Lembra dele? Josh Childress tinha carreira promissora na NBA, mas brilhou fora dos EUA

Sem muito espaço nos EUA, ele fez boa parte da carreira jogando fora

Josh Childress carreira NBA Fonte: Scott Cunningham / AFP

Ser escolha de primeira rodada no Draft é o sonho de muito jovem americano. Então, imagine ver seu nome ser o sexto chamado em um recrutamento que tinha Dwight Howard, Andre Iguodala, Emeka Okafor e Ben Gordon. Foi o que aconteceu com Josh Childress, quando o Atlanta Hawks o selecionou para iniciar sua carreira na NBA. Embora fosse muito promissor, especialmente pelo último ano de Stanford, Childress acabou brilhando mesmo fora dos EUA.

Apesar de fazer um grande ano no início da carreira, Josh Childress não conseguiu expandir seu jogo na NBA. Ele até apresentou um ótimo arremesso de três no segundo ano (49.2%), mas com menos de uma tentativa por jogo. O problema é que, quando todo mundo imaginava que ele fosse crescer de produção (algo natural para um jogador de segunda ou terceira temporada), isso não aconteceu.

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Seu jogo ficou estagnado, enquanto o arremesso já não tinha mais o mesmo aproveitamento. Nem de longe. Então, ao fim de seu contrato com o Hawks, veio uma chance de mudar completamente as coisas em sua vida. Childress recusou uma extensão com Atlanta, que lhe renderia algo em torno de US$33 milhões por cinco anos. Ao invés disso, o Olympiacos, da Grécia, ofereceu US$20 milhões, mas por três temporadas.

Acontece que, com as taxas aplicadas nos EUA, os US$20 milhões eram equivalentes a US$32.5. Ou seja, era muito mais vantajoso. Além disso, ele ganhou um acordo com a Nike, empresa que patrocinava o clube grego. No entanto, seus direitos seguiam presos ao Hawks na NBA. Assim, ele tinha a obrigação de rejeitar a opção com Atlanta a cada ano que estava na Grécia.

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Mas dentro de quadra, as coisas eram diferentes. Enquanto na NBA Josh Childress encaminhava para ter uma carreira como reserva, na Europa ele era um ídolo. E recebendo valores similares aos dos EUA. Então, ele não pensou duas vezes.

“Jogar fora dos EUA foi legal porque tive a chance de conhecer times que nunca tinha ouvido falar”, disse. “Mas o mais legal foi jogar contra torcidas adversárias em um clima hostil. Não tem nada parecido na NBA”.

Em 2010, entretanto, o Hawks trocou seus direitos para o Phoenix Suns. Ele aceitou a opção do time texano para receber cerca de US$19.5 milhões por três temporadas. Mas sem o mesmo espaço que tinha na Europa, Childress ficou descontente com o que estava acontecendo. Então, em 2012, Suns e ele entraram em acordo para encerrar seu contrato. Em seguida, o atleta fechou com o Brooklyn Nets.

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Mas o resultado foi o mesmo. Ele ainda seguir nos EUA, principalmente por conta de família e amigos. Em 2013, veio uma chance de jogar no New Orleans Pelicans, após ele assinar e não ficar no Washington Wizards. No entanto, com raras aparições, ele pediu para o time o dispensar.

Era o fim da carreira de Josh Childress na NBA, aos 30 anos. Ele ainda recebeu uma chance de retornar anos depois. Mas Childress ainda estava longe de parar, pois sentia que poderia contribuir com o basquete.

Austrália, G League e Japão

Em 2014, o Sidney Kings o chamou para uma experiência diferente, na Austrália. Apesar de não ter o mesmo nível do basquete europeu ou da NBA, ele topou. Em seu primeiro ano, médias de 21.1 pontos, 9.2 rebotes, 4.2 assistências e 2.1 bloqueios. Na segunda temporada, ele teve números similares, mas com 46.2% no perímetro.

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Sabendo que ainda tinha condições de jogar, Josh Childress tentou mais uma vez jogar na NBA, mas via G League. Sem sucesso, entretanto. Após oito jogos, ele sentia falta de competitividade e, obviamente, de um salário melhor. Então, veio uma chance de atuar no Japão, pelo San-en NeoPhoenix.

Nesse meio tempo, ele passou pela Big 3, liga de Ice Cube e ganhou um contrato com o Denver Nuggets, mas foi dispensado antes do início de 2017/18.

Após uma temporada no basquete japonês, ele recebeu uma proposta de voltar para a Austrália, mas no Adelaide 36ers. No entanto, as inúmeras lesões que acumulou na carreira interromperam a ideia e ele retornou ao Japão para mais um ano.

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Ali acabava uma carreira que poderia ser bem melhor na NBA, mas por conta de oportunidades, ele preferiu atuar fora dos EUA.

Fora de quadra

Em 2013, durante a passagem pelo Nets, Childress aproveitou para concluir seu curso de sociologia em Stanford. Com uma nota considerada boa para um aluno comum (e ótima para um jogador de basquete, que cuida muito mais do esporte), ele recebeu a graduação naquele ano. Ou seja, ele preparou-se para o fim de sua fase como atleta, mas planejava ficar por perto de alguma forma.

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Já em 2020, após encerrar a carreira, ele ajudou no desenvolvimento de jovens jogadores na academia dos EUA.

Por fim, Childress recentemente tornou-se investidor na East Asian Super League, a EASL, uma liga que vem crescendo rapidamente. Ou seja, ele vem trabalhando para fortalecer o basquete por onde passa, além de ser um empresário.

Childress aplicou o dinheiro que recebeu jogando em imóveis e em empresas.

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“Eu tenho uma empresa de investimentos. Invisto em diversas coisas, como em imóveis, em esporte, como na EASL. Mas estamos tentando fazer diversos tipos de coisas, o que me ajudam a manter trabalhando o tempo todo”, disse, em entrevista ao site Basketball News.

Hoje, aos 40 anos, ele afirma que seus sonhos foram realizados como jogador, mas jamais vai esquecer o dia que ouviu seu nome na noite do Draft.

“Para um jogador que está em início de carreira, foi um sonho finalmente acontecendo. Era algo que, como criança, você sempre via na TV. Então, foi uma experiência incrível”, concluiu.

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