da equipe, com Lou Williams no quinteto inicial. Talvez, para brigar pelo prêmio de melhor reserva ou simplesmente para manter o nível de competitividade que o time tanto precisa para sair do limbo que se encontra há alguns anos. Ficou com médias de 15.5 pontos, 4.0 rebotes e teve um aproveitamento de 34.7% em três pontos na campanha passada.
12- Rodney Hood, Utah Jazz (NR)
Rodney Hood surpreendeu na temporada passada, quando viu seu tempo de quadra subir de 21 para 32 minutos de um ano para o outro. Não por menos, o ala-armador produziu e é esperado que seja titular durante toda a campanha de 2016-17. O técnico Quin Snyder planejava trazer o veterano Joe Johnson do banco, enquanto Gordon Haywood e Hood seriam os titulares. Mas a contusão de Haywood deverá colocar Johnson no quinteto inicial, pelo menos enquanto o seu melhor jogador estiver de fora. Hood obteve médias de 14.5 pontos e 3.4 rebotes, além de um aproveitamento de 35.9% em três pontos em 2015-16.
13- Wesley Matthews, Dallas Mavericks (-2)
Provavelmente, Wesley Matthews é o melhor defensor de perímetro da liga. Pelo menos, um dos melhores. Mas Matthews, vindo de lesão na temporada passada, decepcionou no Dallas Mavericks. Pode ser que seja por conta da contusão, porém foi pouco efetivo quando arremessou (38.8% dos tiros de quadra) e parecia travado em alguns momentos na defesa. A torcida é para que seja apenas isso. Obteve 12.5 pontos, 3.1 rebotes e acertou 36% dos arremessos de três.
14- J.J. Redick, Los Angeles Clippers (+3)
A evolução de J.J. Redick foi fantástica, desde o seu segundo ano no Orlando Magic. A partir daquele momento até a temporada 2014-15, ele melhorou, temporada a temporada, sua pontuação. Partiu de 4.1 em 2007-08 até chegar em 16.4 no ano retrasado. Ficou com 16.3 em 2015-16, mas nada que seja motivo para abalar qualquer coisa. Redick foi ainda mais eficiente no arremesso de três (47.5% de aproveitamento) e beirou os 90% de acertos nos lances livres. No Los Angeles Clippers, é a válvula de escape.
15- Kentavious Caldwell-Pope, Detroit Pistons (+9)
Todo ano, quero subir Kentavious Caldwell-Pope de posição no ranking mais do que já subiu. Ótimo defensor, é um jogador durável (36.7 minutos em 2015-16) e quase sempre confiável nos arremessos de longa distância. Mas acertou apenas 30.9% de três na temporada passada e já foi avisado que não terá tanto tempo de quadra assim neste ano. É possível que com a ausência de Reggie Jackson no começo da temporada, assuma parte da produção ofensiva. Ficou com médias de 14.5 pontos, 3.7 rebotes e 1.4 roubada em 76 jogos.
16- Nicolas Batum, Charlotte Hornets (NR)
O francês Nicolas Batum teve o recorde pessoal em pontuação na temporada passada pelo Charlotte Hornets, mas as lesões sofridas nos últimos dois anos dão a sensação de que uma hora ele vai deixar o time na mão. Ótimo defensor, Batum vai jogar mesmo como ala-armador neste ano. Era para ter acontecido em 2015-16, mas Michael Kidd-Gilchrist perdeu quase toda a temporada por contusões e ele foi mantido onde sempre jogou. Ficou com 14.9 pontos, 6.1 rebotes, 5.8 assistências, e teve um aproveitamento de 34.8% nos tiros de longa distância.
17- Brandon Knight, Phoenix Suns (-1)
Você pode criticar e eu vou entender (estou ficando bom nisso), mas Brandon Knight nunca foi armador de fato. Até tentou no Detroit Pistons e no Milwaukee Bucks, mas jamais foi o seu forte. Seu instinto é atacar a cesta e arremessar (muito) de longa distância. Em alguns momentos, será armador no Phoenix Suns, mas a ideia é que ele venha do banco para ser algo parecido com o que Jamal Crawford faz no Los Angeles Clippers. Em 52 jogos na temporada passada, Knight obteve 19.6 pontos, 5.1 assistências, 3.9 rebotes e teve um aproveitamento de 34.2% de três.
18- Will Barton, Denver Nuggets (NR)
Will Barton surgiu no Portland Trail Blazers como uma promessa de cestinha e nada além disso. Nem tinha tempo de quadra por lá, quando foi trocado para o Denver Nuggets, onde explodiu e brigou pelo prêmio de melhor reserva da temporada passada. Ele aprendeu a arremessar (saiu de um aproveitamento abaixo de 30% para três pontos na carreira para 34.5% em 2015-16), defende melhor do que lhe é creditado e continua sendo explosivo quando vai para o ataque. Obteve médias de 14.4 pontos, 5.8 rebotes e 2.5 assistências em 82 jogos na temporada passada.
