O ranking dos melhores jogadores por posição para a temporada está de volta. Na verdade, comecei a fazer esse ranking em 2011-12, mas por questões pessoais, não consegui fazê-lo no ano seguinte. Em 2013-14, voltei a fazer, repeti em 2014-15, e agora vou explicar como funciona.
Antes de qualquer coisa, é um ranking pessoal. Não reflete o pensamento de todos os outros integrantes. Para isso, existe a previsão para a temporada, que será publicada em breve. Todo mundo do Jumper Brasil participa, opina e escreve. Mas não é o caso aqui.
Esta previsão dos melhores jogadores por posição leva em conta números, potencial, surpresas positivas ou negativas, contusões anteriores e seus riscos no futuro, e principalmente, opinião pessoal. Não quer dizer exatamente que um determinado jogador é melhor ou pior que o outro. É sempre bom frisar que a lista é feita, especialmente, no intuito de projetar a próxima temporada de forma individual e não quer dizer, em momento algum, que o atleta não tem história na liga.
O histórico conta, mas se o jogador em questão veio de lesão ou ainda vai demorar a estrear, como por exemplo Kyrie Irving, ele cai no ranking.
Então, sem mais enrolação, segue a lista. Entre parênteses, o que subiu ou desceu em relação ao ano anterior.
1- LeBron James (0)
Após se ver obrigado a “carregar” o Cleveland Cavaliers nas finais da NBA por conta das contusões de Kevin Love e Kyrie Irving, LeBron James deverá se poupar durante a fase regular em 2015-16. Ainda assim, LeBron segue como o melhor jogador de toda a liga, mesmo não tendo sido o MVP nas últimas duas temporadas. Obteve médias de 25.3 pontos, 7.4 assistências, 6.0 rebotes e 1.6 roubada com 48.8% de aproveitamento nos arremessos de quadra em 69 partidas.
2- Kevin Durant (0)
Ele está de volta! O astro Kevin Durant retorna às quadras após uma séria lesão na perna direita, desde fevereiro. E se for para utilizar os treinamentos e os jogos da pré-temporada como parâmetros, Durant então já é um sério candidato a receber novamente o prêmio de MVP. Entre os seus maiores “concorrentes”, está o seu colega Russell Westbrook. A tendência é que no início de 2015-16, Westbrook tenha mais volume de jogo, mas aos poucos, o camisa 35 deverá retomar o seu posto. Fez 25.4 pontos, 6.6 rebotes, 4.1 assistências em 27 partidas.
3- Paul George (NR, contundido)
Paul George é outro que retorna após uma grave contusão. O ala do Indiana Pacers sofreu uma fratura na perna durante a preparação para a Copa do Mundo de basquete de 2014, mas já está completamente recuperado e já é um dos destaques da pré-temporada. É possível/provável que o técnico Frank Vogel peça para que ele atue mais como ala-pivô neste ano, na tendência de ter uma rotação mais baixa e mais rápida.
4- Carmelo Anthony (-1)
Quando Carmelo Anthony optou por tornar-se agente livre pela primeira vez na carreira, especulou-se sobre uma possível ida ao Chicago Bulls. No entanto, ele resolveu retornar ao New York Knicks, por conta de um trabalho a longo prazo com Phil Jackson e Derek Fisher. Só que o Knicks foi muito mal na última temporada e ele resolveu passar por cirurgia, preparando-se para 2015-16. Assim como Paul George, deverá ter muitos minutos na posição quatro. Ficou com médias de 24.2 pontos, 6.6 rebotes e 3.1 assistências em 40 partidas.
5- Kawhi Leonard (-1)
MVP das finais de 2013-14, o ala Kawhi Leonard já é realidade no San Antonio Spurs. Eleito o melhor defensor da última temporada, ainda falta-lhe uma convocação para o Jogo das Estrelas. Se tudo estiver de acordo, isso deve acontecer em 2014-15. Ao lado de LaMarcus Aldridge, é possível ver o “bastão” sendo entregue a eles por Tim Duncan e Manu Ginobili. Leonard obteve médias de 16.5 pontos, 7.2 rebotes, 2.5 assistências e 2.3 roubadas, com 34.9% de aproveitamento nos arremessos de longa distância.
