Fonte: Reprodução / InstagramA temporada da NBA só termina quando um campeão levanta o troféu Larry O’Brien. No entanto, para quem já foi eliminado, as especulações da offseason começam mais cedo. O Phoenix Suns, por exemplo, vive um período de incertezas depois do fracasso do seu ambicioso projeto. Tanto que já há rumores de saída de Kevin Durant e o Miami Heat é indicado como um possível novo time. Kendrick Perkins gosta da ideia.
“Miami seria ideal para Kevin. Nós vimos que essa equipe chegou a duas finais da NBA, mas não tiveram o bastante para vencer. Jimmy Butler não conseguiu levá-los ao topo. Então, você coloca um astro do nível de Kevin ali e tudo ganha uma nova projeção. Eu acho que, além disso, eles possuem algumas peças valiosas para tentar uma troca”, especulou o ex-jogador, agora analista da ESPN.
É claro que, para o Heat, adicionar um talento do nível de Durant seria um reforço dos mais importantes. Mas a questão vai além disso. A percebida falta de liderança e estilo mais calado foram problemas em suas últimas temporadas na NBA. É um jogador que, muitas vezes, passa a impressão de só querer fazer o seu trabalho. Perkins aposta, no entanto, que uma presença interna pode ajudar a “abrir” o veterano.
“Com Kevin, para começar, tudo gira em torno de relacionamentos internos estáveis e fortes. Caron Butler é um dos assistentes técnicos de Miami. Ele é com um irmão mais velho para Kevin, então acho que esse é um ponto importante. É o tipo de relação que transforma a franquia em um encaixe perfeito para a sua personalidade”, completou o pivô aposentado.
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Não é bem assim
Mas os colegas de bancada de Perkins na ESPN não concordaram tanto assim com a sua opinião. Shannon Sharpe, por exemplo, não acredita que o Heat seja um time e destino funcional para Kevin Durant. A cultura de entrega e esforço da franquia até sinaliza para isso, mas um detalhe pode mudar tudo. Assim como Butler pode ajudá-lo, o ala tende a ter problemas com outra figura forte na organização.
“Eu não sei como Kevin reagiria em Miami, pois Pat Riley comanda as coisas com rigidez. Não vai deixá-lo tão ‘solto’ e descompromissado quanto de costume. Eu até entendo que Kendrick queria ver isso por causa do impacto da cultura da equipe sobre a sua postura e personalidade. Mas realmente não sei se poderia funcionar”, questionou o também analista da emissora.
Riley já teve atritos com vários astros durante a sua gloriosa carreira. E não tem medo, em particular, de cobrá-los. Sharpe não acha que esse seja o ambiente em que Durant queira estar. “Não sei como seria o encaixe, mas eu consigo garantir uma coisa. Riley comanda tudo com mãos de ferro dentro daquela organização. Mãos de ferro. Por isso, não vejo esse alinhamento”, finalizou.
E Nova Iorque?
O polêmico Stephen A. Smith, por sua vez, teve uma concordância com Perkins em um primeiro momento. Ele acredita que Durant precisa ser enviado para um time em que seja mais cobrado e participativo além da questão técnica. O Heat, realmente, é uma opção viável. Mas não é o seu destino favorito entre todas as franquias da NBA. Smith gostaria de ver o arremessador no New York Knicks.
“Eu entendo o que Kendrick propõe e, a princípio, não discordo dele. Mas a minha primeira opção seria Nova Iorque. Era a equipe para a qual deveria ter ido antes de tudo isso. O Knicks construiu uma cultura forte nos últimos anos e, por isso, tudo o que lhes falta é um cara assim. Jalen Brunson até pode ser uma referência ofensiva, mas não é um Kevin”, justificou o experiente analista.
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