Fonte: Jesse D. Garrabrant / AFPO basquete é um esporte coletivo, mas, algumas vezes, a NBA torna-se um cenário de vaidades. A cultura dos franchise players, por exemplo, realça as individualidades nas ligas estadunidenses. Mas, diferente do que muitos imaginavam, não espere que isso aconteça no Minnesota Timberwolves. Karl-Anthony Towns, afinal, nega qualquer guerra de egos com Anthony Edwards nos bastidores da franquia.
“Eu nunca quis ser um veterano egoísta ou ruim para os jogadores mais jovens. Então, quero encontrar formas de permitir que Anthony cresça e construa a sua história nessa liga. Desejo ajudar a sua jornada, pois ambiciono ser o cara que desperta o melhor nos garotos e ajuda a alcançar potenciais. Acho que tenho sido bem-sucedido com Anthony, nesse sentido”, contou o pivô, em entrevista à ESPN.
A ascensão de Edwards, como resultado, aumentou o volume de rumores em torno de Towns. Uma possível saída do Twolves por troca passou a ser um debate por todos os cantos, embora nunca tenha sido a vontade de nenhum dos envolvidos. A equipe não parecia ser grande demais para o basquete e personalidade ambos. O pivô não sabe a origem dessa história, mas garante que nunca houve um pingo de verdade.
“Nunca vou deixar que algo assim aconteça porque não tenho esse tipo de ego. Anthony é um jogador de armação e, por isso, vai ter mais a bola nas mãos. O importante para mim está em compartilhar um papel, não o controlar. Somos uma equipe e, portanto, precisamos andar de mãos dadas nessa longa jornada. Só assim vamos ter chance de conquistar algo especial”, refletiu o atleta de 28 anos.
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Adaptação
Falar em um papel compartilhado, aos poucos, vai se tornando uma utopia dentro do Timberwolves. Karl-Anthony Towns ainda tem algumas ótimas noites de pontuação, mas Anthony Edwards virou a referência da equipe. É o candidato a MVP da franquia, por exemplo. Para o jogador de garrafão, então, sobrou a responsabilidade de saber adaptar-se à nova realidade do surpreendente colíder do Oeste.
“Karl precisou entender que já não era mais o centro do espaçamento do time inteiro, mas um dos atletas responsáveis por espaçar a quadra. Acho que esse foi um ajuste fundamental em seu jogo recente. E a sua disposição em adaptar-se e atender essas mudanças, aliás, foi o primeiro passo para o nosso sucesso atual. Provavelmente”, exaltou o treinador Chris Finch.
Além da adaptação a um papel diferente, outra questão para Towns virou trabalhar no entrosamento com Edwards. Ambos sabem, afinal, que o sucesso dessa parceria pode definir as pretensões do Twolves. “Quanto melhor nós jogamos juntos, mais poderoso vai ser o ataque da nossa equipe. Por isso, o foco está em tentar desenvolver o nosso jogo de pick-and-roll. Sinto que podemos ser imparáveis”, avisou Edwards.
Sacrifícios
Na NBA, é comum chamar a redução de protagonismo de um jogador de “sacrifício”. É mais um sinal de uma visão individualista sobre o jogo. No entanto, para Towns, tudo tornou-se relativo nesses últimos tempos. O Timberwolves venceu 32 das 46 partidas iniciais da temporada com essa configuração. E, enquanto as vitórias não pararem de chegar, o pivô acredita que tudo vale a pena.
“Vencer sempre ajuda, pois é bom ver os resultados dos seus sacrifícios em quadra. O sucesso, além disso, é melhor quando compartilhado por todos. Essa campanha é uma construção coletiva, antes de tudo. Não é um esforço singular, mas algo construído por cada um aqui dentro. Nós estamos juntos e realmente queremos realizar algo especial”, concluiu um motivado Towns.
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