Jumper Brasil discute – Brasileiros na temporada

Integrantes do site discutem o desempenho dos jogadores do nosso país na atual campanha

Fonte: Integrantes do site discutem o desempenho dos jogadores do nosso país na atual campanha

O Jogo das Estrelas é o ponto oficial que marca a metade da temporada, mas, como você nota ao ver a classificação, a maioria das equipes já alcançou a marca de 50 partidas. Nas últimas semanas, nós passamos por assuntos como os prêmios da temporada e surpresas (positivas e negativas) da temporada até o momento. Agora, é hora de movermos o foco para o rendimento dos atletas do nosso país.

Reunimos três integrantes do Jumper Brasil e o convidado Renan Ronchi (do blog Brasil na NBA) para falar sobre a participação dos jogadores brasileiros na atual campanha. Quem está bem? Quem pode fazer mais? Quem fica e quem sai? Nossa equipe opina…

 

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1. Na offseason passada, Tiago Splitter assinou uma extensão de quatro temporadas e US$36 milhões com o San Antonio Spurs. Ele tem se provado merecedor do contrato que recebeu até o momento?

Ricardo Stabolito Jr.: Sim. Esta é a parte boa de jogar em uma boa equipe: você não precisa resolver os jogos, só preencher as lacunas. Splitter joga nos dois lados da quadra e faz aquilo que o Spurs precisa dele para manter-se competitivo. Se a franquia não está reclamando por pagar US$9 milhões ao pivô, quem sou eu para dizer que não é merecido?

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Gustavo Freitas: Ainda não. Mas isso é muito mais produto do fato de ter perdido tempo de quadra nesta temporada do que pela qualidade de suas atuações. Splitter até que está produzindo bem com seus minutos mais limitados.

Kaio Kleinhans: Não. Na verdade, mesmo levando em conta que os pivôs sempre ganham contratos mais volumosos, eu acredito que Splitter recebeu um contrato bem alto para o que produz em quadra. Acredito que US$30 milhões por quatro anos estaria de bom tamanho.

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Renan Ronchi: Sim. Em uma liga com salários tão inflados, Splitter fez por merecer o que recebe. Ele já provou ser o pivô que o Spurs passou anos buscando para atuar ao lado de Duncan e vem sendo um diferencial na defesa (o time permite só 87.7 pontos a cada 100 posses quando está quadra). Não tem sido um bom ano para a equipe, que luta contra contusões, mas o brasileiro é excepcional na marcação e evolui cada vez mais no ataque. Acho que não se arrependem do contrato.

 

2. Vitor Faverani perdeu muito espaço na rotação do Boston Celtics nos últimos meses e tem mantido o ritmo de jogo atuando na D-League. Sua situação na franquia preocupa?

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Ricardo Stabolito Jr.: Sim. Faz sentido que o Celtics queira dar mais espaço aos veteranos do elenco para envolvê-los em trocas, o que diminuiria o espaço de Faverani. Mas a situação aqui é diferente: o brasileiro está totalmente fora da rotação em uma equipe disposta a desenvolver atletas menos provados. Se não consegue jogar no atual Boston, o pivô tem um problema. A sorte é que seu contrato não termina agora.

Gustavo Freitas: Sim, preocupa. Existe uma competição grande por minutos nas posições de garrafão e isso dificulta que um atleta consiga recuperar seu espaço. Hoje, apenas uma troca ou contusão de outros jogadores poderia fazer com que o brasileiro “reaparecesse” na rotação.

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Kaio Kleinhans: Sim. Ele teve um bom início, mas, do jeito que as coisas estão em Boston, eu acredito que Faverani não deva ficar para a próxima temporada. Bem, a não ser que consiga recuperar o espaço perdido na rotação nesta segunda metade da temporada.

Renan Ronchi: Não. Faverani foi enviado para a D-League sem ser dispensado pela equipe, segue treinando com o Celtics e fica no banco em alguns jogos. Atuar em um time em que o garrafão não tem “dono” absoluto é ótimo para ele. Ele precisa melhorar seu arsenal ofensivo, movimentação sem a bola e cometer menos faltas, mas técnica e talento sobram.

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3. O Washington Wizards vem sendo bastante cauteloso com o tempo de quadra e nível de exigência de Nenê. Atuando mais minutos, você acredita que o pivô ainda pode ser um diferencial para o time nos playoffs?

