A temporada de sofrimento do Los Angeles Lakers está acabando, torcedor. Se existe algo positivo em 2021-22, talvez seja isso. No entanto, caso o Lakers não se classifique sequer para o play-in, isso pode custar caro para o legado de LeBron James. Embora o astro esteja fazendo uma campanha individual incrível, o time não ajuda e as coisas não devem ser tão fáceis. Para piorar, o New Orleans Pelicans ultrapassou a equipe californiana e o San Antonio Spurs encostou na classificação.
São derrotas e derrotas seguidas. O Lakers não consegue ter sequência. Para ter uma ideia, o time venceu o Toronto Raptors na última sexta-feira, mas sabe quantas vezes perdeu fora de casa consecutivamente até aquele triunfo? Onze! No dia seguinte, quando LeBron superou Karl Malone para ser o segundo maior cestinha de todos os tempos, a equipe de Los Angeles liderava diante do Washington Wizards por 16, mas levou a virada.
Hoje, o Lakers possui 30 vitórias em 71 partidas disputadas e sua vaga no play-in está ameaçada, para desespero de LeBron. Enquanto isso, o Spurs venceu 28 e perdeu 44. A diferença, portanto, é de 2.5 jogos. Assim, as coisas podem se complicar porque, até o fim da temporada, o time de LA terá dez jogos contra times com campanha igual ou melhor. Serão duas partidas contra o Pelicans nesse período. Por outro lado, o Pelicans terá quatro embates diante de equipes que estão abaixo, enquanto o Spurs também terá quatro.
Eliminação pode derrubar LeBron na briga pelo posto de melhor de todos os tempos
Sim, eu sei que existe um tabu. Não é fácil eleger um novo melhor jogador de todos os tempos, seja lá em qual for o esporte. No futebol, por exemplo, o brasileiro ainda tem restrições em dizer que Messi ou Cristiano Ronaldo foram melhores. Embora exista a resistência por aqui, a Europa não considera Pelé como unanimidade. Na Fórmula 1, a mesma coisa. No Brasil, Ayrton Senna possui tal posto para muita gente, mas Lewis Hamilton e Michael Schumacher são os preferidos no resto do mundo. Na NBA, não é diferente.
Diversas publicações colocam Michael Jordan como o melhor, mas existem argumentos para colocar LeBron James na briga. Ao mesmo tempo, outros argumentos impedem isso.
Muito provavelmente, LeBron vai encerrar a carreira como o maior cestinha. Ele ocupa o sétimo lugar em todos os tempos em assistências, 11° em cestas de três, quarto em lances livres convertidos, segundo em PER (eficiência), atrás de Jordan, segundo em win shares (em suma, é a métrica que avalia a importância de um jogador para as vitórias de uma equipe), além de outras estatísticas.
James conquistou quatro títulos. No entanto, ele esteve presente em dez finais. Aí, existe uma disparidade em relação a Jordan, que venceu seis em seis.
Porém, nos últimos quatro anos, LeBron só chegou lá uma vez, contando a atual temporada. Em 2018-19, o Lakers não foi aos playoffs, embora James estivesse contundido e boa parte daquela campanha. Obteve o título de 2019-20 na “bolha” de Orlando. Por fim, caiu diante do Phoenix Suns em 2020-21. Se o Lakers ficar fora até do play-in em 2022, os argumentos podem não ser suficientes nem com um eventual quinto título de LeBron nos próximos anos.
E o futuro?
Bem, LeBron James não está ficando mais jovem. E é óbvio, claro. Aos 37 anos, as chances de ele conquistar um título na atual temporada são mínimas ou irreais. Então, pensando no futuro, mas bem próximo, é preciso analisar o que o Los Angeles Lakers vai fazer para 2022-23.
A falta de consistência de Anthony Davis tem sido preocupante. Em 2021-22, nem quando ele jogou, o time foi melhor. Davis chegou a ser um dos piores arremessadores de três da temporada. Para piorar, enquanto se esperava que ele assumisse mais carga ofensiva, o que se viu foi LeBron tendo que ser “o cara” o tempo todo.
Para se ter uma noção, Davis foi o cestinha do Lakers em 13 de seus 37 jogos na atual campanha. Enquanto isso, James foi em 45 das 53 que disputou. Isso, sem contar que o camisa 3 é muito frágil e vive lesionado. É uma lástima ver um jogador com tanto talento não conseguir jogar em sequência.
Aí, tem Russell Westbrook.
O Lakers tentou trocar Westbrook até a trade deadline. Não encontrou um parceiro sequer. O “melhor” que quase arrumou foi uma negociação por John Wall, no Houston Rockets. Na próxima temporada, o camisa 0 vai entrar em seu contrato expirante, no valor de US$47 milhões. Apesar de ser uma player option, é muito improvável que ele abriria mão de tal valor. A solução seria trocar, o que já não seria tão complicado assim, pois abriria, ao fim de 2022-23, um espaço enorme para novas contratações de uma nova equipe.
Dos que sobraram no elenco, apenas Stanley Johnson, Austin Reaves e Malik Monk teriam vagas garantidas, apesar de que os dois últimos ainda não possuem contrato para a próxima campanha. Talen Horton-Tucker perdeu valor de mercado, enquanto Kendrick Nunn tem opção em seu acordo.
Projeto Bronny
LeBron James já falou que vai jogar ao lado do filho Bronny por, pelo menos, um ano, antes de se aposentar. E ele não escolhe time. É para onde Bronny for. Claro que ele gostaria que fosse no Los Angeles Lakers ou, até mesmo, no Cleveland Cavaliers, mas será que as equipes querem isso?
Seu filho só vai poder atuar na NBA a partir do draft de 2024. Ou seja, são mais duas temporadas até lá. Apesar de ser ruim apostar contra LeBron, como ele estará aos 40 anos? É certo que seus números vão explodir até lá e ele vai abocanhar mais recordes, mas como vai ser esse projeto? Vai só jogar para fazer parte do time ou vai querer vencer? Qual equipe estaria disposta a abrir mão de uma temporada para acomodar os dois?
Mark Cuban, dono do Dallas Mavericks, afirmou recentemente que provavelmente não gastaria uma escolha de segunda rodada por Bronny. De acordo com alguns sites, o filho de LeBron estaria entre a pick 26 (NBA Draft Room) e início da segunda rodada, segundo Eric Pincus, do site Bleacher Report.
O fato é que, uma ausência do Lakers no play-in neste momento, pode fazer com que LeBron repense seu futuro, inclusive, fora do time californiano.
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