Jumper Brasil discute – D’Antoni ou Woodson?

Integrantes do site comentam a situação e trabalhos dos dois técnicos mais criticados da NBA no momento

Fonte: Integrantes do site comentam a situação e trabalhos dos dois técnicos mais criticados da NBA no momento

Os dois técnicos mais criticados da NBA atendem pelo mesmo nome: Mike. D’Antoni é vaiado constantemente pela torcida a frente de um dos piores times que o Los Angeles Lakers já teve em sua história. Woodson viu um time que vinha de bons resultados desmoronar em meio aos problemas pessoais de seus comandados e uma direção omissa no New York Knicks. Ambos convivem com a fúria de duas das maiores torcidas e rumores incessantes de demissão. E o curioso é que, não esqueça, Woodson era assistente e sucedeu D’Antoni em Nova Iorque.

Diante da situação de ambos, nós reunimos cinco integrantes do Jumper Brasil para comentar a situação e os trabalhos dos dois atormentados técnicos. Quem está pior? Quem tem menos a fazer? Quem cai primeiro? Mike Woodson ou Mike D’Antoni?

 

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1. Quem vive a situação mais complicada?

Vinicius Donato: Woodson. Desde o dia em que o pivô Dwight Howard anunciou sua ida para o Houston Rockets, todos imaginavam que o Lakers priorizaria a reconstrução do elenco nesta temporada. A anistia de Metta World Peace confirmou a suspeita. Por sua vez, o Knicks iniciou a campanha pensando em playoffs, os resultados não vieram e as especulações de mudança só se intensificam.

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Ricardo Romanelli: Woodson. Ele tem menos desculpas. Está pressionado a fazer uma boa campanha para tentar convencer Carmelo Anthony a continuar no time.

Gustavo Freitas: Woodson. Ele simplesmente perdeu o comando: seus jogadores não se esforçam, não estão nem aí.

Gustavo Lima: D’Antoni. O Lakers se acostumou a protagonizar vexame atrás de vexame nesta temporada e está na “lanterna” da conferência Oeste. Isso é terrível para uma franquia tão vencedora. O Knicks, apesar da campanha ruim, ainda, pasmem, tem chances de playoffs no Leste.

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Ricardo Stabolito Jr.: D’Antoni. Ele chegou sendo vaiado pela torcida, nunca foi bem aceito por ninguém em Los Angeles e o Lakers quebra recordes negativos a cada rodada. Woodson não vive na calmaria, mas tudo que acontece no elenco (Carmelo podendo sair, Felton preso, J.R. Smith faltando em treinos) e a chance remotíssima de playoffs ajudam a tirá-lo um pouco do foco.  

 

2. Quem tem o pior material humano à disposição?

Vinicius Donato: D’Antoni. Incontáveis contusões demoliram um elenco que já era apenas mediano quando comparado ao resto da conferência Oeste.

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Ricardo Romanelli: D’Antoni. Mesmo completo, o time do Lakers é pior do que o do Knicks. Com a incrível “onda” de lesões que atacou os angelinos, o treinador não consegue instituir uma rotação minimamente estável – o que pior uma temporada que já era muito ruim.

Gustavo Freitas: D’Antoni. Mas era meio que esperado: fica difícil montar um bom elenco com a saída de Howard, as lesões de Kobe e Nash. Foi um time de aluguel para manter a chance de montar um grupo bem mais forte na próxima temporada.

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Gustavo Lima: D’Antoni. Este é o pior elenco do Lakers desde que acompanho a NBA (1993). Em alguns jogos nesta temporada, Robert Sacre foi pivô titular, Nick Young como principal jogador, Wesley Johnson como cestinha. Olha o nível…

Ricardo Stabolito Jr.: D’Antoni. Não há discussão. O Knicks manteve boa parte do elenco que chegou à segunda rodada dos playoffs do ano passado, por mais que não estejam atuando nem perto daquele nível. Mais de metade do time do Lakers possui contratos mínimos e duas de suas três referências (Kobe e Nash) não entram em quadra.

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3. Quem faz o pior trabalho até o momento?

Vinicius Donato: Woodson. Não é uma comparação fácil, pois o trabalho de D’Antoni é pouco admirável desde que chegou ao Lakers. No entanto, as aspirações de cada equipe no início da temporada colocam o Knicks em um patamar mais abaixo, apesar de ter melhor campanha.

