O pivô Larry Sanders está interrompendo sua carreira na NBA para cuidar da saúde mental. Em entrevista ao site The Players Tribune, o ex-atleta do Milwaukee Bucks revelou que não pretende assinar com nenhum time nos próximos meses porque trava uma batalha contra a depressão e transtornos de ansiedade. Segundo o jogador, a NBA já não era um ambiente saudável para que mantivesse controle sobre seus problemas.
“Acharam que tinha desaparecido nos últimos tempos, mas eu dei entrada em um hospital para participar de um programa de depressão e transtornos de ansiedade. Esse período ensinou-me muito sobre mim mesmo, o que é importante na vida. Amo jogar basquete, mas, por consumir tanto da minha vida e tempo, o esporte não é mais saudável para mim”, contou Sanders, que rescindiu seu contrato com o Bucks na última semana.
Nos últimos dois anos, o pivô foi flagrado quatro vezes em exames antidoping por consumo de maconha. Ele reconheceu o uso, mas explicou que não fazia uso por ser um dependente da droga. “A maconha entrou na minha vida depois do meu diagnóstico. Eu fazia uso medicinal dela para combater alguns dos sintomas que tinha pelo estresse e pressão sob o qual estava submetido na NBA”, esclareceu.
Sanders deixou a franquia de Milwaukee abrindo mão de metade dos mais de US$30 milhões que ainda tinha a receber pelos próximos três anos de contrato. Diferente do que rumores deram a entender, ele não exigiu todo o dinheiro que poderia e aceitou o primeiro acordo apresentado pela equipe para resolver a questão. Seu único arrependimento da saída do time foi não ter a chance de explicar-se da forma mais adequada.
“Eu gostaria de dar um adeus formal ao Bucks, no ginásio e com os torcedores. Queria que soubessem que nada foi por causa deles. A torcida de Milwaukee sempre me tratou de forma fantástica. Não foi culpa deles, foi uma decisão minha”, reforçou o pivô de 26 anos, creditando a lista de problemas que acumulou nos últimos anos foi resultado de sua situação psicológica instável.
Sanders interrompe sua carreira na NBA com médias de 6.5 pontos, 5.8 rebotes e 1.8 tocos em 19.8 minutos ao longo de 233 partidas disputadas. E ele faz questão de enfatizar o “interrompe” porque, no fim das contas, não está disposto a abandonar o basquete em definitivo. “Se chegar ao ponto em que sinta que sou capaz de jogar novamente, eu vou”, assegurou.
