O jovem e controverso Kai Jones deu mais uma declaração questionável ao dizer que pode ser o MVP da NBA. O pivô, que deixou o Charlotte Hornets após várias polêmicas na offseason, falou sobre vários assuntos em entrevista a Shams Charania, do portal The Athletic. Jones está jogando no Delaware Blue Coats, afiliado do Philadelphia 76ers na G League.
Jones foi a 19ª escolha do Draft de 2021. No entanto, disputou apenas 67 jogos na liga desde então, em dois anos com Charlotte. Suas médias foram de apenas 2,7 pontos, dois rebotes e 56,7% nos arremessos gerais em 9,1 minutos por jogo. Apesar da carreira pouco marcante até aqui, Jones acredita que pode se tornar um grande nome da NBA.
“Estou focado em ser o MVP da NBA. É o que sinto que posso fazer. Sei que passei por muita coisa e que o caminho para isso é muito longo. Mas, como disse, tenho essa ideia e opinião de que posso chegar até esse nível. Um MVP, um prêmio de Defensor do Ano. Eu acho que posso fazer isso, posso ser o maior de todos os tempos”, disparou Jones.
O pivô assinou, há pouco tempo, um contrato de dez dias com o 76ers, que o fez retornar à liga. O plano para ele era ganhar minutos e espaço no afiliado da G League. Ao fim do processo, a avaliação do técnico da franquia, Nick Nurse, seria fundamental para determinar seu futuro com o time.
Em dois jogos em Delaware, Jones fez 11 pontos, 7,5 rebotes, 3,5 assistências, 2,5 roubos de bola e um toco de média em 24 minutos por jogo. No entanto, sofreu uma lesão na coxa que deve tirá-lo de quadra por alguns dias.
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Nurse elogiou o que viu do jogador nas partidas, mas ressaltou que isso era, acima de tudo, um teste para avaliar a capacidade do controverso pivô. A fala foi em uma entrevista nessa terça-feira (19).
“O trouxemos e queríamos avaliar seus dez dias jogando na G League. Depois disso, vamos avaliar e ver se conseguimos incorporá-lo à equipe de cima. Mas eu gostei do que vi, ele fez algumas coisas boas nas duas partidas. Tem tamanho, é atlético, fez muitas enterradas ontem, umas cinco ou seis. Algumas delas, aliás, foram bem impressionantes”, elogiou.
“O que gostei é que ele desempenhou seu papel e não quis atropelar os outros jogadores para ter mais números e esse tipo de coisa. Fez seu trabalho: os bloqueios, lutou pelos rebotes ofensivos, ele sempre esteve ligado na próxima ação que precisava desempenhar. Então, foi muito bom. Vamos ver o que acontece nos próximos dias”, concluiu o treinador.
Além de falar sobre o desejo de ser MVP, Kai Jones deixou claro o quanto receber uma nova chance na NBA significava para ele.
“Sério, foi uma oportunidade incrível que caiu nos meus braços. Estou muito empolgado, tentando dar um passo de cada vez, sou muito abençoado por isso e só quero sair e jogar. Estou procurando entender tudo o mais rápido possível. Também tenho conhecido melhor os atletas a cada treino, é um processo. Por fim, o que mais quero é que meu retorno à NBA aconteça de forma natural”, ressaltou.
Problemas pessoais
A visão do mundo da NBA sobre Kai Jones foi muito ruim durante a offseason de 2023. Isso incluiu brigas com companheiros de time e alguns momentos realmente bizarros nas redes sociais.
Na entrevista com Charania, o pivô falou sobre as lutas mentais que travava naquele período. O jogador perdeu os bisavós, no que disse ter sido sua primeira experiência real com a morte. Ele, então, demorou a se recuperar.
“Entrei em um momento, sobretudo, muito difícil. Eu estava meio que afastando todo mundo, o que não foi benéfico de nenhuma forma. Então, eu fazia isso com qualquer pessoa, com todos que eu sentia que não estavam me apoiando. E do mesmo modo, comecei a lidar com vozes na cabeça, e eu tive que ter um momento e me recompor. Porém, tudo o que aconteceu foi no meio desse processo, e não foi bonito”, revelou Jones.
“Eu sei que errei com algumas pessoas, e tudo aquilo que estava acontecendo nas redes sociais. Sinto que estava falando sobre as coisas que eu era e tudo mais para anular essas vozes negativas que estavam na minha cabeça”, ressaltou.
Mas, além de tudo, Kai Jones, que ali já se intitulava como um novo MVP da NBA, estava com medo de morrer.
“Sendo sincero com você, Shams, o meu maior medo era morrer ali. Você entra em lugares ruins da sua mente, e é difícil sair. E acho que foi uma questão muito única porque meus bisavós não sofreram. Foi de velhice. Mas foram as primeiras pessoas da minha família que eu vi partindo por esse motivo. E eu fiquei tipo, como isso é possível? Eu não quero morrer, quero viver para sempre. Acho que foi muita confusão para mim, uma grande crise existencial que levou a uma série de problemas”, explicou.
Elogios para o Hornets
Apesar de tudo o que passou, Jones não fez críticas a sua antiga equipe na liga. É verdade que o pivô admitiu que faltaram algumas coisas para que a relação não chegasse ao ponto em que chegou na offseason, mas também citou que teve culpa em toda a questão.
“Eu gostava muito do Hornets, sou muito grato pelo tempo em que estive lá e por terem sido o time que me escolheu no recrutamento. Tive os meus problemas, e sinto que a comunicação com eles poderia ter sido melhor. Mas eu também tenho culpa nisso tudo, e é o que é”, concluiu o jogador.
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