O Jumper Brasil dá sequência à série “Prospectos do Draft 2024″ com Kyle Filipowski. O pivô de 20 anos deixa a Universidade de Duke depois de duas temporadas para ser uma escolha de primeira rodada no recrutamento. Confira a análise do site para esse jovem jogador.
Kyle Filipowski
Idade: 20 anos
País: EUA
Time: Universidade de Duke (EUA)
Posição: pivô/ala-pivô
Altura: 7’0″ (2,13m)
Envergadura: 6’10.5’’ (2,09m)
Peso: 104,2 kg
Médias nesta temporada (NCAA): 16,4 pontos, 8,3 rebotes, 2,8 assistências, 1,3 roubo de bola, 0,7 toco, 2,1 turnovers, 50,5% nos arremessos de quadra, 34,8% nas bolas de três pontos (em 3,1 tentativas por jogo) e 67,1% nos lances livres (com 4,6 tentativas) em 30,4 minutos por jogo
Atributos físicos e atléticos
– Filipowski, para começar, possui ótima estatura para atuar nas posições altas como um verdadeiro 7-footer. No entanto, esse trunfo é quase anulado por apresentar uma rara envergadura “negativa” (2,09m);
– Em termos atléticos, o prospecto até se destaca por questões como agilidade e fluidez de movimentação ara o seu tamanho. Mas, certamente, é um atleta abaixo da média quando avaliamos explosão e impulsão;
– Não parece ou atua em quadra como um jogador forte ou corpulento, mas exibe uma boa composição física. Pesou abaixo do esperado no Combine e, por isso, a chegada à NBA pode ajudá-lo na questão do fortalecimento.
Ataque
– Pivô com interessante desenvoltura para colocar a bola no chão em espaço e atacar os closeouts. Toma decisões assertivas quando ataca e, ao mesmo tempo, nunca parece apressado pelos defensores;
– Possui um ótimo trabalho de pés, que se revela em pequenos detalhes como giros pós-bloqueios em pick-and-rolls. Imagino que Filipowski poderia ser mais usado de costas para a cesta, se fosse mais físico;
– É um caso raro de jogador de garrafão capaz de criar arremessos a partir do drible no perímetro. Tem controle de bola muito acima da média para um pivô e, com isso, pode criar separação para marcadores;
– Filipowski é um arremessador natural, com boa mecânica e confiança, mesmo que o aproveitamento possa melhorar. Acertou quase 35% dos seus arremessos de longa distância na última temporada com volume considerável;
– Trata-se de um excelente passador, em síntese, para alguém da posição. Pivô que já foi aproveitado como distribuidor nas mais diferentes situações por Duke e sempre mostra surpreendente visão de quadra;
– Reboteiro esforçado nos dois lados da quadra, mas com uma dedicação particular no lado defensivo. Tem mais dificuldades em espaços menores, como esperado, porque envolve maior disputa física;
– Ele oferece enorme versatilidade funcional ofensiva, pois combina técnica, eficiência e instintos apurados. Pode operar em pick-and-rolls e pops, ser um espaçador de quadra ou até um point center, entre outras funções.
Defesa
– Defensor individual melhor do que aparenta em espaço aberto, pois compensa a falta de mobilidade lateral com ótimo trabalho de pés. Mas vai ter um trabalho mais difícil contra a velocidade e condição atlética dos oponentes da NBA;
– Deixa a desejar quando o assunto é proteção de aro por causa das limitações atléticas e braços curtos. Os índices de eficiência defensiva do garrafão de Duke, aliás, caíam muito com o jovem em quadra;
– Filipowski é um defensor coletivo sólido e inteligente, embora não cubra muito espaço. Faz boas leituras e entende o que deve fazer, por mais que, às vezes, não apresente velocidade para cumprir certas funções;
– Fica difícil projetá-lo como defensor na NBA porque tem claros obstáculos para cumprir várias funções. Não possui capacidade de proteção de aro para ser um pivô de ofício, enquanto não tem a condição atlética de um ala-pivô médio.
Leia mais sobre o Draft 2024
- Tristan da Silva – NBA Draft 2024
- Boletim de rumores do Draft da NBA (14/06/2024)
- Zach Edey – NBA Draft 2024
Pontos fracos
– Raríssimo caso de jovem jogador que não parece muito afeito ao jogo de transição. É bem mais participativo puxando contra-ataques com a bola nas mãos do que suprindo linhas de passe, por exemplo;
– Apresentou dificuldades para finalizar em torno do aro quando atuou contra jogadores mais fortes e físicos. Trata-se, certamente, de um jogador com execução mais refinada do que jogo de imposição;
– Chutador menos reconhecido do que os números sugerem por causa da irregularidade. Melhorou o aproveitamento de três pontos em 7% e, ao mesmo tempo, piorou 10% nos lances livres entre a primeira e segunda temporada na NCAA;
– E, afinal, qual é a posição ideal para Filipowski? Discutir isso pode soar antiquado na NBA atual, mas é importante saber se ele necessita jogar com um pivô de ofício para ser efetivo;
– Trabalhou com alto volume ofensivo e bola nas mãos em Duke, o que não vai ocorrer no próximo nível. Com menor participação, a princípio, é capaz de ser eficiente a ponto de compensar as suas limitações defensivas?;
– Filipowski teve uma clara queda de proteção na maioria das vezes em que enfrentou outros prospectos ou jogadores mais atléticos. Ou seja, ao encarar o tipo de pivôs que vai ver todos os dias na NBA;
– Não sei se Filipowski é capaz de ser tão efetivo no ritmo frenético da NBA. Na defesa, em particular, ele parece entender o que deve fazer e simplesmente não ter a rapidez para executar essa ação.
Conclusão
Filipowski é um pivô que deveria cair nas graças da NBA porque atende a um perfil bem complicado de achar. O jovem é o que os norte-americanos chamam de um jogador de garrafão que “dribla, passa e arremessa”. Mas, ao mesmo tempo, as limitações físico-atléticas o afastam do protótipo que a liga busca em um prospecto. No fim das contas, tudo gira em torno do que pesa mais em sua decisão.
Comparações: Kelly Olynyk (Raptors) e Frank Kaminsky (ex-Suns)
Projeção: TOP 30
Confira alguns lances do prospecto do Draft 2024, Kyle Filipowski
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