O Jumper Brasil dá sequência à série “Prospecto do Draft 2024″ com Matas Buzelis. O ala era um dos nomes mais badalados da classe, mas teve uma temporada instável no basquete da G League. Então, confira a análise do site para o talento de 19 anos.
Matas Buzelis
Idade: 19 anos
País: EUA / Lituânia
Time: G League Ignite (EUA)
Posições: ala/ala-pivô
Altura: 6’10″ (2,08m)
Envergadura: 6’10″ (2,08m)
Peso: 89,4 kg
Médias nesta temporada (G League): 14,1 pontos, 6,6 rebotes, 1,9 assistência, 0,9 roubo de bola, 2,1 tocos, 2,1 turnovers, 44,5% nos arremessos de quadra, 27,3% nas bolas de três pontos (com 3,4 tentativa por jogo) e 67,9% nos lances livres (com 2,2 tentativas) em 32,0 minutos por jogo
Atributos físicos e atléticos
– Buzelis, para começar, possui uma ótima estatura para um combo forward na NBA, do alto de seus 2,08m. Por outro lado, decepciona com uma envergadura que “empata” com o seu tamanho com tênis;
– Destaca-se, a princípio, mais pela agilidade e equilíbrio em movimento do que por ser explosivo do ponto de vista atlético. Não salta aos olhos, mas é um atleta funcional dentro de quadra;
– O prospecto, como esperado, vai precisar de um trabalho de aprimoramento físico assim que chegar à NBA. Exibiu problemas para lidar com jogo físico na G League, embora não tenha se deixado “intimidar” por isso.
Ataque
– Trata-se de um mismatch ambulante pela capacidade de atacar em espaço com a sua estatura. A capacidade de atacar closeouts e defensores mais lentos, como resultado, pode “brilhar” no espaçamento da NBA;
– É um jogador subestimado na movimentação e posicionamento sem a posse da bola. Buzelis mostra muita inteligência preenchendo linhas de passe em transição e atacando espaço como cutter, por exemplo.
– Não é o “carro-chefe” do seu jogo, mas ele deu sinais positivos explorando jogadores mais baixos no post. Essa virtude torna-se mais “provada” porque atuou contra atletas profissionais na G League;
– Buzelis projeta ser um arremessador bem melhor do que os seus números da última temporada sugerem. Exibe uma forma compacta e, mais do que isso, converteu 43% dos tiros de três pontos no ano final de high school;
– Bom e seguro passador que dinamiza o ataque simplesmente por manter a bola em movimento. Eu não acho que vá ser o seu papel na NBA, mas chegou a atuar como armador no basquete colegial;
– Tem uma atuação sólida na tábua, se não espetacular. Faz um ótimo trabalho, em particular, atacando os rebotes ofensivos e acumulou um número interessante de putbacks na G League;
– Ele oferece um “leque” de opções de desenvolvimento por causa de sua versatilidade funcional no ataque. Há caminhos para que Buzelis ajude um sistema ofensivo mesmo quando o arremesso não está caindo.
Defesa
– Por enquanto, o prospecto não é um grande defensor individual contra profissionais. Entrega-se muito, mas não mostrou velocidade para marcar armadores ou físico para fazer frente a alas e pivôs mais corpulentos;
– Compensa isso, no entanto, como um dos melhores marcadores coletivos da classe. Ele até tem lapsos ocasionais, mas, em geral, possui uma raríssima combinação de inteligência e instinto com disciplina;
– Buzelis pode assumir a (surpreendente) função de protetor de aro secundário, pois registrou 2,1 tocos em média na G League. Com o tempo, eu acredito que possa até atuar como pivô em formações baixas e leves;
– O que me impressiona no jogo defensivo do jovem é como utiliza a sua envergadura. Ele parece mais “longo” do que as medições por causa da noção de posicionamento e leituras inteligentes como marcador.
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Pontos fracos
– Em geral, viveu uma temporada ruim e ineficiente na G League. Atuou por um Ignite que deu errado demais e, além disso, ainda sofreu uma lesão durante o ano. Não por acaso, o time acabou depois desse ano;
– Eu confio no arremesso de Buzelis, mas não se pode ignorar os fatos. Acertou menos de 28% das tentativas de longa distância na temporada passada. Analisando os seus erros, suspeito que o seu chute pode simplesmente não ter alcance;
– Foi bem ineficiente, em particular, quando teve a bola nas mãos no G League Ignite. Apesar do passado como point forward, tenho a impressão de que não seja um jovem para ter a posse por muito tempo;
– Não é um jogador para criar desequilíbrio em isolations, por exemplo. A maioria das situações em que pontuou assim na última campanha foram contestadas porque não foi capaz de criar separação para marcadores;
– Buzelis não me parece ser um atleta de decisões rápidas ou visão de quadra apurada no lado ofensivo da quadra. Não confio, por isso, que seja alguém para ter a bola nas mãos por muito tempo;
– Um prospecto não pode ser culpado pela forma como é visto pelos outros, mas noto um equívoco na projeção do seu papel futuro. Nem todo bom passador, afinal, é um armador em potencial;
– No fim das contas, tudo é uma questão de expectativa e realidade. Buzelis costumava ser vendido como um astro em potencial, mas, por enquanto, tende a ser muito mais um coadjuvante esforçado.
Conclusão
Matas Buzelis começou a temporada como um candidato à primeira escolha do draft de 2024. Mas as suas chances “morreram abraçadas” com o projeto da G League Ignite. Ainda acredito que, a princípio, o lituano-americano tem muitos recursos que a NBA busca em um ala-pivô moderno. Tudo vai girar, então, em torno do arremesso. Isso pode ser a diferença entre ele ser um titular ou estar fora da liga em cinco anos.
Comparações: Deni Avdija (Wizards) e Joe Ingles (Magic)
Projeção: TOP 10
Confira alguns lances do prospecto do Draft 2024, Matas Buzelis
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