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Ricardo Stabolito Jr.: Sim. Nenê é um desses raros pivôs que conseguem atuar em alto nível nos dois lados da quadra. Ele não vai ganhar uma série de playoffs para o Wizards, mas pode ser um diferencial nos momentos mais agudos porque poucos atletas de sua posição são tão provados – combinando experiência, recursos e eficiência.

Gustavo Freitas: Sim. Seu histórico de contusões é grande, especialmente nos pés, então é necessário ir com calma mesmo. Entretanto, se estiver bem, Nenê certamente pode contribuir em alto nível: joga bem dos dois lados da quadra e o Wizards sabe de sua importância para o sucesso da equipe.

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Kaio Kleinhans: Sim. Nenê é um jogador experiente, que não compromete na defesa e com bons recursos ofensivos dentro do garrafão. Taticamente, ele é inteligente e faz bom trabalho de bloqueio nos rebotes. Com o brasileiro na área pintada, a marcação adversária precisa se fechar melhor e sobra espaço no perímetro.

Renan Ronchi: Sim. Eu acho que “cauteloso” não é bem a palavra. Depois de um início ruim de temporada, o treinador simplesmente diminuiu a rotação e passou a atuar com apenas oito atletas. Nenê está jogando média de 35 minutos desde então e dando retorno. Hoje, ele é o brasileiro com papel mais importante na NBA e o sucesso do Wizards nos playoffs estará ligado diretamente a sua eficiência atuando ao lado de Marcin Gortat.

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4. Verdadeiro ou falso: a passagem bem sucedida pelo Phoenix Suns vai alongar a carreira de Leandrinho na NBA por mais alguns anos.

Ricardo Stabolito Jr.: Verdadeiro. Leandrinho precisava de uma oportunidade para provar que ainda tem espaço na NBA e tem feito isso em Phoenix. Ele está ajudando um time competitivo – o que é bem mais difícil do que parece – e isso, mais do que quaisquer números, é tudo que uma equipe espera de um veterano ao contratá-lo. Sua carreira nos EUA ganhou um fôlego.

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Gustavo Freitas: Verdadeiro. É difícil dizer com exatidão, mas, se mantiver o ritmo atual, acho que ele tem tudo para ter dado um novo fôlego à carreira. Até o momento, apesar do tempo de quadra relativamente limitado, dá para afirmar que seus números são decentes.

Kaio Kleinhans: Verdadeiro. Não sei se alguns anos, mas, para a próxima temporada, ele deve ter garantido um contrato – e acredito que será no próprio Suns.

Renan Ronchi: Verdadeiríssimo. Assim como Nenê, Leandrinho é um veterano jogando em uma equipe jovem. Tem uma história bonita no Suns e a torcida o adora. E, para completar, suas características encaixam-se perfeitamente no esquema tático de Jeff Hornacek. Vejo o brasileiro atuando mais duas ou três temporadas nos EUA antes de voltar de vez ao Brasil.

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5. Com tudo o que vem acontecendo no Cleveland Cavaliers, você acha que Anderson Varejão inicia a próxima temporada na franquia?

Ricardo Stabolito Jr.: Sim. Na verdade, eu não faço a mínima ideia. Mas acredito que o Cavs continua interessado em alcançar os playoffs o mais rápido possível e, neste caso, seria mais interessante mantê-lo. Afinal, ele é um pivô eficiente no que se propõe a fazer, disposto a jogar pelo time e com um contrato bastante razoável (apenas parcialmente garantido).

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Gustavo Freitas: Sim. É a mesma história todos os anos. Era Andrew Bynum que iria tirar seu espaço nesta temporada, mas não deu certo. Como Varejão está jogando bem, eu creio que ele fique em Cleveland para o segundo semestre. Ele não é o problema do Cavs.

Kaio Kleinhans: Não. Não dá para saber que o irá acontecer com o Cavs neste momento. O fato é que Varejão está ligado a rumores de troca nos últimos dois ou três anos e a chegada de um novo GM costuma trazer uma remontagem de elenco conforme sua visão. Em vista disso, eu acredito que ele jogará em outra equipe na próxima temporada.

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Renan Ronchi: Difícil dizer. Ele estava nos planos de Chris Grant, mas, com David Griffin assumindo a gerência geral, não dá para saber qual será o planejamento. O brasileiro é um dos jogadores mais interessantes do elenco para se envolver em trocas. Como dificilmente o Cavaliers se ajeita em apenas um ano, talvez seja melhor que busque novos ares para tentar ganhar um título nos seus últimos anos na NBA.

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