A temporada 2023/24 da NBA começa no próximo dia 24 e, hoje, vamos falar sobre o Charlotte Hornets. A franquia de North Carolina está em uma situação complicada. Afinal, não disputa os playoffs desde 2016. Além disso, polêmicas fora da quadra prejudicam a reputação da equipe.
Miles Bridges, por exemplo, foi preso por violência doméstica, em outubro do ano passado. Por isso, o ala de 25 anos não jogou a última temporada. Também foi suspenso pela NBA. Assim, ele vai desfalcar o Hornets nos primeiros dez jogos de 2023/24. Para piorar, Bridges foi preso novamente por violar a condicional, mas liberado sob fiança.
Kai Jones, por sua vez, criticou os companheiros nas redes sociais, durante a offseason. Como resultado, o atleta de 22 anos ficou sem clima na franquia e foi dispensado. Mentalmente, Jones parece estar com problemas.
Em quadra, os principais jogadores do time não conseguem ficar saudáveis. LaMelo Ball disputou somente 36 partidas na última campanha. Gordon Hayward, por outro lado, atuou em 50 jogos. O veterano, aliás, tem um histórico de lesões.
Como ser competitivo com tantos problemas? O abacaxi está nas mãos do técnico Steve Clifford. Ah, e a franquia tem um novo dono. O icônico Michael Jordan pediu o boné e vendeu as ações majoritárias para a dupla Gabe Plotkin e Rick Schnall.
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O elenco
G | 10 | Bailey, Amari (TW) | 1.96 m | 84 kg |
G | 1 | Ball, LaMelo | 2.01 m | 82 kg |
F | 12 | Black, Leaky (TW) | 2.06 m | 95 kg |
G | 2 | Bouknight, James | 1.93 m | 86 kg |
F | 0 | Bridges, Miles | 2.01 m | 102 kg |
F | 20 | Hayward, Gordon | 2.01 m | 102 kg |
G | 22 | Hunter, R.J. | 1.96 m | 84 kg |
G | 9 | Maledon, Théo (TW) | 1.93 m | 79 kg |
F | 11 | Martin, Cody | 1.98 m | 93 kg |
G | 7 | McGowens, Bryce | 2.01 m | 81 kg |
F/C | 31 | Mensah, Nathan | 2.08 m | 104 kg |
G/F | 24 | Miller, Brandon | 2.06 m | 91 kg |
C | 46 | Nnaji, James (DP) | 2.11 m | 113 kg |
G | 44 | Ntilikina, Frank | 1.93 m | 91 kg |
C | 4 | Richards, Nick | 2.13 m | 111 kg |
G | 3 | Rozier, Terry | 1.85 m | 86 kg |
G | 8 | Smith, Nick Jr. | 1.96 m | 84 kg |
G | 45 | Sumner, Edmond | 1.93 m | 89 kg |
F | 21 | Thor, JT | 2.06 m | 92 kg |
F | 25 | Washington, P. J. | 2.01 m | 104 kg |
C | 5 | Williams, Mark | 2.13 m | 110 kg |
Movimentações na offseason
Chegaram: Brandon Miller, Nick Smith, Amari Bailey, Frank Ntilikina, TJ Hunter, Nathan Mensah, Edmond Sumner
Saíram: Kelly Oubre, Dennis Smith, Kai Jones
O técnico
Steve Clifford está em sua segunda passagem pelo Hornets. Na primeira, ele comandou o time entre 2013 e 2018. Ou seja, era o técnico na última vez que a equipe foi aos playoffs. Posteriormente, ele treinou o Orlando Magic (2018-2021). Mas, no ano passado, retornou à franquia de Charlotte.
Desta vez, o desafio de Clifford é mais complicado. O elenco é fraco, os destaques do time ou estão lesionados ou presos por violência doméstica. O Hornets se tornou uma franquia disfuncional sob a tutela de Jordan.
Acima de tudo, o treinador gosta de montar defesas sólidas. Foi assim em seu período inicial em Charlotte. Na última temporada, por exemplo, mesmo com a campanha pífia (quarta pior), a equipe teve a vigésima defesa da liga. Mas, ofensivamente, o Hornets foi o pior. Também pudera, LaMelo desfalcou o time em 46 partidas…
Agora, a missão de Clifford é dar equilíbrio ao time. Defensivamente, o Hornets não será ruim. O foco, então, é melhorar o ataque. Com LaMelo saudável, e a confiança em uma boa temporada de estreia do novato Brandon Miller, a equipe espera não passar vergonha nesse lado da quadra.
O perímetro
A princípio, LaMelo Ball e Terry Rozier são titulares. A dúvida, portanto, fica na posição 3. Miller e Hayward disputam a vaga.