19- Jamal Crawford, Los Angeles Clippers (NR)
O prêmio de melhor reserva deveria ter um nome: Prêmio Jamal Crawford. Já são três na conta do veterano do Los Angeles Clippers. Mas a temporada 2015-16 foi tão ruim para ele, que passava longe de ser cotado a receber a premiação até a metade do ano. Melhorou, porque o Clippers não tinha para onde correr e Crawford virou o foco do ataque durante boa parte da fase regular e foi ainda mais necessário nos playoffs, sem Chris Paul e Blake Griffin. Ficou com 14.2 pontos e viu sua média pular para 17.3 na fase decisiva.
20- Monta Ellis, Indiana Pacers (-13)
A temporada 2015-16 de Monta Ellis foi tão ruim que deu vontade de deixar o cara de fora da lista. Entrou porque Eric Gordon é tão confiável quanto um assaltante de banco e eu precisava encaixar Bojan Bogdanovic nessa lista. Tudo bem que no Indiana Pacers, quem manda é Paul George, mas precisava ser tão apático? Além disso, o time agora tem Jeff Teague, que precisa mais da bola do que George Hill. Caiu de produção e é esperado que tenha ainda menos espaço nesta temporada, após fazer 13.8 pontos, 4.7 assistências e 1.9 roubada.
21- Kyle Korver, Atlanta Hawks (-11)
Há quantos anos ouvimos falar de Kyle Korver? Eu conto: desde 2003-04. O ala-armador, que foi para o Jogo das Estrelas em 2014-15 por conta da ótima campanha que o Atlanta Hawks fez naquele ano, caiu de produção na temporada passada. Se fosse qualquer outro jogador com 39.8% de aproveitamento em três pontos, estaríamos falando de grande arremessador. Mas Korver teve 49.2% de acertos no ano do All Star. Aos 35 anos, será (ainda mais) relegado apenas ao chute de longa distância. Terminou 2015-16 com 9.2 pontos e 3.2 rebotes em cerca de 30 minutos por noite.
22- Danny Green, San Antonio Spurs (-7)
Recentemente, Danny Green passou por cirurgia nos olhos. Só isso para explicar o que aconteceu com ele na temporada passada. Não na defesa, pois ali ele continua entre os melhores do perímetro da liga. Mas seu arremesso ficou torto de uma hora para a outra. Caiu em tudo quanto é estatística e, por isso, perdeu tempo de quadra. Luta para voltar a ser o que era até 2014-15. Fez 7.2 pontos (pior marca em cinco anos), 3.8 rebotes, 1.0 roubada e 0.8 bloqueio, com 33.2% de acerto de três.
23- J.R. Smith (+2)
Uma hora ou outra, J.R. Smith vai assinar o contrato com o Cleveland Cavaliers. Me lembra muito o caso de Anderson Varejão, quando demorou uma eternidade para fechar seu acordo com a equipe e, quando finalmente resolveu, seria vaiado pela torcida. LeBron James, o mesmo que pressiona a diretoria para fechar com Smith, começou do banco de reservas para entrar em quadra ao lado do brasileiro e adivinha? Não teve vaia alguma. Smith é daqueles oito ou oitenta. Em uma noite, é capaz de fazer 25 pontos em 25 minutos. Na outra, erra todos os arremessos. Fez 12.4 pontos, 2.8 rebotes e converteu 40% dos tiros de longa distância em 2015-16.
24- Dion Waiters, Miami Heat (NR)
Dion Waiters precisa da bola nas mãos para produzir. Isso é fato desde quando foi selecionado pelo Cleveland Cavaliers, em 2012. O problema é que ele não se ajuda. Desde então, passou pelo Oklahoma City Thunder e agora deverá vir do banco no Miami Heat. Sua função será conduzir as jogadas na segunda unidade, enquanto Goran Dragic será o titular. Deverá ter muitos minutos ao lado de Dragic, mas seja armador ou ala-armador, Waiters sempre será mais do mesmo. Obteve 9.8 pontos e converteu 35.8% dos arremessos de três em 2015-16.
25- Bojan Bogdanovic, Brooklyn Nets (NR)
Pode ser ala ou ala-armador. No caso de Bojan Bogdanovic, tanto faz. Ele é mesmo um arremessador, independente da nomenclatura, como em diversos casos nesse ranking. O bósnio, de 27 anos, vai para a sua terceira temporada na NBA, sempre pelo Brooklyn Nets. A tendência é que comece no banco de reservas, mas terá muito tempo de quadra, especialmente em uma equipe claramente em reconstrução. Ficou com 11.2 pontos, 3.2 rebotes e acertou 38.2% dos arremessos de três na temporada passada.
