É preciso ter um lado entre LeBron James e Michael Jordan?

Dois dos melhores jogadores de todos os tempos são comparados o tempo todo

Michael Jordan LeBron James Fonte: Streeter Lecka / AFP

Rivalidades. Elas sempre ditaram o ritmo do jogo. Não importa se é entre Larry Bird e Magic Johnson ou LeBron James e Michael Jordan. É natural, até pelo fato de ser comercialmente interessante para todo mundo. Mas é realmente necessário ter um lado entre dois grandes jogadores?

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Tudo bem. A própria NBA iniciou o processo quando passava por um período de baixa. Afinal, a década de 70 foi um desastre para a liga. Wilt Chamberlain e Bill Russell se aposentaram e o esporte estava carente de ídolos. Enquanto os ginásios estavam vazios, com jogadores pouco comprometidos tudo parecia ir pelos ares. Até que a rivalidade entre Bird e Johnson, do basquete universitário, mudou tudo.

E é fato. Aquilo colocou “pilha” no fã de basquete e fez com que a NBA voltasse a ser atrativa. Comercialmente, perfeito. Mas é bom lembrar que a final de 1979 entre Michigan State e Indiana State foi apenas o primeiro capítulo Magic x Bird. Depois, foram outras três decisões envolvendo Los Angeles Lakers e Boston Celtics.

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Então, aquilo durou até o início dos anos 90, quando Jordan começou a vencer tudo. Mas o Chicago Bulls não tinha exatamente um adversário, né? Depois de superar o Lakers de Magic, o Portland Trail Blazers de Clyde Drexler e o Phoenix Suns de Charles Barkley, ficou meio óbvio que o camisa 23 era, não só o melhor jogador, mas um vencedor.

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Mas houve um hiato, justamente quando Jordan parou de jogar.

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A NBA ficou sem um rei, um dono. E aquilo deu uma chacoalhada na liga. Quem era o próximo Michael Jordan?

Por mais que Harold Miner, Jerry Stackhouse, Allen Iverson e Grant Hill fossem os eleitos pela imprensa e pela própria liga, não havia um próximo MJ. Bem, ao menos, ninguém que pudesse fazer toda a diferença. Enquanto Miner não passou de um campeão no torneio de enterradas, Stackhouse não atingiu o que se esperava (apesar de dias convocações para o All-Star). Iverson até disputou uma final, foi MVP, mudou o conceito da NBA em vários sentidos, mas nunca foi um Jordan. Por fim, Hill sofreu com lesões após a passagem pelo Detroit Pistons e ficou longe do topo.

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Jordan voltou (outras duas vezes), foi campeão, MVP, virou presidente de time e, finalmente, se aposentou.

Kobe Bryant foi o jogador mais próximo dele, por conta de seus movimentos em quadra, fome de vitória, foco e tudo mais. Mas por vencer três vezes o título ao lado de Shaquille O’Neal, nos debates sobre o melhor de todos os tempos, Kobe não aparece entre os cinco. Às vezes, nem entre os dez.

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Só que, quando LeBron James veio direto do colégio, com toda a atenção da mídia, havia a chance de ele ser um novo Michael Jordan.

Michael Jordan x LeBron James

Existe um certo nível de pressão de todos os lados. Seja para a gente não se esquecer do passado ou para enaltecer o presente, tal pressão exige para escolher um dos lados. Quem é o melhor, afinal? E quem é o maior?

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Sério. É legal para o debate, mas tem a necessidade de odiar um para colocar o outro no topo?

Cristiano Ronaldo e Messi que o digam. Foi assim por mais de uma década e, mesmo assim, existe o grupo que odeia um para dizer que o outro foi melhor.

Então, quando falam de LeBron e Jordan, é sempre à mesma medida. Por que não podemos falar (ou escrever) que ambos são geniais? Claro, é possível escolher um ou outro por gosto pessoal ou torcida por um time, mas por birra?

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Sim, muita gente não acha que James esteja nem entre os três primeiros (um absurdo), enquanto outros acreditam que Jordan não era completo (o que é um absurdo, também). Mas aí voltamos ao gosto pessoal ou pela torcida. Ou não?

É natural que exista uma certa barreira quando jogador X esteja próximo de superar o jogador Y. E nem estou dizendo que seja o caso aqui, mas se a pergunta acontece sobre futebol, alguém superou Pelé? Mas depente, ainda, onde e em que época a pergunta é feita.

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É tão absurdo dizer que Cristiano Ronaldo ou Messi foram melhores? Se a pergunta acontece no Brasil, a resposta esmagadora é que sim. Mas e na Argentina e em Portugal? E na Europa, como um todo? E daqui 20 anos, ainda será Pelé?

O mesmo acontece envolvendo LeBron James e Michael Jordan. Em duas décadas, qual será a resposta? E será que não vai aparecer um outro até lá para tomar o posto?

Preferências…

Existem diferenças entre os estilos de jogos dos dois. Enquanto um é mais organizador, o outro era mais cestinha. Apesar de tudo isso, Jordan teve temporada de oito assistências por jogo. Por outro lado, LeBron já liderou a NBA em pontos por jogo. Fora o que ambos foram defensivamente. Claro, Jordan jogava em outra época, com outras regras, mas James é conhecido por uma das jogadas mais incríveis da história da liga com aquele toco em cima de Andre Iguodala.

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Não que o toco defina sua carreira, mas foi algo rotineiro em duas décadas na liga.

Enquanto isso, LeBron segue jogando. Quando ele parar, talvez, a discussão seja mais justa.

De qualquer forma, existem vários motivos para gostar mais de um do que o outro. Inúmeros. Você pode falar das finais que LeBron perdeu ou sobre Jordan ser um companheiro não muito legal. Ainda, tem a opção de ler e ouvir de ex-jogadores o que eles pensam.

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Mas em hipótese alguma podemos negar que são dois dos maiores ou melhores que já passaram pela liga.

 

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