Jumper Brasil discute – Finalistas ao Hall da Fama

Integrantes do site comentam os ex-jogadores que poderão entrar no templo máximo do basquete neste ano

Fonte: Integrantes do site comentam os ex-jogadores que poderão entrar no templo máximo do basquete neste ano

O All Star Weekend não marca apenas a reunião dos melhores jogadores da liga para um fim de semana de festividades. Entre outros diversos eventos, o Naismith Memorial aproveita o período para revelar os finalistas do ano por uma vaga no Hall da Fama. Os eleitos de 2014 vão ser anunciados no Final Four do Torneio da NCAA, mas nós já estamos tentando prever quem estará entre os homenageados em agosto.

Nesta semana, reunimos quatro integrantes do Jumper Brasil para falar sobre quem foi (e quem não foi) indicado ao Hall da Fama neste ano. Então, quem vai entrar na classe de 2014 do templo máximo do basquete? Quem não vai? E quem merecia estar entre os finalistas? Nossa equipe opina…

 

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1. Alonzo Mourning merece ser eleito para o Hall da Fama logo em seu primeiro ano de elegibilidade?

Gustavo Lima: Sim. “Zo” foi um dos melhores jogadores das histórias do Charlotte Hornets e Miami Heat. É o primeiro jogador da franquia da Flórida a ter camisa aposentada. Isso sem contar sete participações em Jogo das Estrelas e ter sido campeão depois de passar por um transplante de rim. Mostrou muita garra e talento em quadra. E muita superação fora dela.

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Luiz Fernando Teixeira: Sim. Eu mesmo já escrevi sobre Mourning aqui no Jumper. “Zo” foi protagonista da melhor fase do Miami Heat pré-Wade e (em minha opinião) o melhor pivô não chamado Shaquille O’Neal do fim da década de 1990. Tem uma história belíssima de recuperação. Conquistou um título da NBA sendo produtivo, mesmo em minutos reduzidos. Um dos melhores defensor de todos os tempos. Merece estar lá.

Ricardo Stabolito Jr.: Mourning merece entrar no Hall da Fama e acho que isso não é tópico de discussão. Mas nunca pensei no ex-pivô como um first ballot. É possível que entrar já no primeiro ano seja um exagero. No fim das contas, porém, o que importa é que ele esteja lá, sem importar quando, se foi cedo ou tarde.

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Gustavo Freitas: Sim. Mourning foi um dos melhores pivôs da década de 1990 e sua história de superação acaba sendo levada em conta aqui. Ao lado de Larry Johnson, ele conseguiu colocar o Charlotte Hornets em evidência. Seu título pelo Miami Heat, na reta final da carreira, foi marcante.

 

2. Dos três ex-atletas que já estiveram entre os finalistas e voltam a ser indicados (Tim Hardaway, Mitch Richmond e Spencer Haywood), quem já deveria estar no Hall da Fama?

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Gustavo Lima: Mitch Richmond. Ele foi seis vezes escolhido para o Jogo das Estrelas, calouro do ano (1989) e o maior pontuador da história da NBA ainda não eleito ao Hall. Já teve camisa aposentada no Kings (#2) e encerrou a carreira com um anel de campeão no Lakers. Enfim, já deveria estar no Hall da Fama.

Luiz Fernando Teixeira: Mitch Richmond. Ele foi ídolo no Warriors, Kings e conseguiu seu anel de campeão com o Lakers, no fim de carreira. Um dos melhores scorers da década de 1990, que podia pontuar como quisesse no auge da carreira. Das três opções, acho que ele é quem merece mais.

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Ricardo Stabolito Jr.: Spencer Haywood. Ele foi uma lenda da ABA, um dos melhores jogadores da NBA na primeira metade da década de 1970 e (para não entrar em discussões e preferências) está entre os 15 melhores alas-pivôs da história na liga. É uma vergonha que, após 25 anos de elegibilidade, ainda esteja “na fila”.

Gustavo Freitas: Tim Hardaway. Digo isso pelo que vi jogar – afinal, dos três, apenas o ex-armador do Warriors não foi campeão. Richmond e Haywood levaram um anel em fim de carreira, pelo Lakers.

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3. Para você, outro ex-jogador que se tornou elegível neste ano* merecia já estar entre os finalistas, como Mourning?

Gustavo Lima: Robert Horry. “Big Shot Rob” é o único jogador (com exceção dos atletas do Celtics dos anos 1960) que tem sete anéis de campeão. E mais: ele ganhou títulos por três equipes diferentes, feito de que apenas John Salley pode se gabar na história da NBA.

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Luiz Fernando Teixeira: Chris Webber. Ele foi prejudicado na carreira em três oportunidades: no escândalo de que recebia dinheiro na época de faculdade (o Fab Five), quando foi roubado com o Kings na final do Oeste de 2002 e ao “estourar” o joelho, nunca mais recuperando a explosão física de antes. Mas isso não nega o fato de que, no auge, era um dos melhores de sua posição. Talvez, se tivesse um anel de campeão, fosse lembrado de outra forma.

Ricardo Stabolito Jr.: Chris Webber, talvez. Ele é o mais “elegível” da lista de esnobados e deverá entrar em algum momento. Foi um dos melhores de sua posição enquanto esteve no auge, fez parte de um dos melhores times universitários da história (Fab Five). Mas, para ser sincero, não sinto falta de ninguém.

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Gustavo Freitas: Eddie Jones. Acho que é o melhor dos nomes disponíveis: brilhou pelo Lakers, Heat e Hornets. Se analisarmos pelo número de título, Robert Horry é quem tem a candidatura mais forte, mas era um jogador “comum” para obter essa honra.

 

4. Qual dos armadores indicados merece receber primeiro um lugar no Hall da Fama: Kevin Johnson ou Tim Hardaway?

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Gustavo Lima: Kevin Johnson, mas é difícil. Ele é um dos meus jogadores preferidos na NBA, um dos melhores da história do Suns (com direito à camisa aposentada). O atual prefeito de Sacramento ainda foi para três Jogos das Estrelas e campeão mundial em 1994.

Luiz Fernando Teixeira: Kevin Johnson. Ambos tiveram carreiras muito prejudicadas por lesões, mas, ainda assim, “KJ” era um dos protagonistas de um time finalista da NBA (1993). Hardaway nunca foi muito longe em playoffs. Só por esta diferença, acho que o ex-armador do Suns merece mais, embora os dois tenham sido fenomenais.

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Ricardo Stabolito Jr.: Kevin Johnson. Os dois foram excelentes aos seus termos, mas o ex-armador do Suns foi mais competitivo na NBA e tem uma final no currículo. O ouro olímpico de Hardaway (2000) pesa mais do que a medalha de ouro que Johnson conquistou no Mundial de 1994, mas o conjunto da obra ainda favorece o segundo.

Gustavo Freitas: Tim Hardaway, embora goste muito de Johnson. São dois dos melhores armadores dos anos 1990 e era muito fã de ambos, mas, nesta disputa, não consigo esconder minha preferência pessoal.

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* Jogadores que se tornaram elegíveis ao Hall da Fama em 2014 (segundo o site Basketball Reference): Eddie Jones, P.J. Brown, Sam Cassell, Chris Webber, Detlef Schrempf, Shareef Abdur-Rahim, Robert Horry, Anfernee Hardaway, Damon Stoudamire, Steve Francis e Bo Outlaw.

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