Manu Ginobili tornou-se um dos novos integrantes do Hall da Fama no último final de semana. O ídolo do San Antonio Spurs, no entanto, se vê como um “eleito diferente” no templo máximo do basquete. A nomeação do Naismith Memorial é resultado, em suma, da carreira e feitos avulsos de um atleta. Mas, sem grandes prêmios individuais na liga, o argentino avalia sua eleição como um tipo de triunfo coletivo.
“Eu nunca fui o cestinha ou MVP da temporada. Nem fui eleito para um quinteto ideal da liga, aliás. Cheguei aqui por causa de todos que estavam ao meu redor – os atletas com quem joguei e os treinadores com quem trabalhei. Então, isso não é um feito individual. Entrar aqui é uma vitória coletiva, pois sinto que sempre estive no lugar certo, na hora certa”, explicou o ex-ala-armador, em entrevista à ESPN.
Os feitos individuais de Manu Ginobili na NBA, realmente, não estão à altura de outros integrantes do Hall da Fama. Ele só possui, em síntese, duas seleções para o Jogo das Estrelas e terceiro time ideal da liga. Foi escolhido, além disso, melhor reserva da liga em 2008. Vale ressaltar que o craque, no entanto, conquistou uma série de prêmios individuais enquanto atuava no basquete europeu.
Mais marcante
Muito mais marcante em sua carreira nos EUA, certamente, foram as vitórias coletivas. Ginobili, afinal, foi quatro vezes campeão da NBA pelo Spurs – incluindo na temporada de calouro, disputando todos os jogos dos playoffs. No basquete internacional, então, sua lista de títulos é absurda. Todas as conquistas são importantes, mas o argentino admite que um título na liga deixou um sentimento especial.
“O título de 2014 foi o grande momento da minha carreira na NBA, certamente. Não foi apenas uma conquista, um momento alegre, mas também uma terapia para o elenco inteiro. Exorcizamos muitas coisas, por exemplo. O campeonato ajudou a aliviar várias dores do nosso grupo, em síntese. Nós alcançamos um estado de tranquilidade diária depois daquela vitória”, contou o veterano, analisando em retrospecto.
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