LeBron é gênio, mas sozinho fica difícil

Algumas pessoas que não gostam de LeBron James podem estar pensando que o Jumper Brasil vai falar outra vez sobre ele e enaltecer o jogador midiático que é. Bem, você está certo duas vezes. Eu vou enaltecer LeBron e sim, ele é midiático. Mas é mais que isso. Você deve se lembrar que há pouco […]

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Algumas pessoas que não gostam de LeBron James podem estar pensando que o Jumper Brasil vai falar outra vez sobre ele e enaltecer o jogador midiático que é. Bem, você está certo duas vezes. Eu vou enaltecer LeBron e sim, ele é midiático. Mas é mais que isso.

Você deve se lembrar que há pouco mais de dois anos o Miami Heat se preparou para receber dois astros para que se juntassem ao ala-armador Dwyane Wade, na busca por mais títulos para a franquia da Flórida. Nem faz tanto tempo assim. 

Foi um desastre. Não por ter perdido a final para o Dallas Mavericks, pois isso é do jogo. Mas sim por toda aquela “armação” para ter um time imbatível, termo que nunca concordei. A forma que foi feita talvez não tenha sido a mais legal do mundo. Também não é algo que nunca tenha acontecido.

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Em 2003-04, o Los Angeles Lakers conseguiu juntar Shaquille O’Neal, Kobe Bryant, Karl Malone, e Gary Payton em um mesmo time. Tudo bem que Shaq estava acima do peso e não tinha uma boa movimentação lateral para sair de Ben Wallace e Rashed Wallace, Kobe tinha problemas com o técnico Phil Jackson e com o próprio Shaq, Malone estava em fim de carreira e jamais havia se machucado com gravidade, algo que aconteceu naquele ano, e por fim, Payton não se entendia com o triângulo ofensivo de Tex Winter. O resto todos já sabem e também já falei muito sobre isso nesses mais de seis anos aqui no Jumper.

Poucos anos antes, o Lakers teve ainda Glen Rice, Mitch Richmond, Ron Harper, Horace Grant, entre outros, em seu elenco. Todos eles chegando após trocas ou assinando por uma ou mais temporadas. O time foi campeão. 

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O Boston Celtics, que triunfou em 2008, passou pela mesma situação, juntando Paul Pierce, Ray Allen e Kevin Garnett. Isso sem contar que Rajon Rondo, hoje um dos melhores armadores da NBA, fazia parte do quinteto titular.

Puxando na memória, outros times fizeram o mesmo, como o Chicago Bulls, quando passou a perna no San Antonio Spurs, dando Will Perdue para receber Dennis Rodman. Pois bem, Rodman juntou-se a um time que já tinha Michael Jordan, Scottie Pippen, Toni Kukoc e Harper, e foi três vezes campeão por lá. Ah, e ainda tinha um tal de Phil Jackson por lá. Era quase bullying

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Tudo isso para dizer que nunca foi novidade o que o Heat fez.

Mas agora a situação é um pouquinho diferente e gostaria de dividir o que eu penso com vocês, amiguinhos.

O Miami de hoje não é um time que nem de longe lembra essa união. Vejam, não é no sentido ruim. Ou é, vai saber.

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Chris Bosh jamais foi aquilo tudo que era no Toronto Raptors. Ou foi? Não consigo acreditar nisso. Ele é um bom jogador, que era astro de time ruim. E isso quer dizer basicamente que quando ele se juntou ao Heat, Bosh foi saindo cada vez mais do garrafão ofensivo para usar sua habilidade no arremesso de média distância, chegando ultimamente a ser um arremessador de três. 

Ele é como Larry Johnson quando foi para o New York Knicks ou Jamal Mashburn quando foi para o Heat, ambos nos anos 90. Eram os principais jogadores de suas equipes, e quando foram para um time melhor, tiveram um papel diminuído. O segundo ainda voltou a jogar em alto nível depois de ir para o Charlotte Hornets. 

