Jumper Brasil discute – Dá para confiar?

Integrantes do site debatem a longevidade de alguma das surpresas desta temporada

Fonte: Integrantes do site debatem a longevidade de alguma das surpresas desta temporada

O início de temporada sempre é marcado por surpresas. Muitas não se sustentam, mas existe simplesmente quem se revele em quadra melhor do que os prognósticos. Ótimas campanhas nas primeiras semanas podem ser enganações ou, eventualmente, um sinal de força que não era esperado. No entanto, no fim das contas, nós podemos confiar em que surpresas como algo realmente duradouro? É o que vamos discutir hoje.

Hoje, o Jumper Brasil reuniu três de seus integrantes e o convidado especial Vinícius Veiga, do blog Spinball net, para comentar algumas das performances não tão esperadas que a liga mostrou nas primeiras semanas. O que é moda? O que é tendência? Em que dá para confiar? Nossa equipe opina…

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1. Dá para confiar que o Sacramento Kings será candidato a playoffs no Oeste?

Gustavo Lima: Não. O início do time vem sendo muito animador, surpreendente mesmo, mas ainda é cedo para mencionar playoffs. A conferência Oeste tem várias equipes fortes e, se quiser pensar em pós-temporada, o Kings precisa – pelo menos – manter esse nível de atuações.

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Ricardo Romanelli: Não. Temos que analisar aqui se o Kings é melhor do que as oito equipes classificadas aos playoffs na última temporada e o Pelicans, que chega forte. Eu acredito que não.

Ricardo Stabolito Jr.: Não. O Kings melhorou, mas existem sinais de que esse belo início é algo um pouco fora de realidade – vitórias apertadas, média altíssima de lances livres, atletas inconstantes em grande fase. Mesmo com o momento iluminado de DeMarcus Cousins, talvez ainda não seja a hora.

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Vinícius Veiga: Sim. Nas últimas duas temporadas, o Kings sempre teve uma equipe talentosa e em evolução. O que faltava para começar a se consolidar era DeMarcus Cousins atingir seu potencial e a defesa começar a funcionar – o que vimos na primeira semana. Uma troca aqui e ali e o time pode ficar bem interessante.

 

2. Dá para confiar em Anthony Davis como candidato a MVP desta temporada?

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Gustavo Lima: Não, simplesmente porque o time de Nova Orleans não deve chegar longe na temporada. Como todo mundo sabe, o prêmio de MVP leva em consideração a campanha da equipe e o Pelicans dificilmente vai chegar aos playoffs, em minha opinião. Por isso, mesmo que “destrua” em quadra, Davis não deve ganhar a honraria.

Ricardo Romanelli: Não. Ainda não é a hora de ganhar, até pelas pretensões do time em que joga, mas acho seguro dizer que ele será bem votado e vai figurar entre os primeiros.

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Ricardo Stabolito Jr.: Não. Os argumentos pró-Davis só vão até onde o Pelicans alcançar na classificação. Para fazer um MVP, eu acho que o time de Nova Orleans – que passa bem longe de ser uma certeza nos playoffs no momento – precisará de algo próximo de mando de quadra no Oeste. Não vai acontecer.

Vinícius Veiga: Sim. Considerando que LeBron teve um começo irregular, Durant está fora e Curry tem histórico de lesões, Davis pode sim ser um dos possíveis melhores da temporada. Bastar saber se o time vai acompanhar sua produção excelente. Se tudo ocorrer dentro do esperado, eu acredito que ele possa terminar no TOP 4 da votação.

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3. Dá para confiar que o Toronto Raptors vai ser a principal ameaça a Cavs e Bulls no Leste?

Gustavo Lima: Sem dúvidas. O time canadense manteve a base que já tinha atuado muito bem na temporada passada. Esse início não me surpreende em nada: o quinteto titular é bom, o banco tem (pelo menos) quatro jogadores úteis e o trabalho do treinador Dwane Casey é digno de aplausos. Não é uma equipe de grandes astros, mas destaca-se pelo ótimo conjunto.

