Lenda do Pacers, George McGinnis morre aos 73 anos

Integrante do Hall da Fama conduziu equipe de Indianapolis a dois campeonatos da extinta ABA

lenda pacers george mcginnis Fonte: Maddie Meyer / AFP

O basquete de Indianapolis acordou de luto nessa quarta-feira. O Pacers anunciou que a lenda George McGinnis morreu aos 73 anos, por causa de complicações de um ataque cardíaco. O ex-jogador liderou o time na conquista de dois títulos da extinta ABA e, com isso, consolidou-se como um dos maiores nomes da história da franquia. Ele havia sido eleito para o Hall da Fama na classe de 2017.

“George foi um campeão e um atleta digno do Hall da Fama, mas muito mais do que só isso. Ele era família para a nossa organização. Era um apaixonado defensor do legado dos seus colegas da ABA e, ao mesmo tempo, um sorriso presente em nossa franquia. Foi tão símbolo desse time quanto qualquer outro atleta e, por isso, vamos sentir muito a sua ausência”, lamentou a família Simon, dona do time.

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Segundo a equipe, McGinnis sofreu o problema do coração na última semana e estava no hospital desde então. Jornalistas informaram que ele já respirava só com a ajuda de aparelhos depois do enfarte. Alguns meios chegaram a noticiar a sua morte na última segunda, mas desmentiram a notícia rapidamente. Sabe-se, no entanto, que o ex-atleta já estava em condição crítica naquele momento.

Os últimos anos foram difíceis do ponto de vista de saúde para o ala-pivô aposentado, pois passou por vários problemas. Ele tinha dificuldades de locomoção por causa de várias cirurgias nas costas a que foi submetido recentemente. Ele tinha uma doença hereditária na região que quase deixou-o sem andar. Mesmo assim, o ídolo era uma presença esporádica em jogos do Pacers.

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Homem de Indiana

“George McGinnis foi a definição de uma lenda do basquete não só para o Pacers, mas para o estado de Indiana”. A declaração da nota da família é bastante adequada. Afinal, a história de glórias do craque confunde-se com alguns dos mais célebres momentos da história da modalidade local. Ele nasceu, cresceu e começou a sua carreira profissional no estado.

Para começar, ele foi parte do time da Escola George Washington que venceu o título estadual invicto em 1969. Foi eleito o melhor jogador de Indiana naquele ano. Trata-se, até hoje, de uma das melhores equipes colegiais da história do estado. Em seguida, ele foi para a Universidade de Indiana e também fez história por lá. Tornou-se o primeiro segundo-anista a liderar a conferência Big Ten em pontos e rebotes.

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Embora tenha sido selecionado pelo Philadelphia 76ers no draft da NBA, McGinnis decidiu iniciar a carreira antes do recrutamento. E jogar pela equipe local na ABA: o Pacers. Como resultado, seguiu a sua impressionante carreira como um ídolo local. Ele foi três vezes all-star da extinta liga, enquanto levou a equipe a dois títulos (1972, 73). Seria cestinha e MVP da liga, além disso, em 1975.

Na NBA, o ala-pivô atuou por Philadelphia 76ers e Denver Nuggets nos anos seguintes. Foi eleito para mais três Jogos das Estrelas e dois quintetos ideais da temporada, para resumir. Encerrou a carreira, no início da década de 1980, retornando ao Pacers com status de lenda da franquia. Ele é uma das quatro camisas aposentadas pela equipe, ao lado de Mel Daniels, Roger Brown e Reggie Miller.

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Lembranças

O que sabemos das atuações de McGinnis na ABA tem base no relato vocal, pois os registros em vídeo são limitados. Mas quem o viu em quadra não esquece. O ala-pivô possuía uma combinação de força física e habilidade à frente do seu tempo. A sua imposição física, aliás, marcou época na extinta liga. O técnico do Pacers, Rick Carlisle, garante que ver o falecido astro em quadra no auge da carreira foi inesquecível.

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“Ele era a mescla definitiva de força corporal bruta e incrível técnica. Acho que nunca vi uma pessoa com mãos tão grandes na vida, além disso. Ele costumava sair do drible e arremessar com uma mão por isso. Era algo único, certamente. Um daqueles movimentos que eram marca registrada de um jogador, pois ninguém mais fazia isso”, contou o experiente treinador.

A lenda Julius Erving compartilhou o prêmio de MVP da ABA em 1975 com George McGinnis, ainda no Pacers. Foi um dos melhores jogadores que enfrentou na carreira. “Até LeBron James aparecer, eu nunca havia visto outro jogador com as capacidades físicas de George em uma quadra. Ele tinha um corpo como o do Superman, em síntese”, explicou o lendário “Dr. J”.

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