6- Gordon Hayward (NR, 12° ala-armador)
É impressionante como Gordon Hayward consegue evoluir a cada temporada. E ele já está na NBA há cinco anos. O ala do Utah Jazz tem sido nome constante nas convocações para a seleção dos Estados Unidos, mas sempre cortado na lista final. Hayward é um jogador completo no ataque e anda se esforçando para melhorar na defesa. Ele não vai sufocar ninguém, como Tony Allen, porém passa longe de comprometer. Ficou com médias de 19.3 pontos, 4.9 rebotes, 4.1 assistências e acertou 36.4% de três.
7- Andrew Wiggins (+3)
Eleito o melhor calouro da temporada passada, Andrew Wiggins está apenas começando a mostrar seu potencial. O jogador, de 20 anos, é muito bom defensor. Neste lado da quadra, já parece um veterano. Seu problema, entretanto, está no arremesso, mais precisamente na seleção em três pontos. No primeiro ano, converteu apenas 31% das tentativas, mas acertou quatro em cinco arriscados em janeiro, contra o Denver Nuggets. Obteve médias de 16.9 pontos, 4.6 rebotes e 1.0 roubada em cerca de 36 minutos.
8- Chandler Parsons (-2)
A grande pergunta sobre Chandler Parsons é quando ele vai poder atuar em 2015-16. O ala do Dallas Mavericks sabe que a responsabilidade de conduzir a bola na equipe cairá em suas mãos em muitas oportunidades, mesmo com Deron Williams em quadra. Parsons tem muito talento, é bom arremessador e tem uma grande visão. Mas será suficiente para manter a equipe texana nos playoffs? As chances já não são tão boas, principalmente por conta das contusões de vários jogadores da rotação principal. Parsons fez 15.7 pontos, 4.9 rebotes e 2.4 assistências em 66 embates.
9- Rudy Gay (-2)
Ninguém ainda sabe como será a química nos vestiários do Sacramento Kings para esta temporada, mas o certo é que Rudy Gay parece ser a principal peça do elenco, depois de DeMarcus Cousins. Gay é um cestinha nato, porém só isso não resolve. Ele acabou de fazer o seu segundo ano seguido acima de 20 pontos de média, mesmo procurando mais o passe. O ala obteve 3.7 assistências em 2014-15, melhor marca da carreira. No geral, ele ficou com 21.1 pontos, 5.9 rebotes e acertou 35.9% dos tiros de três.
10- Nicolas Batum (-5)
O francês Nicolas Batum tem mais talento do que parece. Completo, sabe fazer de tudo em quadra. Não por menos, é o último jogador da liga a atingir ao menos cinco dígitos em cinco categorias diferentes em um jogo. Em dezembro de 2012, ele anotou 11 pontos, distribuiu dez assistências, pegou cinco rebotes, bloqueou cinco arremessos e teve cinco roubadas de bola. Tem ideia de quantas vezes isso aconteceu na NBA? Apenas outras 15 vezes. Agora jogador do Charlotte Hornets, precisa apagar da memória a temporada ruim realizada pelo Portland Trail Blazers. Obteve médias de 9.4 pontos, 5.9 rebotes, 4.8 passes decisivos e 1.1 roubada em 2014-15.
11- Trevor Ariza (-2)
Aos 30 anos, Trevor Ariza tornou-se um especialista nos arremessos de longa distância. O problema é que no Houston Rockets, ele basicamente faz isso no ataque. Mais de 61% de suas tentativas vieram de lá na temporada passada, o que explica, em partes o baixo aproveitamento nos arremessos de quadra (40.2%). Mas Ariza ainda consegue defender em alto nível e passa a bola melhor do que a maioria de seus colegas de posição. Fez 12.8 pontos, 5.6 rebotes e 1.9 roubada em 2014-15.