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Ricardo Romanelli: Não. Eu apostaria no Wizards como a terceira via, com um ano a mais de experiência e a presença de um veterano decisivo em Paul Pierce. Talvez, até o New York Knicks se Carmelo Anthony estivesse realmente focado em vencer.

Ricardo Stabolito Jr.: Sim. Depois de manter seu elenco intacto e trazer reforços pontuais na última offseason, o Raptors consolidou-se como a terceira força do Leste. E trata-se de uma equipe com uma característica rara que só candidatos ao título compartilham: figura entre os dez melhores da liga em eficiência ofensiva e defensiva. Vence nos dois lados da quadra.

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Vinícius Veiga: Sim. O Raptors tem jogado um basquete redondo neste começo de temporada e Dwane Casey se consolida como um dos melhores técnicos do Leste. A questão em Toronto será física, já que o banco não tem tantas opções e Jonas Valanciunas vive com dores. Esse elenco precisa chegar inteiro em maio.

 

4. Dá para confiar que Klay Thompson será um dos cinco principais cestinhas da temporada?

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Gustavo Lima: Não. Apesar da primeira semana avassaladora, não acredito que Thompson termine a temporada como um dos cinco principais cestinhas. Vejo, pelo menos, oito atletas à frente do ala-armador nesta “corrida”: Kevin Durant, LeBron James, James Harden, Stephen Curry, Blake Griffin, DeMarcus Cousins e Russell Westbrook.

Ricardo Romanelli: Sim. Eu acredito que Thompson possa manter o nível atual e, se não for neste ano, vai ser convocado para seu primeiro Jogo das Estrelas na próxima temporada.

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Ricardo Stabolito Jr.: Não. Thompson é um bom jogador, mas a segunda opção de um time que tem o armador – teoricamente, quem tem mais a bola nas mãos – como cestinha. As circunstâncias não ajudam. Além disso, por mais que apresente alguma evolução, ainda precisa que outros criem arremessos para ele.

Vinícius Veiga: Não. Ainda tenho minhas dúvidas quanto a Thompson colocando a bola no chão e sendo capaz de criar o próprio arremesso. Acho que um dos cinco cestinhas de uma temporada inteira é um teto muito alto para seu jogo.

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5. Dá para confiar que o Houston Rockets será um candidato ao título?

Gustavo Lima: Não ainda. O início de temporada de Houston é surpreendente, já que trata-se de um time enfraquecido em relação ao ano passado. É inegável que James Harden e Dwight Howard vêm atuando em alto nível e Trevor Ariza caiu como uma luva na equipe. Mas o banco de reservas deixa muito a desejar e não sinto muita confiança no trabalho de Kevin McHale.

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Ricardo Romanelli: Não. A conferência Oeste ainda é muito forte e faltam algumas peças para o Rockets. Também questiono a falta de maturidade da dupla Howard/Harden.

Ricardo Stabolito Jr.: Não, mas estaria pronto para mudar de ideia em breve. Em Howard e Harden, o Rockets possui talento e experiência (ambos já estiveram em finais da NBA) para lutar por um anel. A chegada de Ariza deixou o time mais completo. Os reservas e o técnico Kevin McHale não passam confiança – ainda mais na competição do Oeste –, mas eu quero ser surpreendido. O benefício da dúvida está em ação.

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Vinícius Veiga: Não. Você espera que um time com Howard e Harden dispute o título, mas não podemos esquecer que o elenco do Rockets deixa a desejar comparado aos oponentes e não há um sexto jogador confiável. Além do mais, como diria Isaiah Thomas, o segredo do basquete não é o basquete: não consigo imaginar dois jogadores fominhas e egocêntricos mantendo uma relação de grupo saudável e sendo campeões sem um elenco coadjuvante de destaque.

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