Jumper Brasil discute – Você cobriria?

Equipe do site analisa situação de agentes livres restritos O mercado da NBA foi oficialmente reaberto no primeiro minuto desta quarta-feira, com o fim do período de moratória da liga. Com isso, chega o drama das equipes que têm agentes livres restritos em seus elencos. Cobrir ou não cobrir as propostas “exageradas” que os concorrentes […]

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Equipe do site analisa situação de agentes livres restritos

O mercado da NBA foi oficialmente reaberto no primeiro minuto desta quarta-feira, com o fim do período de moratória da liga. Com isso, chega o drama das equipes que têm agentes livres restritos em seus elencos. Cobrir ou não cobrir as propostas “exageradas” que os concorrentes fazem aos jogadores? A questão ganha contornos ainda mais sérios quando levamos em conta a nova situação financeira (pós-locaute) das franquias.

Em vista disso, o Jumper Brasil reúne cinco de seus integrantes para analisar a situação dos cinco mais importantes agentes livres restritos do mercado e as ofertas que receberam – ou iriam receber – de outros times. Você cobriria essas propostas?

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1 – Você cobriria a proposta que o Portland Trail Blazers iria fazer para Roy Hibbert (US$58 milhões por quatro temporadas)?

Ricardo Stabolito Junior: Sim. Na verdade, não acho que o Pacers tenha muita opção aqui. Hibbert é o único pivô de ofício da rotação e – apesar do playoff decepcionante – valorizou-se na última temporada. Perdê-lo agora pode colocar em risco o andamento de um time cada vez mais competitivo. Na atual conjuntura do mercado, por mais que não devesse, ele é material para contrato máximo ou algo próximo disso mesmo.

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Gustavo Freitas: Não mesmo. Especialmente, se o Pacers estiver com algum contrato pronto com um pivô “respeitável”. Dizem que pode ser Chris Kaman. Se tiver essa certeza, jamais cobriria. A proposta do Blazers foi gigantesca.

Gustavo Lima: Sim. Todo mundo que acompanha a NBA sabe da carência de bons pivôs nos últimos anos. O contrato de Hibbert é um pouco “salgado”, mas o Pacers não pode perder a chance de trazê-lo de volta. Ele tem 25 anos, vem de sua melhor temporada e, inclusive, foi selecionado para o Jogo das Estrelas. O time tem espaço na folha salarial e o jogador quer continuar na equipe. É só juntar a fome com a vontade de comer.

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Zeca Oliveira: Não. Qual a chance de um contrato máximo para Hibbert dar certo? O ponto forte do Pacers é o elenco equilibrado e um acordo nestes valores abalaria as estruturas. Além disso, o time tem renovações importantes a caminho (Paul George, Darren Collison). Ele vai fazer falta, mas pagar US$14 milhões por ano para um jogador que não tem carisma e (muito menos) bola para ser o franchise player? Passo.

Renan Lucco: Sim. Em uma liga carente de pivôs, Hibbert foi um dos destaques da última temporada e tem tudo para evoluir ainda mais. Além disso, o Pacers não tem outra opção para seu lugar no elenco e teria que buscar alguém no mercado.

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2 – Você cobriria a proposta do Houston Rockets para Omer Asik (US$25.1 milhões por três temporadas)?

Ricardo Stabolito Junior: Não. Entendo que o contrato foi construído para impossibilitar o Chicago Bulls de cobrir, mas fala sério… Asik nunca jogou sequer 15 minutos por jogo em uma temporada regular. É um dos piores pivôs finalizadores da liga. Por mais bonita que seja a construção do acordo, ele ainda vai receber US$25 milhões nos próximos três anos de alguém. E isso é um insulto ao basquete.

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Gustavo Freitas: Jamais. Quem disse que ele vale tudo isso? Pode vir a ser um bom pivô na NBA, mas é mera suposição. Os pivôs, definitivamente, estão com seus salários inflacionados e Asik é um exemplo claro disso.

Gustavo Lima: Não. Este contrato é um dos maiores absurdos da história recente da NBA. Oferecer US$8 milhões anuais para um atleta que atuou, em média, 15 minutos por jogo na última temporada é um atestado de burrice – quiçá, insanidade. O Bulls não pode comprometer sua folha salarial (já estourada) para manter um role player e, se tiver juízo, não cobrirá a oferta. Parece que a direção do Rockets já se esqueceu do último locaute. A do Bulls, creio que não.

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Zeca Oliveira: Não. O turco é mais importante para a competitividade do Bulls do que parece, mas 25/3 para um cara que (na melhor das hipóteses) vai jogar 20-25 minutos por jogo não é o ideal. Ainda mais, com a situação que vive o Bulls em termos de contratos ruins e consequente falta de flexibilidade.

Renan Lucco: Não. Asik é um bom jogador vindo do banco: atuando seus 15 minutos por jogo, pegando rebotes e colaborando na defesa. Mais nada, visto que seu poder ofensivo é baixíssimo. O contrato oferecido pelo Rockets foi muito alto e ele não vale tudo isso. Sua saída não é algo que vá atrapalhar a equipe do Bulls.

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3 – Você cobriria a proposta do Minnesota Timberwolves para Nicolas Batum (US$45 milhões + US$5 milhões em incentivos por quatro temporadas)?

