Parece estranho, mas os melhores jogadores da NBA daqui cinco anos ainda não estrearam. A nova geração é absolutamente impressionante. Eu vi o jogo entre Metropolitans 92, da França, contra o G League Ignite. Mas sinceramente, foi entre Victor Wembanyama e Scoot Henderson, as duas primeiras escolhas do próximo Draft.
O que posso tentar descrever neste momento é que eu não vejo jovens talentos assim desde LeBron James no basquete colegial. Ou seja, os dois vão entrar na NBA e fazer história. Não tenho a menor dúvida disso.
Primeiro, Wembanyama.
Aos 18 anos e com 2,21 metros (pelo menos), o francês tem talento para jogar dentro e fora do garrafão. Ele é absolutamente dominante nos dois lados da quadra e tem uma envergadura inimaginável (2,43 metros). Corre bem, passa bem, é ótimo defensor e arremessa de longe atingindo uma altura praticamente impossível de contestar. No entanto, ele ainda não está pronto.
Sim, com todas qualidades, ele bem longe de atingir o seu teto, mas vai chegar na NBA preparado para enfrentar defesas bem mais impactantes. É óbvio que ele precisa, ainda, ganhar corpo. Mas alguém se lembra como Giannis Antetokounmpo chegou ao Milwaukee Bucks?
De qualquer forma, só de ver como ele dominou seus oponentes, é possível cravar que o atleta vai fazer história na liga.
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Agora, Henderson.
O armador, que completa 19 anos em fevereiro, é muito forte (consegue absorver o contato, sofrer falta e pontuar), rápido, explosivo, com 1,93 metros. Henderson é um futuro astro, apesar de jamais ter atuado em um jogo da NBA sequer. Já é possível cravar isso. Seu atleticismo é fora do comum, mas o que impressiona mesmo é o seu primeiro passo partindo para a cesta.
Assim como Wembanyama, Henderson ainda precisa evoluir em alguns aspectos do jogo. Ele é capaz de deixar seus oponentes perdidos, mas falta desenvolver a organização de jogadas. O arremesso de três está progredindo, mas tem um drible rápido o suficiente para criar lances sem marcação alguma.
Os dois melhores jogadores da NBA do futuro
A NBA está repleta de jovens talentos que ainda não explodiram, mas que estão a um passo do Jogo das Estrelas. Enquanto Luka Doncic, Trae Young, Ja Morant e Zion Williamson já são a realidade da liga, Anthony Edwards e, um pouco atrás, Cade Cunningham, caminham para o mesmo.
Embora Edwards esteja entrando em seu terceiro ano de Minnesota Timberwolves, ele já deverá ser o principal cestinha e, talvez, o melhor jogador da equipe em 2022/23. E estamos falando de um time que tem Karl-Anthony Towns e Rudy Gobert.
Por outro lado, Cunningham é mais organizador e trabalha melhor a posse. E como ele está em uma equipe sem grandes possibilidades de playoffs (Detroit Pistons), fica mais fácil se desenvolver como um jogador de elite.
Daqui a cinco anos, Scoot Henderson e Victor Wembanyama estarão com 23. Ou seja, a idade de Doncic.
E o esloveno, hoje, já não é um dos melhores jogadores da NBA? O astro do Dallas Mavericks é o favorito ao prêmio de MVP na temporada que está para começar, de acordo com as casas de apostas.
Duelo épico
Na noite de terça-feira, o G League Ignite enfrentou o Metropolitans 92 na cidade de Henderson, Nevada. O Ignite venceu por 122 a 115, mas o resultado em si, pouco importa. O que Victor Wembanyama e Scoot Henderson fizeram em quadra foi, de fato, um duelo épico.
Nas arquibancadas estavam Chris Paul, Devin Booker, Trevor Ariza, além de A’ja Wilson, da WNBA. Todos foram conferir de perto os talentos que vão cuidar da NBA nos próximos anos.
Adivinhe só?
Eles superaram qualquer expectativa.
Enquanto o francês registrou 37 pontos, quatro rebotes, cinco bloqueios e sete cestas de três, Henderson produziu 28 pontos e nove assistências.
Melhores momentos? Veja abaixo e fique de queixo caído.
Na próxima quinta-feira, os dois voltam a se encontrar, às 16h (horário de Brasília).
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