A estreia do fenômeno Luka Doncic nos playoffs, para variar, reescreveu os livros de recordes da liga nessa segunda-feira. O jovem astro quebrou mais uma marca histórica da liga ao registrar a maior pontuação de um atleta em seu primeiro jogo de pós-temporada: foram 42 pontos na derrota do Dallas Mavericks para o Los Angeles Clippers. Apesar do feito, ele ficou muito mais focado em outro número após a partida: os 11 desperdícios de bola cometidos na noite.
“Foi uma atuação terrível. Eu nunca poderia cometer 11 erros de ataque em uma partida. Nunca cometi tantos em um mesmo jogo. Seriam mais 11 posses para o nosso time. Imagine isso! Tenho muitos pensamentos sobre o meu desempenho, mas, no fim das contas, o principal é que preciso jogar muito melhor do que isso. Muito melhor”, disparou o ala-armador, que também pegou sete rebotes e distribuiu nove assistências no revés por 118 a 110.
Apesar do problema com turnovers, Doncic foi o principal impulsionador da equipe para manter-se com chances de vitória no segundo tempo, logo após a expulsão de Kristaps Porzingis. Ele marcou 23 pontos, encestando oito de 13 arremessos tentados, nos dois últimos períodos. Enquanto esteve em quadra, o craque fez a conversão ou deu assistência para 66 dos 82 pontos anotados pelos texanos.
“Luka é um guerreiro. Sempre vai lutar em quadra, nunca abaixará a cabeça e tem uma postura muito positiva com seus companheiros. É um líder que não se deixa desencorajar. Seu volume ofensivo é tão alto que ele vai ter mais desperdícios de bola do que a maioria dos atletas mesmo. Nós colocamos muita responsabilidade, na verdade, em seus ombros – e ele responde”, exaltou o técnico Rick Carlisle.
O único aspecto que Doncic conseguiu elogiar depois da atuação inédita na história da NBA foi o espírito do time, na luta por superar os seus erros ao longo da noite. “Onze desperdícios é muita coisa para quem quer vencer. E eu só quero vencer. É por isso que estou muito orgulhoso da atuação da equipe. Acho que lutamos até o fim. Tentamos. Estou realmente orgulhoso do grupo”, concluiu o prodígio esloveno.