12- Tyreke Evans (+1)
É sempre complicado analisar jogadores que jogam em mais de uma posição. Imagina então quando ele pode fazer três. Na lista de ontem, foi Giannis Antetokounmpo. Hoje, é Tyreke Evans. Por mais que cravem: “Ele é SG”, eu só posso dizer que não apenas. Dividiu a função de armador principal no New Orleans Pelicans com Eric Gordon quando Jrue Holiday se machucou, começou sua carreira assim no Sacramento Kings, mas, se todos estiverem saudáveis, ele é projetado para ser o ala titular. Ou ainda, pode vir do banco para fazer qualquer uma das três. Evans ainda é lembrado mais por ter feito uma excepcional temporada de calouro do que o restante de sua carreira. Ao menos, mostrou serviço no ano passado, com 16.6 pontos, 6.6 assistências e 5.3 rebotes.
13- Joe Johnson (NR, 10° ala-armador)
A carreira de Joe Johnson está indo ladeira abaixo, mas é impossível criticar sua qualidade. Não tem físico mais para ser um jogador de All Star game e, como diria um amigo meu, já cruzou o Cabo da Boa Esperança. Seu salário, de quase US$ 25 milhões nesta temporada contrasta com a tal queda clara de rendimento. É um dos maiores arremessadores no estouro do cronômetro da liga, entretanto. Obteve médias de 14.4 pontos, 4.8 rebotes e 3.7 assistências no ano passado.
14- Tobias Harris (0)
Ala ou ala-pivô? Tobias Harris é outro caso que pode fazer duas posições em quadra. O jogador do Orlando Magic se reencontra nesta temporada com o técnico Scott Skiles, com quem trabalhou no Milwaukee Bucks no começo da carreira. Hoje, porém, Harris é um atleta provado na NBA e capaz de ser um dos líderes de sua equipe. Ele evoluiu no arremesso de três e fez sua melhor temporada da carreira em 2014-15, com 17.7 pontos, 6.3 rebotes e 1.0 roubada.
15- Khris Middleton (NR)
Antes de criticar o motivo de ele estar aqui como ala, procure saber um pouco como o Milwaukee Bucks jogou na temporada passada e como é projetado para este ano. Khris Middleton pode atuar sendo ala ou ala-armador. A questão principal é que o atleta foi bem na campanha passada e promete ser ainda melhor em 2015-16, muito por conta de seu ótimo arremesso de longa distância (40.7% em 2014-15). Ele ainda fez 13.4 pontos e pegou 4.4 rebotes em cerca de 30 minutos por jogo.
16- Luol Deng (-8)
O caso de Luol Deng é um tanto curioso. O ala do Sudão tem talento de sobra, especialmente como defensor. Mas a sequência de lesões não tratadas dos tempos de Chicago Bulls parece estar sendo cobrada agora, aos 30 anos. Deng é um dos principais jogadores do Miami Heat, porém caiu em seus ombros a responsabilidade de substituir LeBron James no quinteto da equipe da Flórida. E isso é um erro, pois são dois atletas de características diferentes. Ele obteve médias de 14.0 pontos, 5.2 rebotes e acertou 35.5% dos arremessos de três em 2014-15.
17- DeMarre Carroll (+1)
Como pode um jogador ser um dos mais subestimados em uma temporada e na outra ganhar um salário de US$ 13.6 milhões? Tirando isso, DeMarre Carroll é um jogador muito aguerrido, do tipo que vai ser amado pela torcida no primeiro jogo da temporada regular. Defende muito bem, aprimorou o arremesso de longa distância, mas esse parece ser o seu teto. Obteve 12.6 pontos, 5.3 rebotes e 1.3 roubada pelo Atlanta Hawks em 2014-15.
