Jumper Brasil discute – Celtics, Knicks ou Lakers?

Integrantes do site debatem a situação ruim de três das franquias mais importantes da NBA

Fonte: Integrantes do site debatem a situação ruim de três das franquias mais importantes da NBA

Kobe Bryant worst

Ao que tudo indica, três das franquias mais importantes da NBA caminham para não alcançar os playoffs pelo segundo ano seguido. Boston Celtics, New York Knicks e Los Angeles Lakers acumulam apenas sete vitórias em 30 partidas disputadas até o momento. É um momento de baixa para alguns dos mercados mais fortes da liga, o que mexe com a autoestima de muitos torcedores. Mas, estabelecendo um paralelo, quem está mais próximo e mais longe de voltar ao caminho das vitórias? É o que vamos discutir hoje.

Nesta semana, o Jumper Brasil reuniu quatro de seus integrantes e o convidado especial Luís Araújo, do portal iG, para analisar a situação atual e o que esperar do futuro das três franquias. Quem está melhor? Quem ainda pode melhorar em curto prazo? E qual parece mais preparada para se dar bem em longo prazo? Nossa equipe opina…

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1. Celtics, Knicks ou Lakers: quem tem o melhor time no momento?

Vinicius Donato: Knicks. Mas a diferença não é muito grande. A volta de Calderón e Bargnani são melhorias em relação ao material humano atual e devem deixar os nova-iorquinos em melhor condição do que agora. O Celtics possui bons valores, mas a situação contratual de alguns atletas pode significar uma mudança de cenário em breve – para cima ou para baixo.

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Lucas Colisse: Celtics, pelo simples motivo de ter Rajon Rondo. Saudável, mesmo em uma equipe menos aprimorada, o armador consegue melhorar todos ao seu redor. Kobe e Carmelo, apesar de serem all stars, não têm companheiros nem sistema de jogo à altura para fazer uma boa temporada.

Gustavo Freitas: Knicks, em termos de talentos. Carmelo Anthony é um dos melhores jogadores da NBA e está cercado de boas peças. Falta encaixar o triângulo ofensivo.

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Ricardo Stabolito Jr.: Celtics. Boston tem lacunas sensíveis no elenco (proteção de aro, em especial, que limita o potencial defensivo), mas é o time mais acertado dos três e todos os jovens jogadores do grupo sabem suas funções. Mérito para Brad Stevens.

Luís Araújo: Celtics, por eliminação. O Lakers é horrível e faz o pior início de temporada da sua história. O Knicks ainda está se adaptando ao triângulo e continuará perdendo muitas partidas até o ataque fluir da forma que o comando técnico deseja. Boston parece um pouco mais competitivo do que os dois, com talento mais bem distribuído pelo elenco e compensa defesa ruim com ataque equilibrado.

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2. Quem tem maior potencial de subida de produção ainda nesta temporada?

Vinicius Donato: Knicks. Eles têm um novo técnico com estilo de jogo mais complicado de ser assimilando pelos atletas. Assim que estiverem habituados ao triângulo ofensivo, a equipe vai subir de produção.

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Lucas Colisse: Ficaria entre Knicks e Celtics. Pelos nova-iorquinos, acredito no trio formado por Phil Jackson, Derek Fisher e Carmelo Anthony. Mas acho que a equipe comandada por Brad Stevens possui mais talento à disposição.

Gustavo Freitas: Celtics. Se você pensar que o Knicks e o Lakers estão iniciando um trabalho e a equipe de Nova Iorque ainda tenta implantar um esquema complicado de ser assimilado, o terceiro tem um grupo que já conhece o sistema do técnico (Brad Stevens) e possui melhores chances de crescer.

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Ricardo Stabolito Jr.: Knicks. Os triângulos não são fáceis de assimilar e eu suspeito que o retorno de José Calderón vai ajudar muito esse processo, por sua inteligência e comando dentro de quadra. Se as coisas se encaixarem, acho que eles têm grandes chances de terminarem com a melhor campanha do trio.

Luís Araújo: Celtics. O time já possui um processo de renovação em andamento desde o ano passado e, por isso, possui mais chances de mostrar alguma evolução nas próximas semanas ou meses.

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3. Dar um grande contrato para Rondo, como o Lakers fez com Kobe Bryant e o Knicks com Carmelo Anthony, seria um erro para o Celtics?

