Restam 24 jogos para o fim da temporada do Los Angeles Lakers, mas a situação não é boa. Apesar de a direção fazer trocas na trade deadline, a lesão de LeBron James pode atrapalhar o projeto do Lakers. Preso na 13ª posição do Oeste, o time californiano corre contra o tempo para se classificar aos playoffs. No entanto, a distância começa a aumentar e, hoje, o play-in parece o teto.
Claro, é impossível ter treinamentos suficientes para fazer o elenco funcionar, mas outras equipes fizeram negociações. O problema é treinar sem James, que está longe de sua melhor capacidade física. O tornozelo, que o incomoda há tanto tempo, o fez perder as últimas três partidas. Agora, é aguardar quando ele estará disponível.
Mas as trocas que o Lakers fez devem ser suficientes para o time chegar, pelo menos, ao play-in quando LeBron James estiver pronto. Ir aos playoffs de forma direta está mais difícil. São 5.5 vitórias de diferença do sexto no Oeste, o Los Angeles Clippers, para o Lakers. Mas para o décimo, são 3.5. Não parece muito, mas quando você vê a tabela e os confrontos diretos que o time teve, causa uma certa desconfiança.
James conquistou o recorde de pontos na NBA na última quinta-feira. Mas antes daquela partida, ele deixou de atuar em outras dez (cinco deles em novembro) pelo mesmo motivo. No dia 30 de janeiro, por exemplo, o técnico Darvin Ham citou que a contusão no tornozelo é bem significativa. Ou seja, ele fez diversos jogos sofrendo dores muito fortes.
Leia mais
- Confira todas as trocas da trade deadline da NBA
- LeBron James pode ter lesão séria no pé e preocupa Lakers
- Rob Pelinka: “Trocas no Lakers foram pensando na agência livre”
No entanto, Ham acredita que LeBron terá condições de enfrentar o New Orleans Pelicans na quarta-feira. Mas se o Lakers estivesse em uma situação confortável na tabela, ele jamais jogaria. E tudo o que a equipe precisa fazer, de agora até o fim da fase regular, é encontrar meios de vencer em sequência para embalar.
Os próximos dois jogos do Lakers são diante do Pelicans e, depois, do Golden State Warriors. Ambos são em casa. Depois, o time encara Dallas Mavericks, Memphis Grizzlies e Oklahoma City Thunder, fora. Dos 24 embates restantes, Los Angeles só terá dois contra equipes com campanha inferior. Em ambos, o adversário é o mesmo: o Houston Rockets.
Mas existe otimismo por parte da comissão técnica e de seus jogadores. Anthony Davis, por exemplo, acredita que a equipe consegue a classificação.
“Acho que, com esses caras que temos agora, podemos fazer isso [classificar aos playoffs]. Só precisamos acelerar o processo. Definitivamente é um pouco desafiador. Eles são novos e estão tentando aprender o sistema do time em ambos os lados do quadra”, declarou Davis.
Reforços
Desde as trocas que o Lakers fez na trade deadline, LeBron James ainda não jogou. No entanto, já deu para observar os reforços que chegaram. Na primeira partida, Jarred Vanderbilt foi o principal destaque entre as novas caras. Já contra o Portland Trail Blazers, o melhor foi Malik Beasley.
É bom salientar que, para um armador, a situação é um pouco mais difícil. D’Angelo Russell, apesar de já ter feito parte do Lakers, chega de volta em uma nova filosofia, com novas jogadas. E sem James, é ele quem precisa aprender as movimentações para organizar o time ofensivamente.
Beasley, por outro lado, é um especialista em arremessos. Mas ele é muito “quente/frio”. Ou seja, vai errar sete tentativas em um jogo e, no outro, converte seis em nove. Ele é assim. É meio o que acontecia com Danny Green há alguns anos na equipe.
Mas ainda tem gente para estrear. O pivô Mo Bamba, que chegou em negociação com o Orlando Magic, deve ganhar minutos após cumprir suspensão imposta pela NBA. Bamba esteve na briga contra Austin Rivers, quando ainda atuava pela equipe da Flórida.
E se ficar fora dos playoffs?
Bem, aí fica complicado. Aí, até o próprio LeBron pode pedir para sair se a diretoria não fizer um bom trabalho na offseason. Ele se irritou com a troca de Kyrie Irving para o Dallas Mavericks. Na visão de alguns jornalistas, James achou que o Lakers não ofereceu tudo o que podia. Na verdade, Joe Tsai, dono do Brooklyn Nets, vetou a ida do armador para lá.
Aliás, Anthony Davis se mostrou indiferente quando o camisa 6 superou o recorde de pontos da NBA. Depois, ele disse que não, mas o clima ficou estranho. Davis não é muito de esboçar reações. Então, pode ser apenas um exagero da imprensa. Ou não.
Agora, quando o assunto é o elenco da próxima temporada, aí as coisas se complicam. Isso porque, o Lakers só possui quatro atletas sob contratos garantidos: LeBron, Davis, além de Davon Reed e Max Christie. Mo Bamba e Jarred Vanderbilt possuem acordos não garantidos, enquanto Malik Beasley tem uma team option. Ou seja, o Lakers pode ou não manter para 2023/24. Por fim, D’Angelo Russell tem um expirante de US$31.4 milhões.
Portanto, se a direção optar por todos eles (sem contar Russell), já são US$129.3 milhões, enquanto o teto salarial previsto é de US$134 milhões. Se estender o acordo do armador, deve superar os US$160 milhões.
LeBron ainda sonha com Irving e novos reforços para competir diretamente pelo título da próxima campanha. Mas tudo depende, antes de tudo, do sucesso da equipe em 2022/23.
Assine o canal Jumper Brasil no Youtube
Todas as informações da NBA estão no canal Jumper Brasil. Análises, estatísticas e dicas. Inscreva-se, mas dê o seu like e ative as notificações para não perder nada do nosso conteúdo.
Então, siga o Jumper Brasil em suas redes sociais e discuta conosco o que de melhor acontece na NBA