18- Danilo Gallinari (-1)
Ah, as lesões. O italiano Danilo Gallinari é ótimo arremessador, pontua com muita facilidade, mas nunca consegue manter-se saudável. E isso não começou ontem. Desde a primeira temporada, quando vinha de fortes dores nas costas, Gallinari sofre para conseguir ficar em quadra. De 2011-12 até aqui, ele perdeu 155 partidas por contusões. Um alento para ele é que ele poderá ser um dos principais jogadores do Denver Nuggets neste ano. Ficou com médias de 12.4 pontos e 3.7 rebotes, além de 35.5% de aproveitamento nos tiros de três.
19- Jeff Green (-4)
Jeff Green é mais talentoso do que lhe é creditado. Mas seu grande problema, talvez, seja pelo fato de sempre atuar ao lado de outros jogadores mais importantes. Quando isso não aconteceu, como no Boston Celtics, era um dos cestinhas. No Memphis Grizzlies, Green é só a quarta opção ofensiva, atrás de Zach Randolph, Marc Gasol e Mike Conley. Fez 15.0 pontos e 4.2 rebotes em 2014-15.
20- Harrison Barnes (-2)
Sétima escolha do draft de 2012, Harrison Barnes ainda não decolou na NBA, muito por conta do talento que o cerca no Golden State Warriors. Barnes sabe defender e tem um arremesso respeitável de longa distância, o que o credencia a estar na lista, mesmo com várias promessas aparecendo para 2015-16. Ele obteve médias de 10.1 pontos, 5.5 rebotes e acertou 40.5% dos chutes de três.
21- Otto Porter (NR)
O jovem Otto Porter quase não jogou na primeira temporada na NBA. Ganhou algum espaço no ano passado, mas agora, a terceira escolha do draft de 2013 terá a grande chance da carreira após a saída do veterano Paul Pierce para o Los Angeles Clippers. Ele é a grande aposta de alguns membros do site para o prêmio de MIP. Ficou com 6.0 pontos, 3.0 rebotes em 2014-15.
22- Andre Iguodala (-11)
Andre Iguodala tem o mesmo problema de Harrison Barnes no Golden State Warriors: muito talento ao mesmo tempo. Mas isso não foi problema para ele, quando foi o principal marcador de LeBron James nas finais de 2014-15. De quebra, ficou com o prêmio de MVP das finais de forma muito merecida. Sua importância no ataque, porém, é pequena se comparada aos tempos de Philadelphia 76ers. Obteve 7.8 pontos, 3.3 rebotes, 3.0 assistências e 1.2 roubada em seu primeiro ano como reserva na carreira.
23- Wilson Chandler (-2)
O ala Wilson Chandler é um dos jogadores mais importantes e ao mesmo tempo mais subestimados do Denver Nuggets. Ele é muito útil dos dois lados da quadra, mas as coisas que faz nem sempre aparecem nos números. Chandler, de 28 anos, deverá dividir seus minutos entre as posições de ala, ala-armador e até mesmo ala-pivô. Garantiu médias de 13.9 pontos, 6.1 rebotes e acertou 34.2% nos arremessos de longa distância.
24- Doug McDermott (NR)
O jovem Doug McDermott pouco atuou em sua primeira temporada na NBA, mas certamente foi um dos mais contentes ao ver a chegada de Fred Hoiberg e não poderia ser diferente. O esquema do treinador do Chicago Bulls lhe favorece, e não vejo nenhum absurdo se ele for um dos candidatos ao prêmio de melhor reserva do ano. Isso se não ganhar a titularidade no meio do caminho. Olho nele.
25- Robert Covington (NR)
Persistência é o lema de Robert Covington, do Philadelphia 76ers. O jogador, esnobado no draft de 2013, será titular neste ano e deverá ter números altos o bastante para estar aqui. Tem potencial, arremessa bem de três e rouba muitas bolas, o que não significa necessariamente que é um bom defensor. Seu volume de jogo fica quase restrito ao chute de longa distância (59% das tentativas são de três). Ficou com médias de 13.5 pontos, 4.5 rebotes e 1.4 roubadas.
Amanhã tem a lista dos 25 melhores alas-pivôs para 2015-16.
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