Vinicius Donato: Sim. Dar a Rondo o maior contrato da franquia significa torná-lo a “estrela da companhia”. Talvez, esta não seja a melhor estratégia para o futuro do Celtics. Ele é um ótimo jogador, mas espero que busquem outro atleta (com contrato ainda maior do que o de Rondo) para liderar o futuro da equipe.

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Lucas Colisse: De forma alguma. Rondo é um jogador que pode levar o Celtics às finais de novo. O que falta por lá é um elenco mais experiente – Avery Bradley, Jeff Green, Kelly Olynyk, Jared Sullinger tem muito a amadurecer ainda.

Gustavo Freitas: Não. Rondo é um atleta de elite, dos melhores de sua posição. Ele merece um contrato máximo o mais rápido possível para acabar com esse papo chato de troca.

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Ricardo Stabolito Jr.: Não. A gente fala muito em reconstrução, mas tudo precisa partir de algo mais concreto. Rondo já foi campeão em Boston, possui identificação com a torcida e receberá um contrato máximo de alguém no mercado. Além disso, você precisa ter astros para atrair outros astros hoje em dia. Não dá para condenar uma renovação máxima.

Luís Araújo: Não. Rondo tem 28 anos, já foi campeão e é um dos melhores armadores da atualidade. Não seria errado “pagar” o que ele merece, que é muito. O lance é que o Celtics recrutou outro armador no último draft: Marcus Smart. Aí é questão da direção entender se ambos podem coexistir. Se não, haveria – pelo menos – uma moeda de troca.

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4. Quem está em melhor posição para os próximos anos?

Vinicius Donato: Knicks. Tem Carmelo Anthony e vai tentar construir um grande time ao redor de um grande jogador já a partir da próxima temporada. Está em melhor posição do que os adversários.

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Lucas Colisse: Knicks e Celtics me dividem. Mais um possível all star que chegue na próxima offseason pode tornar os nova-iorquinos (que já contam com Carmelo Anthony, Derek Fisher e Phil Jackson) novamente competitivos. O time de Boston, com Rondo saudável e a evolução dos jogadores de apoio, também pode subir de patamar com a chegada de um pontuador de impacto.

Gustavo Freitas: Lakers, por vários motivos. Resumindo o mais importante: o Knicks também terá muito espaço em sua folha salarial e a força de um grande mercado, mas Los Angeles é uma cidade ainda mais atrativa para agentes livres.

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Ricardo Stabolito Jr.: Knicks. Além de ter flexibilidade financeira e um astro assegurado pelos próximos anos em Carmelo Anthony, a franquia ganhou muita credibilidade com a chegada de Phil Jackson ao comando de operações. Todos querem trabalhar com o maior vencedor da era moderna da NBA.

Luís Araújo: Knicks. A atual temporada está servindo como adaptação ao novo treinador e ao triângulo ofensivo. No ano que vem, o time terá o processo mais amadurecido, vai continuar contando com um dos melhores jogadores ofensivos da liga e ganha um alívio imenso na folha salarial para reforçar o elenco de apoio. Tudo coordenado por Phil Jackson, alguém que definitivamente sabe vencer na NBA.

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5. E quem está em pior posição para os próximos anos?

Vinicius Donato: Lakers. Seu melhor jogador está perto da aposentadoria e a franquia terá de começar a reconstrução do elenco do zero.

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Lucas Colisse: Lakers. Eu simplesmente não vejo um futuro disputando títulos a não ser com uma mudança brusca a partir da agência livre. Com o contrato de Kobe Bryant e a lesão de Julius Randle, o torcedor da franquia terá de se acostumar a ficar fora da pós-temporada por algum tempo.

Gustavo Freitas: Celtics, por exclusão. Por mais que tenha bons talentos no elenco, ele fica abaixo dos outros dois por conta do tamanho do mercado e disponibilidade na folha salarial.

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Ricardo Stabolito Jr.: Lakers. Todos falam demais no contrato de Kobe Bryant, mas o legítimo problema é que a franquia vive uma crise de credibilidade. O time se perdeu desde a morte de Jerry Buss: virou uma bagunça nos bastidores e não mostra reação em quadra. Los Angeles sempre vai ser uma grande cidade, mas o Lakers está se tornando um destino cada vez menos atrativo para agentes livres de ponta – os astros que a equipe realmente almeja.

Luís Araújo: Lakers, talvez. Muitos contratos do atual elenco vão se encerrar ao término da temporada, mas o de Kobe vai continuar. Uma parcela pra lá de significativa da folha de pagamentos será destinada a um jogador ainda acima da média, mas que não é mais sombra do que já foi e está prestes a aposentar. Não é um cenário muito promissor.

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