Love quer aproveitar Olimpíadas para retomar carreira na NBA

Surpresa da seleção norte-americana, ala-pivô se vê em ótimas condições físicas para reencontrar melhor basquete em Tóquio

love carreira nba olimpíadas Fonte: Ethan Miller/AFP

Nenhum país possui maior disponibilidade e variedade de talento no mundo do basquete do que a seleção norte-americana. Então, com tantos grandes jogadores elegíveis, é mais do que compreensível que um nome tenha provocado surpresa na convocação dos EUA para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Em péssimo momento, Kevin Love abraçou o convite para disputar as Olimpíadas como uma chance de revitalizar a carreira na NBA. 

 

“Eu sinto estar na melhor forma física em muito tempo e tenho muita coisa para provar aqui, pois compreendo as críticas que recebo. Venho de uma temporada em que não fiz muitas partidas e não estive nada bem tecnicamente também. Tenho bastante a provar e acredito que participar das Olimpíadas vai ser instrumental para que possa voltar aos trilhos”, contou o ala-pivô do Cleveland Cavaliers, em entrevista nessa terça-feira.  

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O inesperado convite para Love veio em uma ligação feita pessoalmente pelo técnico da seleção, Gregg Popovich. O comandante do San Antonio Spurs aposta que o arremesso de longa distância e capacidade de brigar por rebotes no garrafão do astro poderão ser importantes enfrentando experientes equipes europeias no Japão. Para isso, porém, o veterano treinador avisa que fará o jogador merecer o seu espaço no elenco.  

 

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“Nós vamos forçá-lo a trabalhar muito nas próximas quatro ou cinco semanas. O nível de exigência será enorme. Eu aposto que, definitivamente, isso vai recolocar Kevin no ritmo que precisa para seguir jogando na NBA. Acho que essa é uma das grandes razões pelas quais aceitou nosso convite e quis estar aqui. Ele quer voltar a ser o jogador que já foi”, revelou Popovich, que tentará vencer o primeiro título no comando do Team USA. 

Outro fator importante que pesou para a convocação de Love é a experiência que já tem em competições internacionais com a seleção. Ele participa de treinos da USA Basketball desde 2007 e esteve presente nas campanhas que renderam o título mundial em 2010, na Turquia, e a medalha de ouro olímpica em Londres-2012. E esse histórico, claro, não conta os mais de 700 jogos realizados na NBA e a conquista do título da liga em 2016.   

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“Eu já tenho 13 temporadas de experiência nessa liga. Já ouvi todas as críticas possíveis e aprendi que tudo o que posso fazer para diminuir isso é entrar em quadra e perseguir meu melhor basquete. Treinar e ver como posso ajudar nosso time. Caso só dependa de minha recuperação para que a nossa equipe vença, estou pronto para fazer acontecer”, cravou o veterano, prometendo esforço máximo defendendo os EUA. 

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Na última temporada, Love só conseguiu disputar 25 partidas do Cavaliers por conta de uma insistente lesão na panturrilha. Ele foi limitado a média de 12.2 pontos – a menor desde a campanha de novato –, além das piores marcas da carreira em rebotes (7.4) e minutos de ação (24.9). Tais números não são sombra dos 18.0 pontos, 11.0 rebotes e 2.4 assistências que acumula em sua trajetória no basquete profissional. 

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