Com LaMelo, o Hornets se torna mais forte no ataque. Afinal, ele é um armador criativo, que combina uma visão de quadra acima da média com a capacidade de pontuar. A torcida é para o jovem astro permanecer saudável. Nesta offseason, LaMelo fechou uma extensão recorde com o Hornets e vai se tornar o jogador mais bem pago da história da franquia. Ou seja, ele é o “cara” do time.
Rozier, por sua vez, é o melhor defensor de perímetro do time. Além disso, ele consegue ajudar na pontuação. O camisa 3 também é o criador principal quando LaMelo está fora ou no banco.
Para a rotação de armadores, o Hornets trouxe o especialista defensivo Frank Ntilikina. A tendência é o francês disputar minutos com o novato Nick Smith, que, por outro lado, tem talento para pontuar.
Na ala, Miller é a aposta do Hornets. Segunda escolha do último Draft, o jogador de 20 anos também tem um problema extra-quadra. Afinal, ele é pessoa de interesse na investigação do assassinato de uma mulher. Miller levou uma arma até um companheiro do time da Universidade do Alabama, que, em seguida, utilizou-a para cometer o crime. No entanto, o jovem ala não foi acusado de participação no homicídio. Mas, cá entre nós, a franquia de Charlotte gosta de atrair problemas…
Já Hayward está no último ano de contrato. Há três temporadas, o Hornets investiu pesado para contratá-lo. Mas, em quadra, o retorno foi lastimável. O jogador de 33 anos simplesmente não se mantém saudável. Atuou em 143 de 236 jogos possíveis. Ou seja, desfalcou o time em 40% das partidas. Enfim, vou ficar surpreso se Hayward não for trocado durante a temporada.
O garrafão
Com Miles Bridges fora dos primeiros jogos, PJ Washington será o ala-pivô titular. Ao lado dele, o jovem Mark Williams. A dupla até que se complementa bem. Washington sabe espaçar a quadra, enquanto Williams tem uma presença física imponente na proteção do aro.
Nesta offseason, Washington renovou com o Hornets por três temporadas, em um acordo de US$48 milhões. Ou seja, a franquia confia no jogador de 25 anos. Décima segunda escolha do Draft de 2019, o camisa 25 já disputou 260 partidas por Charlotte. O jogador, aliás, vem da melhor temporada da carreira. Em 2022/23, Washington alcançou médias de 15,7 pontos, 4,9 rebotes e 2,4 assistências.
Além disso, o ala-pivô foi o primeiro atleta da história da franquia a ter médias de pelo menos duas bolas de três e um toco por partida. Washington também foi o único da equipe a atuar em mais de 70 jogos (73) na última campanha. Ou seja, tem durabilidade.
Já o segundanista Williams terá a oportunidade se firmar na posição 5. Aos 21 anos, ele é a esperança do Hornets no garrafão. A expectativa fica por conta da evolução do trabalho ofensivo do pivô perto da cesta. O reserva imediato de Williams será Nick Richards, que deixou uma boa impressão quando teve minutos na última temporada.
Análise geral
Lesões, problemas extra-quadra, um elenco com pouca profundidade. Steve Clifford realmente terá muito trabalho em 2023/24. O Hornets se tornou uma piada na NBA pelos vexames dos últimos anos. Um time fraco, mal gerido, que pouco empolga a torcida. O Michael Jordan atleta é o maior da história do esporte. Já o dirigente…. Deixou muito a desejar. Espero que, agora, os novos donos deem um rumo à franquia, que parece à deriva.
O gerente-geral Mitch Kupchak, aliás, está fazendo hora extra em Charlotte. Um trabalho ruim que já dura cinco anos. Já que a franquia tem nova direção, o ideal seria uma reconstrução. Mais uma… Mas, desta vez, sem Kupchak, sem o agressor de mulheres. Talvez até com uma mudança no comando técnico. Clifford não é lá o nome ideal para desenvolver um elenco jovem.
Enfim, o melhor caminho seria o de remontar o time em torno de LaMelo Ball. O núcleo atual já mostrou que não vai a lugar algum. Aposta em jovens, foca nas próximas escolhas do Draft. O Hornets precisa de uma sacudida, apertar o botão de reset. A não ser que a franquia tenha a intenção de continuar na mediocridade.
Quanto à nossa previsão, não dá para acreditar que Charlotte tenha time para chegar à pós-temporada. Até mesmo o play-in parece distante. O Leste não tem mais tanto time priorizando o tank. Então, é temporada para os novatos terem espaço no Hornets. Por isso, a vice-lanterna da conferência parece ser o cenário mais provável.
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