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São jogadores de grande qualidade técnica, mas que perante seus colegas, acabam virando terceira opção desses times.

Agora, e Wade? Como ele foi acabando…

É uma pena ver um jogador como ele em uma situação tão ruim. Wade, que sempre explorou o seu jogo físico, de muitas infiltrações e de arremessos curtos, hoje não é metade do que já foi. 

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Muitas contusões, especialmente no joelho, fizeram com que ele tivesse uma queda gigantesca de produção. Só que vai além disso. Wade não evoluiu o seu arremesso durante a carreira, algo diferente que aconteceu com Michael Redd, Michael Jordan, e por fim, LeBron.

Em dez temporadas, o camisa 3 só passou dos 30% de aproveitamento na linha de três em quatro ocasiões, e jamais chegou em 32%, o que pensando hoje, faz muita falta. 

Não, não estou dizendo que ele deveria ter se tornado um viciado em arremessos de longa distância, mas sim, aprimorado essa deficiência para que chegasse aos 30 anos, tivesse isso como um artifício. Não tem. Nas últimas duas temporadas (118 jogos disputados), ele converteu apenas 32 arremessos.

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Para piorar, sua pontuação está caindo ano a ano desde 2008-09, quando foi o cestinha daquela temporada com média de 30.9 pontos. 

Vale lembrar que James, enquanto isso, subiu de 33.0% em seu primeiro ano em Miami para 36.2% na temporada passada, até chegar nos 40.6% em 2012-13, acertando 103 cestas de três.

Isso é evolução de um jogador tido por muitos como apenas físico e midiático. 

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E quando a gente vê uma série em que o Heat enfrenta um time muito forte como o Indiana Pacers, é esperado que Bosh e Wade colaborem. Entretanto, o ala-pivô está com problemas no tornozelo, enquanto o segundo segue sofrendo com dores no joelho. Fisicamente, os dois não jogariam a quinta partida caso não estivéssemos nos playoffs. Talvez, nem LeBron, que também machucou o tornozelo recentemente.

Então, Paul George e Roy Hibbert acabam com o jogo, produzindo nada menos que 49 pontos e 17 rebotes combinados, mas são brecados por mais uma atuação daquelas de LeBron.

Não serei injusto aqui. James cometeu duas besteiras no fim do segundo jogo, e fez o seu flop e foi eliminado com seis faltas no quarto. São falhas que ele cometeu, que provavelmente custou ao menos uma vitória ao Heat, o que já poderia ter liquidado a série na noite de quinta-feira. 

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Porém, para conseguir levar o Heat para a sua terceira final consecutiva, LeBron precisará contar com mais do que apenas o seu jogo. Vai precisar de Bosh e Wade. Sozinho? Não, não. Pode até ir, mas aí é pedir para ser varrido pelo San Antonio Spurs. Eles precisam estar inteiros, ou no mínimo, contribuindo de forma constante para que atinjam seus objetivos.

PS: Não consigo ficar sem ler os comentários aqui diariamente. Mas que tara é essa de comparar LeBron com Kobe? E outra: por que não se pode gostar dos dois? São gênios, que nunca se enfrentaram em uma final ou coisa parecida, e com estilos diferentes. Não há rivalidade entre eles, apenas entre seus seguidores.

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PS2: Quem esperava essa produção de Udonis Haslem nos últimos jogos? OK, eu sei que ele já teve médias em torno de 12 pontos e nove rebotes por partida em 2008. Mas para quem não teve nem 20 minutos por jogo nesta temporada, está surpreendendo.

PS3: Eu tenho e é muito legal. Sempre quis escrever isso e quem quiser jogar um Fifa13 ou NBA2K13 é só adicionar: masto22

PS4: Dia 27 de junho faremos um programa ao vivo durante o draft. Para quem quiser saber mais, procure os blogs do Gustavo Lima, do Ricardo Stabolito e do Zeca Oliveira. Eles estão fazendo o perfil dos principais jogadores e está muito interessante. 

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