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Ricardo Romanelli: Woodson. Difícil escolher, mas o técnico do Knicks tem um time mais forte em uma conferência mais fraca. Por mais que D’Antoni tenha sofrido várias críticas em anos anteriores, ele não pode ser culpado pelas atuais dificuldades do Lakers.

Gustavo Freitas: Woodson. Mas não creio que o problema seja técnico, mas, sim, inabilidade na gestão de egos. Vale lembrar que ele comandou o Atlanta Hawks nos playoffs por vários anos e melhorando a campanha da equipe a cada temporada.

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Gustavo Lima: Woodson. Ele tem melhor material humano em mãos e patina em uma conferência fraca. Com o elenco atual, o Knicks deveria estar brigando por mando de quadra na primeira rodada dos playoffs. Já esperava que o Lakers fosse ficar nas últimas posições no Oeste, o que extrapola é levar 136 pontos de média em uma semana. Bizarro demais.

Ricardo Stabolito Jr.: Woodson. O desempenho da última temporada com um elenco muito parecido atesta que o Knicks deveria estar melhor e a falta de entrosamento do time é grave. Já D’Antoni, sinceramente, está fazendo o que pode com o que tem em mãos: acelerando o ritmo e chutando bolas de três. É quase impossível falar em coisas como “esquema tático” ou “padrão de jogo” analisando um elenco como esse, com suas lesões e limitações naturais.

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4. Quem você contrataria para seu time?

Vinicius Donato: Woodson. Não acredito no sistema de D’Antoni para um time vencedor, a não ser com uma montagem específica de um elenco com características especiais. E o atual técnico do Knicks não esqueceu como se treina, o trabalho apenas não está fluindo como o esperado.

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Ricardo Romanelli: Woodson. Mesmo fazendo uma temporada pior do que o outro Mike, ele mostrou-se um treinador mais balanceado ao longo da carreira. D’Antoni, apesar de algumas virtudes, tem falhas aparentemente incorrigíveis em seu estilo.

Gustavo Freitas: Woodson. Como disse, ele já provou ser capaz de levar um time que estava em baixa aos playoffs por algumas temporadas. D’Antoni emplacou bons trabalhos enquanto esteve no Suns (apesar de não ter grande sucesso nas fases decisivas), mas isso já faz uns cinco anos.

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Gustavo Lima: Woodson. Com ele, meu time não levaria 408 pontos em três partidas. É uma questão de defesa: palavra que D’Antoni desconhece e costuma ser importante no basquete.

Ricardo Stabolito Jr.: Woodson. Eu não sou daqueles que pregam D’Antoni na cruz, mas sua imagem está desgastada e seus últimos trabalhos não decolaram. O atual treinador do Knicks esteve nos playoffs em cinco das últimas seis temporadas e (ainda) vive um melhor momento técnico.

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5. Quem será demitido primeiro?

Vinicius Donato: Ambos sairão antes do início da próxima temporada. Se Carmelo Anthony sair, não há técnico que possa resistir a tal perda. Mas também não acredito na permanência de D’Antoni. Enfim, os dois caem.

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Ricardo Romanelli: Woodson. Eu acho muito difícil que ele permaneça no ano que vem, com ou sem Carmelo Anthony. A direção do Knicks já sonda nomes para mudar a gestão do time e é muito provável que um novo técnico venha para marcar a mudança. Já a diretoria do Lakers tem demonstrado constante apoio e isentado seu treinador de culpa pelas derrotas.

Gustavo Freitas: Woodson. O elenco que tem em mãos passa longe de ser ruim e, apesar de achá-lo melhor do que D’Antoni, o comandante do Lakers pode ganhar sobrevida por ter um grupo mediano para fraco neste ano.

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Gustavo Lima: D’Antoni. A campanha do Lakers é tão patética que não dá para aceitar que ele ainda esteja empregado. Woodson, pelo menos, tem alguma chance de levar o Knicks aos playoffs. Mas é certo que ambos não começam a próxima temporada em suas atuais equipes.

Ricardo Stabolito Jr.: Woodson. É provável que ambos não sobrevivam à próxima offseason. Mas, falando apenas até o fim desta temporada, o único caso em que faria algum sentido uma mudança imediata de comando é o Knicks – como um choque “desesperado” no elenco para buscar a quase impossível vaga nos playoffs.

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