Ricardo Stabolito Junior: Não. Mas é por pouco. Batum é muito bom, só não acho que o Blazers esteja em um momento ideal (por mais que não admitam, estão em reconstrução) para comprometer tanto dinheiro com um único jogador. Tentaria uma sign & trade com o Twolves por alguém como Derrick Williams e uma escolha de draft.

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Gustavo Freitas: Não. Tudo bem que o cara é talentoso, muito forte defensivamente, e pode virar um monstro dentro de alguns anos. Mas, ainda assim, são US$50 milhões em quatro anos. Isso sem contar que seu agente tem problemas com a direção do Blazers.

Gustavo Lima: Não. Batum é bom jogador e tem apenas 23 anos, mas ganhar US$45 milhões é demais. Além disso, ele já disse não querer continuar atuando pelo Blazers. Ficou balançado pela proposta do Wolves e com a oportunidade de jogar ao lado de Ricky Rubio e Kevin Love. O Blazers não pode ficar com um jogador superestimado e insatisfeito.

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Zeca Oliveira: Não. Decisão difícil. Batum tem poucos defeitos – bom defensor e muito inteligente. Particularmente, gosto do seu jogo. Mas o Blazers vive um pequeno processo de reconstrução e tudo que não precisa é se comprometer com outro contrato longo, arriscado (depois da proposta pelo Hibbert, principalmente).

Renan Lucco: Não. Mesmo Batum sendo um ótimo jogador em grande evolução, ele declarou publicamente que não quer mais jogador pelo Blazers e decidiu – junto com a família – que viver em Minnesota é a melhor opção no momento.

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4 – Você cobriria a proposta do Houston Rockets para Jeremy Lin (US$28.8 milhões por quatro temporadas – última delas sendo opção do time)?

Ricardo Stabolito Junior: Sim. O contrato não é tão ruim quanto poderia ser e Lin se paga com medidas de marketing. Do ponto de vista técnico, porém, me preocuparia também em contratar dois armadores provados para o banco de reservas. O garoto é bom, mas tem limitações claras. Está “manjado” desde que os oponentes passaram a estudá-lo minimamente.

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Gustavo Freitas: Sim, cobriria. Tudo pelo marketing, ainda mais porque ele mostrou ter talento. Foram poucos jogos como titular e isso já o fez um dos melhores jogadores do Knicks na temporada. Salvou, por algum tempo, o cargo de Mike D’Antoni.

Gustavo Lima: Sim. A revelação da última temporada é a menina dos olhos do Knicks. Com apenas 23 anos, mostrou que pode dar retorno dentro e fora de quadra (nas ações de marketing). A contratação de Jason Kidd pode ajudá-lo a melhorar seu nível de jogo. Por US$7 milhões anuais, acho que vale a pena correr o risco. A recompensa pode ser grande…

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Zeca Oliveira: Sim. Primeiro porque, se quiser ser levado a sério, o Knicks terá que tornar seu elenco mais “profundo” em opções.  Segundo porque o contrato nem me parece ruim. Lin pode não ter provado muita coisa, mas nenhum jogador comum faz o que ele fez nas poucas oportunidades que teve como titular. Tem potencial e vale o risco.

Renan Lucco: Sim. Lin mostrou um bom basquete na temporada passada. Com a chegada de Jason Kidd, mantê-lo torna-se importante porque poderá aprender com um dos melhores armadores de todos os tempos. Além de que o contrato oferecido pelo Rockets não é tão alto.

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5 – Você cobriria a proposta do Phoenix Suns para Eric Gordon (US$58 milhões por quatro temporadas)?

Ricardo Stabolito Junior: Sim. Muito falamos sobre a carência de pivôs na liga, mas a posição dois também vive uma pequena crise. Muita gente mediana e poucos astros. Neste cenário, Gordon é um diferencial para o Hornets desde já. Acredito que ele tem plenas condições e recursos para fazer valer, em um futuro próximo, esse contrato máximo.

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Gustavo Freitas: Sim, sem pensar muito. É um cestinha nato. O Hornets não pode se dar ao luxo de perder um jogador deste calibre, agora que está em uma reconstrução evidente em seu elenco. Dos cinco citados aqui, é o mais talentoso e uma ameaça real a qualquer time da NBA.

Gustavo Lima: Não. A qualidade de Gordon é inquestionável, mas dar um contrato máximo para um atleta que sofre com lesões desde que chegou à NBA não me parece certo. Ele é a aposta do Suns para ser seu novo franchise player e o jogador está interessado no plano. Já pediu ao Hornets para não cobrir a oferta – e nem deveriam mesmo. Para que manter um cara insatisfeito e com ataque de estrelismo aos 23 anos em um elenco que está sendo reconstruído? Não dá.

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Zeca Oliveira: Sim. Não é todo dia que você tem a chance de juntar dois futuros astros em sua franquia. O Hornets não pode deixar passar. Ganharam flexibilidade visando esta renovação e não devem falhar. O fato de Gordon ter a vontade de ser “o cara” do time é administrável. Se tudo der errado, você ainda tem uma ótima moeda de troca.

Renan Lucco: Não. Apesar de Gordon ser um ótimo pontuador, o Suns ofereceu salário máximo e cobrir seria uma loucura com a chegada de Austin Rivers na equipe. Sua saída vai dar mais espaço para os recém-chegados e o dinheiro liberado deve servir para contratar bons jogadores.

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